A arte de contar histórias da Disney em exposição em Barcelona

IMG_6117Quando se visita, enquanto turista, uma cidade ou país há a tendência para se procurar os pontos de referência clássicos, pois é ponto assente que essa é a melhor forma de conhecer os locais. Só que isso, apesar de todos os prós, pode ser prejudicial, pois passa-nos muita coisa ao lado que nem procuramos saber previamente o que é.
IMG_6120.JPGPor exemplo, visitando Barcelona, pensa-se logo nas Ramblas, na Sagrada Família, no Park Güell. Tudo merecedor de visita, sem dúvida, mas há mais, muito mais. Há dias de visita à cidade, por mero acaso deparei-me com uma exposição da Disney, na sua vertente cinematográfica. Ahh, bonecada, isso é para crianças, dirão alguns. É, sem dúvida, mas não só. A exposição em causa chama-se Disney – A Arte de Contar Histórias, ou em catalão L’Art d’Explicar Històries, e pode ser visitada nas belas instalações da CaixaForum até 24 de junho. A entrada custa 4 euros, mas é gratuita para menores de 16 anos. E vale bem a pena.
IMG_6119A exposição, muito bem organizada em termos de espaço, está dividida em cinco espaços que, juntos, formam uma bela viagem pela arte de contar histórias, uma arte inegavelmente dominada pela Disney desde o início do século XX. Estes cinco espaços são o Estúdio (o nascimento dos mitos), a Cabana (o mundo das fábulas), o Bosque (o refúgio dos heróis e das lendas), a Fronteira (os desafios dos tall tales, narrativas do folclore norte-americano) e o Castelo (o «felizes para sempre» dos contos de fadas.
IMG_6118Servido por painéis explicativos claros e documentados, o visitante pode apreciar belos quadros provenientes das várias fases da produção de um filme, alguns deles meros estudos estéticos que dariam belas obras de arte.
De Mickey e Branca de Neve a Frozen, passando por praticamente todos os heróis e vilões da galeria Disney, além de uns quase desconhecidos, será uma exposição ideal para ver em família, pois além do fascínio natural que despertará nas crianças, tem tudo para cativar um adulto que goste simplesmente de apreciar belas e bem trabalhadas imagens.
A exposição, como referi, está patente em Barcelona no CaixaForum, uma antiga fábrica modernista convertida em espaço de exposições e centro social e cultural.IMG_6122.JPG

A Rampa e a Sereia

DSC_0236No fim da subida não há nada, mas nem isso os impede de avançar. O casal, já idoso, nem por isso trava ou sequer abranda. Há de chegar ao topo, ver as vistas (pouco haverá a ver, por causa da neve e do cinzento que impera), inspirar fundo e voltar para trás. Terão ido espreitar o que lhes reservava o futuro? Não saberiam, por certo, que daí a oito anos (hoje) uma foto deles seria publicada num blogue. E nós, eu que escrevo e vocês que leem, quantas vezes teremos sido fotografados sem sabermos, meros elementos de uma paisagem? Quantas vezes terão outros pensado quem seríamos e o que faríamos? E o casal, que entretanto já desceu a rampa, onde estará hoje em dia? Continua a subir aquela rampa, ou foi uma vez sem exemplo? Imagino que naquele dia desceram a rampa, foram dizer olá à Pequena Sereia, que “mora” ali ao lado, dirigiram-se em passeio até Copenhaga, ignorando o frio e a neve bela mas por vezes incomodativa, e retemperaram-se com um chá.
Ou se calhar enganaram-se, simplesmente, e desceram irritados a rampa, não querendo sequer saber da sereia.
(Texto e foto originalmente publicados no blogue O Et(h)er dos Dias) http://www.etherlive71.com

