James Bond «A Solo», num romance assinado por William Boyd

A SoloA Solo é o título do novo romance protagonizado por James Bond, o agente dos serviços secretos criado por Ian Fleming e imortalizado no cinema por Sean Connery, Roger Moore, George Lazenby, Timothy Dalton, Pierce Brosnan e Daniel Craig. Esta nova aventura tem a assinatura de William Boyd e será lançada pela Dom Quixote a 27 de maio.

Sinopse: «Decorre o ano de 1969 e James Bond está prestes a agir a solo, tendo uma imprudente vingança como objectivo. Veterano de longa data dos serviços secretos, 007 é encarregue de pôr fim sozinho a uma guerra civil, numa pequena nação da África Ocidental, Zanzarim. Ajudado por uma bela cúmplice e boicotado pela milícia local, Bond passa por uma experiência marcante que o leva a ignorar as ordens de M. enquanto tenta levar a cabo a sua missão pessoal de justiça. As acções impetuosas de James Bond levam-no a Washington D.C., onde descobre uma rede de intrigas geopolíticas e assiste a novos horrores.
Todavia, mesmo que Bond consiga obter a sua vingança, será perseguido a cada momento por um homem de duas caras.»

Assim começa… «Se Não Podes Juntar-te a Eles, Vence-os», de Filipe Homem Fonseca

«O país está cheio de crimes violentos, paixões loucas e boa pastelaria. Da minha parte, espere-se um sorriso a cada um dos clientes quando atiram os pedidos sem me olharem no rosto. Fixam a montra, procuram os bolos que querem, apontam e cospem o pedido, palavras de ordem deitadas para o ar, despidas de qualquer noção de que este seu criado também é gente.
E eu sorrio e sirvo-os. Sou boa pessoa.»
(Divina Comédia, 2013)dc-vence-os

Assim começa… «Amar Numa Língua Estrangeira», de Andrea Jeftanovic

«Um beijo no aeroporto. Não um beijo qualquer. Um beijo na sala de espera. Um segundo beijo no balcão da companhia aérea. Um beijo final na porta de embarque de um voo de ligação. Beijou-me sem entender bem o que dizia nem as perguntas que tentava tecer na sua língua. Beijo eficaz. Beijo de lábios unidos, ternos e mornos. Beijou-me outra vez, sabendo morder o meu lábio superior no preciso lugar onde se une com a válvula do desejo. Não um beijo qualquer, dado num dia qualquer. Não, um beijo na terça-feira 11 de setembro de 2011. Desde esse dia tenho Alex na ponta da língua.»
(Teorema, 2014. Tradução de Maria do Carmo Abreu)Amar Numa Língua Estrangeira

Daniel Silva e Gabriel Allon regressam para salvar «A Rapariga Inglesa»

PrintA Rapariga Inglesa é o novo romance do norte-americano Daniel Silva, que mais uma vez apresenta uma história com o seu protagonista de eleição, o espião e restaurador de arte Gabriel Allon. O livro, uma edição Bertrand, sai a 2 de maio.

Sinopse: «Madeline Hart é uma estrela ascendente no partido britânico no poder: bonita, inteligente, motivada para o sucesso por uma infância pobre. Mas Madeleine tem também um segredo sombrio: é amante do primeiro-ministro, Jonathan Lancaster. Os seus raptores descobriram o romance e decidiram que Lancaster deve pagar pelos seus pecados. Receoso de um escândalo que lhe destrua a carreira, ele decide lidar com o caso em privado, sem o envolvimento da polícia britânica. Trata-se de uma decisão arriscada, não só para si próprio, como para o agente que conduzirá as buscas.
Entra em cena Gabriel Allon — assassino implacável, restaurador de arte e espião —, para quem as missões perigosas e a intriga política não são novidade. Com o relógio a contar, Gabriel tenta desesperadamente trazer Madeleine de volta a casa em segurança. A sua missão leva-o do mundo criminoso de Marselha a um vale isolado nas montanhas da Provença, depois aos bastidores do poder londrino e, finalmente, a um clímax em Moscovo, uma cidade de espiões e violência, onde há uma longa lista de homens que desejam ver Gabriel morto.
Desde as páginas de abertura até ao chocante final, em que se revelam os verdadeiros motivos por detrás do desaparecimento de Madeleine, A Rapariga Inglesa irá deixar os leitores completamente mergulhados na história.»