«Miss Peregrine» passa com distinção do papel ao grande écrã

mppEstreia esta quinta-feira, 29 de setembro, o novo filme de Tim Burton, O Lar da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares, uma obra que adapta ao grande ecrã um romance juvenil que, curiosamente (ou talvez não), tem muito que ver com o mundo do excêntrico e inovador realizador norte-americano.
O romance em causa, da autoria de Ransom Riggs, já foi lançado há uns anos, há cerca de quatro, na altura na Contraponto e mais recentemente numa nova edição na Bertrand, e então escrevi a minha (boa) opinião sobre o mesmo, que poderá ser recordada aqui. Mais tarde seguiu-se Cidade sem Alma e ainda se aguarda pela edição portuguesa do terceiro volume, Library of Souls.
Enquanto não chega este último, os fãs da série podem entreter-se, então, com o filme, uma bela adaptação que tem tudo para agradar a gregos e troianos, ou seja, a fãs de Riggs e de Burton. Mesmo não atingindo o nível das melhores obras de Burton (mas a verdade é que não podemos esperar inovação a cada filme), é um belo filme que respeita a alma do livro de Riggs, que já por si parecia ter sido escrito à medida de Burton. Basicamente… estava a pedi-las. Ou seja, «sorte» de quem nunca viu um filme de Tim Burton, pois ao ver este poderá ter o baque que outros tiveram com Eduardo Mãos de Tesoura.
Inegável é o papel preponderante dos bons atores presentes, com natural destaque, num filme com muitos jovens, para os «veteranos» Samuel L. Jackson e Eva Green. Só por estes dois valeria a pena, mas a verdade é que se trata de uma boa história, com as suas alterações (algumas significativas) em relação ao livro, para o tornar mais adequado ao modo cinematográfico. O que é bom para quem leu o romance, pois afinal há novidades em perspetiva, o que, aliado ao espetáculo visual de qualquer filme de Tim Burton, à história consistente e imaginativa e ao bom desempenho dos atores, garante um belo momento cinematográfico.
Falta, como já referi, um pouco de inovação, mas o que haveria de fazer Tim Burton com um livro que até parece escrito «para ele»?

Primeiras breves impressões sobre “Peregrino”, de Terry Hayes (Topseller)

imageFalta pouco mais de um mês (26 de outubro) para chegar às livrarias, numa edição Topseller, um dos livros que até hoje mais gozo, e luta, me deu traduzir: Peregrino (am Pilgrim no original), um volumoso thriller de espionagem com um enredo bem montado e inúmeros saltos no tempo e geográficos que acabam por justificar em pleno todas as muitas páginas da obra. Curiosamente, o núcleo da ação centra-se essencialmente em Bodrum, na Turquia, terra muito em voga na atualidade pelos piores motivos.
O autor, Terry Hayes, que veio do cinema, como se nota nesta obra “cinematográfica”, sai-se bem nesta empreitada, socorrendo-se de duas excelentes personagens, o Peregrino (o bom) e o Sarraceno (o mau), que ao longo da obra vão percorrendo os seus caminhos, cada um o seu, mas sempre interligados. Pelo meio, várias outras histórias se vão cruzando, direta ou indiretamente, acrescentando vivacidade, marcando o ritmo.
Voltarei, daqui a uns dias, a escrever sobre Peregrino, e de forma mais detalhada, para analisar o romance e até, em parte, o processo de tradução.
Para já, uma curiosidade: neste verão, numa passagem minha pelo Douro, ao entrar numa quinta turística em Provesende, deparei-me, pousadas na mesa da sala comum, com as edições inglesa e holandesa da obra. Curioso com a coincidência, perguntei ao responsável como foram ali parar. Resposta: ficaram esquecidas, deixadas por hóspedes em semanas sucessivas. Nunca pensei, confesso, que fosse ali reencontrar o Peregrino que me acompanhara, pouco tempo antes, ao longo de largas semanas de trabalho.image

«As Melhores Histórias do Futebol Mundial» – Sérgio Pereira

As Melhores Histórias do Futebol MundialAqui está, fresquinho, um livro que vai servir para entreter os amantes do futebol durante os dias que vão entre o final da temporada e o início do Mundial do Brasil. Para quem não quiser passar os dias a ler na imprensa desportiva os nomes dos 50 reforços que vão chegar para o clube A, B ou C, pode divertir-se com As Melhores Histórias do Futebol Mundial, do jornalista Sérgio Pereira, que acaba de ser editado pela Livros d’Hoje.
Desde as histórias já conhecidas de todos (com protagonistas como João Pinto, Jardel, Jesus, Gabriel Alves, George Best ou Maradona), a outras «inéditas» entre nós, há de tudo um pouco neste livro. Jogadores arrogantes, jogadores geograficamente desorientados, treinadores irascíveis, filósofos, árbitros desbocados, etc.)
O livro serve, nomeadamente, para repor a verdade, no papel, sobre a autoria da famosa tirada: «faca de dois legumes». É verdade, apesar de correr por aí que foi Jaime Pacheco que se saiu com esta, dê-se o mérito a quem merece. Quem o disse foi Litos, defesa central do Boavista. (Eu confirmo, porque estava lá na altura e a assisti a esse momento histórico). Jaime Pacheco limitou-se a reproduzir a tirada, na brincadeira, uns tempos mais tarde.
Mas está é só uma das muitas histórias e curiosidades, nacionais e internacionais, recentes e antigas, que enchem as páginas deste descontraído livro. É pena não estar melhor ordenado, pois acho que teria a ganhar se estivesse arrumado por temas, mas, por outro lado, tem uma vantagem preciosa: está melhor escrito do que é habitual neste tipo de obras.    

O melhor de 2013: «Em Parte Incerta», de Gillian Flynn

gone girl_01Revelou-se particularmente difícil escolher o livro que mais gostei de ler este ano e após uma luta renhida, mas mesmo muito renhida, acabei por entregar o título a Em Parte Incerta, da norte-americana Gillian Flynn, uma edição da alf-o caso Harry Quebert_150dpiBertrand que se superiorizou a A-Verdade-Sobre-o-Caso-Harry-Quebert, do suíço Joel Dicker, este editado pela Alfaguara. São dois policiais supercativantes que prendem o leitor da primeira à última página… e são muitas as páginas, mas nestes casos com a vantagem de não serem dispensáveis. Ambos bastante ritmados, conseguiram uma quase unanimidade entre os leitores, feito notável numa sociedade em que opiniões positivas unânimes levantam de pronto olhares de soslaio. Dois autores que eram até então desconhecidos em Portugal e de quem se aguarda novas obras para confirmar se tudo não passou de um feliz acaso. Uma verdade é certa, num género tão convencional ambos lograram contar as suas histórias de modo original.
Em terceiro lugar ficou mais um policial, este mais convencional mas nem por isso menos envolvente, A-Praia-dos-Afogados, do galego (mais do que espanhol) Domingo Villar. Neste romance editado pela Sextante, além do crime, cativou-me o ambiente, uma Galiza realista, marítima, humana, sedutora e misteriosa.
Em quarto, ficou um consagrado, o inglês John Le Carré, com o seu perturbante e irónico Uma Verdade Incómoda, editado pela Dom Quixote, à frente do «nosso» Richard Zimler, que com A Sentinela, apresentado como um policial, mas que é muito mais do que isso, pisa novos terrenos com o talento de quem sabe o que faz. Uma edição Porto Editora, A Sentinela é povoado por personagens fortes, bem estruturadas e complexas que só por elas valeriam a leitura.
ber_BarnabyBrocketSegue-se no sexto lugar uma bela surpresa, um livro dedicado ao público juvenil mas com potencial para cativar todos. Refiro-me a A Coisa Terrível que Aconteceu a Barnaby Brocket, do irlandês John Boyne, editado pela Bertrand. Trata-se de uma aventura e peras onde o mote é o respeito pelo direito à diferença e que, em meu entender, daria um belíssimo filme de animação.
Outra surpresa, esta com origem num filme, foi After-Earth –  Depois-da-Terra, de Peter David, uma adaptação da pelicula homónima que, curiosamente (ou talvez não), se revelou bem melhor e mais completa e harmoniosa do que a obra protagonizada por Will Smith. Este romance de ficção científica foi editado em Portugal pela Saída de Emergência e figura no sétimo lugar entre as minhas preferências.
Em oitavo chega O-Impostor, do sul-africano Damon Galgut e editado pela Alfaguara. Pelo olhos de um protagonista que é um verdadeiro falhado, vemos a África do Sul contemporânea, ainda à procura do seu lugar e a tentar cicatrizar as feridas das graves cisões internas que a assolaram durante décadas.
Cenas da Vida de AldeiaPasse-se então para o nono posto, ocupado por Cenas-da-Vida-de-Aldeia, do israelita Amos Oz, também num território abalado pela incerteza e por constantes conflitos. O livro, editado pela Dom Quixote, é um verdadeiro mosaico, pois os contos que o compõem completam um quadro geral, a aldeia, povoada por uma série de personagens fantásticas saídas da mente e da «pena» de um mestre de contar histórias.
O top-10 conclui-se com João Tordo, que com o seu O-Ano-Sabático comprova tudo aquilo que tem feito até agora: é um dos melhores escritores portugueses da atualidade e sabe transformar o que parece complexo em algo simples e apelativo. Edição Dom Quixote.

 Mas podia haver mais…

sex-viagemÉ verdade, há outras coisas boas a reter deste meu ano de 2014 de leituras, nomeadamente os melhores livros de 2013… que ainda não acabei de ler. Isto partindo de um pressuposto: o nível do que li até agora vai manter-se até ao final . Refiro-me concretamente ao romance histórico A Última Viagem, do francês Laurent Gaudé, sobre Alexandre, o Grande, uma edição Sextante, e ao misterioso  A-Cúpula, de Stephen King, editado em dois volumes pela Bertrand.

Menções honrosas

Morte-Na-Arena_af capa_001Há ainda outras obras a louvar. Posso começar por Morte-com-Vista-Para-o-Mar e Morte-na-Arena, ambos de Pedro Garcia Rosado, que, agora na Topseller, continua a brindar-nos com excelentes e sangrentos policiais contemporâneos portugueses.  Não saindo da Topseller, não se pode esquecer o campeão de vendas mundial James Patterson que, entre outras obras, se destacou com Alex-Cross:-A-Caça, que resume bem o seu estilo simples e eficaz. Pude comprovar que é o verdadeiro policial de cortar a respiração. Eficiente, honesto e genuíno.
se-servaPara o fim deixei Raymond E. Feist, autor de literatura fantástica que entre nós é editado pela Saída de Emergência. Venho desde há algum tempo a traduzir, em parceria com José Remelhe, este autor, que este ano já viu sair em Portugal  A-Filha-do-Império e a primeira parte de A Serva do Império. Estas obras, escritas a meias com Janny Wurts, decorrem no mundo de Kelewan e têm por protagonista Mara, uma jovem que de repente se vê à frente da Casa dos Acoma e que vai subindo a pulso na hierarquia da sua complexa sociedade, graças à sua habilidade para se mover nos ardilosos jogos de bastidores em que assenta o seu mundo. Esta saga apresenta-nos de forma detalhada, minuciosa e empenhada todo um novo mundo, e os autores nada deixaram ao caso nesta(s) obra(s) de grande fôlego que conjuga(m) com sucesso a ação e as tramas políticas, não esquecendo elaboradas e envolventes descrições de cenas, momentos e paisagens que não deixam ninguém indiferente.

Porta-Livros soma um milhão de visualizações

DSC_1791O Porta-Livros atingiu, neste dia 26 de setembro de 2013, um milhão de visualizações desde que foi criado em dezembro de 2008. Ou seja, uma média de cerca de 570 visualizações diárias.
Agradeço a todos os que contribuíram para este número que não deixa de me surpreender e espero que continuem a gostar de passar por aqui. Quero agradecer também a todos os autores e editoras que têm contribuído para o sucesso do blog.
É um prazer escrever sobre livros e espero que sintam um prazer idêntico ao ler o que por aqui se escreve.
Cumprimentos, abraços ou beijos, e mais uma vez obrigado pelas vossas visitas,

Rui Azeredo

Top-10 dos «posts» com mais visualizações
Nómada – Stephenie Meyer (17 292 visualizações)
No Teu Deserto – Miguel Sousa Tavares (15 464)
Marina – Carlos Ruiz Zafón (14 746)
A Invenção de Hugo Cabret – Brian Selznick (13 871)
5º Margarida Rebelo Pinto apresenta O dia em que te esqueci a 25 de Novembro (13 104)
História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar – Luis Sepúlveda, com ilustrações de Sabine Wilharm (12 565)
7º Gailivro ataca 2010 com zombies e Christopher Paolini (7 088)
O Coração das Trevas – Joseph Conrad (5 960)
O Planalto e a Estepe – Pepetela (5 812)
10º About Rui Azeredo (4 693)

O buraco negro na Feira do Livro do Porto

BNNão sou fã da Avenida dos Aliados. Está bonita, não há duvida, mas parece-me me fria e distante – de tal maneira que nunca me ocorre ir até lá passear. Para mim não é mais do que um local de passagem, pouco acolhedor. Siza Vieira é um grande arquiteto, mas ali não me convenceu – se calhar estou a ser egoísta, mas é assim que vejo e sinto as coisas.
Os Aliados ganham vida, em meu entender, em poucas ocasiões: quando o clube da terra ganha o campeonato – o que acontece frequentemente, mas o que a mim de pouco me vale por ser sportinguista – ou quando lá se realiza a Feira do Livro do Porto.
Mas agora, diz-se «quando lá se realizava…»
Pois, agora que está prestes a começar a Feira do Livro de Lisboa mais se pensa que este ano não há feira no Porto (e será só este ano?) Não sei de quem serão as culpas. De todos, se calhar, mas, desculpem, minhas é que não são. Sempre lá fui todos os anos, desde a Rotunda da Boavista (onde me lembro de andar a saltar de banca em banca para me abrigar da chuva com livros do Arthur C. Clarke debaixo do braço), passando pelo tormento do Palácio de Cristal (que, nos dias mais quentes e abafados, me fazia ter saudades da chuva de outros tempos), até regressar aos Aliados, o seu lugar «natural». Não me limitei a ir lá «ver as montras», sempre comprei livros; mesmo que para mim não precisasse, haveria a quem oferecer, quanto mais não fosse para incutir aos outros o gosto pela leitura.
E agora? Poderão dizer que para incutir o gosto pela leitura posso continuar a oferecer os tais livros, comprados noutros sítios. Pois posso, mas isso não passa apenas por oferecer ou sugerir os livros. Passa, principalmente, pelo ambiente em que eles são escolhidos, pelo ritual de passar por todas as bancas para ver o que interessa, por ver as pessoas a acarinhar os livros, por encontrar as pessoas com quem por norma só comunico por e-mail, por conversar com um ou outro escritor – eu sei que, por exemplo, para encontrar o Richard Zimler me basta ir à Foz, mas eu gosto de o ver ali no meio dos livros e das pessoas, na Feira, nos Aliados.
Este ano não haverá nada disso. O ritual está em pausa, espero que por pouco tempo.
Nunca pensei que fosse possível.

Rui Azeredo

(Créditos da imagem: NASA E/PO, Sonoma State University, Aurore Simonnet)

Cursos de escrita criativa prestes a arrancar

Muitos em Portugal (e se calhar noutros países) acham-se escritores de eleição, mas sentem-se sempre injustiçados por entenderem que não lhes é dado o devido valor. Por isso, o melhor que têm a fazer, de modo a queixarem-se com mais bases, talvez seja frequentar um curso de escrita criativa. Se assim decidirem, despachem-se pois nos próximos dias arrancam dois em Lisboa.
Maria João Vieira, ex-jornalista, autora, ghost writer, conselheira editorial e tradutora, arranca com a Oficina de Escrita Criativa já a 11 de abril, e depois terá sessões a 18 e 24 de abril e a 2, 9, 16, 23 e 29 de maio. As sessões serão das 18 às 20 horas na Torre 2 das Amoreiras, em Lisboa. O curso custa 100 €/mês, ou 190 € se pagar no início, e as inscrições podem ser efetuadas através de mariajoaovieira@gmail.com
Já a Alfarroba propõe quatro sessões que, apesar de autónomas, têm um encadeamento lógico e temático pré-determinado. Mas podem participar em todas ou só nas que pretenderem. As sessões têm lugar na Biblioteca Municipal São Lázaro, em Lisboa.
As datas de cada sessão são 13 abril, 11 maio, 8 junho e 13 julho, sempre no horário 15h00-19h00. Por cada sessão é necessário desembolsar 15 euros, com material incluído.
Inscrições e informações: Formação Alfarroba | Tel. 21 099 8223 | formacao@alfarroba.com.pt
Formador: Bruno Barão da Cunha – escritor e copy writer.

Porta-Livros ado(p)ta o novo acordo ortográfico

O Porta-Livros a partir desta data (20 de janeiro) adota o novo acordo ortográfico. Resisti o mais que pude, mas, dado que profissionalmente tenho de utilizar o novo acordo, não tive outra hipótese.
Andar a saltar constantemente de um acordo para o outro não era coisa que me agradasse e, de qualquer modo, o essencial mantém-se: o conteúdo (e a qualidade) dos textos.

Rui Azeredo