Assim começa… «Dr. No», de Ian Fleming

«Pontualmente, às seis horas, o Sol punha-se atrás das Blue Mountains com um derradeiro clarão amarelo, uma onda de sombras violeta envolvia Richmond Road e os grilos e as rãs nos belos jardins davam início ao seu ruidoso concerto.
À parte o ruído de fundo dos insectos, a rua larga e deserta estava mergulhada no silêncio. Os abastados proprietários das grandes casas retiradas, gerentes bancários, directores de empresas e funcionários públicos de topo, estavam em casa desde as cinco horas e falavam do dia com as esposas, ou tomavam um duche e mudavam de roupa. Dali a meia hora, a rua voltaria a ganhar vida com o trânsito dos cocktails. Mas agora , aquele quilómetro elegante da “Rich Road”, como lhe chamavam os comerciantes de Kingston, continha apenas a expectativa de um palco vazio e o perfume denso de jasmim.»
(Contraponto, 2010. Tradução de Luís Santos)ctp-drno

Novidades Editoriais de Abril (VII)

pe-verdeA Mulher de Verde – Arnaldur Indriđason (Porto Editora)
«Há segredos que não podem ficar enterrados para sempre…
Numa encosta perto de Reiquejavique, algumas crianças brincam junto aos alicerces de uma nova casa em construção quando, de forma inesperada, encontram uma costela humana.
A mórbida descoberta leva de imediato o inspetor Erlendur e a sua equipa da polícia científica a instalarem-se no terreno, unindo esforços para desenterrar o resto do corpo secretamente sepultado e ao mesmo tempo investigar aquele estranho caso feito de contornos brutais, escondido debaixo da terra desde o período da II Guerra Mundial.
À medida que cada osso vai sendo desvendado, também a história de violência doméstica e corrupção no seio de uma família vem ao de cima, oferecendo àquele mistério sinais cada vez mais tenebrosos de que o terror pode ser coisa de gente comum.
O caso exige toda a coragem que o inspetor Erlendur possa encontrar em si, ele que, assistindo à morte lenta da própria filha toxicodependente, que depois de abortar entra num coma profundo, não pode evitar confrontar-se com as responsabilidades de ter levado, também ele, a sua família a uma degradação quase completa.»

cb-sudoesteSudoeste – Olinda P. Gil (Coolbooks)
«O mesmo mar, a mesma casa. Talvez a mesma história e a mesma mulher que nela vive. Ou três histórias diferentes de três mulheres diferentes que viveram na mesma casa.
Sudoeste traz-nos três histórias distintas, como que variações de um mesmo tema.
Em todas elas está presente o mesmo ambiente marítimo, um envolvimento amoroso, uma personagem com “o chamamento do mundo”. Todas as histórias se passam na mesma casa, na mesma quinta, na mesma praia, na mesma falésia. As próprias personagens vão tendo pequenas variações. Contudo, os contos são muito diferentes; cada um oferece-nos uma perspetiva distinta de como se pode viver o amor e o desejo de partir: do sentimento mais puro e simples à capacidade de começar tudo de novo.»

Feitiço – Sylvia Day (5 Sentidos)
«Max Westin: a personificação da sensualidade. Victoria podia até cheirá-la e senti-la assim que ele se aproximava. Tudo nele era brutal e determinado. Uma criatura primitiva, tal como ela.
Max segurou a mão dela de forma intensa e a sua respiração ofegante e excitante deixou bem clara a sua intenção de a possuir, de a domar.
“Victoria.” O nome dela, uma só palavra, foi entoado com tamanha possessividade que ela quase sentiu a coleira à volta do pescoço.
“Está na tua natureza”, murmurou ele. “O desejo de seres possuída.”
Neste jogo do gato e do rato, tudo parece uma ilusão mas a paixão é muito real.»

Uma Introducao Politica_BUma Introdução à Política – Diogo Freitas do Amaral, Maria da Glória Garcia e Pedro Machete (Bertrand)
«“A ideia de escrever este livro é antiga. Quer antes, quer depois do 25 de Abril de 1974, na Universidade ou na política, entre amigos ou apenas conhecidos, e também na praia ou em conversa com taxistas, fui muitas vezes solicitado a procurar – de forma clara e susceptível de ser entendida por todos – explicar os mais diversos problemas políticos, analisar as mais diferentes situações políticas, e avaliar, como boas ou más, as sucessivas políticas públicas seguidas pelos vários governos, em Portugal ou no estrangeiro.
Como estudei ciência política no meu curso de Direito, e passei grande parte da minha vida a fazer política – como líder partidário ou como independente, na Oposição e no Governo, na imprensa e na rádio e televisão, na União Europeia das Democracias Cristãs e na Organização das Nações Unidas –, achei que podia abalançar-me a redigir ‘uma introdução à política’, em linguagem acessível a todos, mas com rigor académico.” Freitas do Amaral»

el-culpaA Culpa Não É Sempre da Mãe – Sónia Morais Santos (Esfera dos Livros)
«“É tão certo como dois e dois serem quatro, como a noite vir a seguir ao dia, como o Natal ser a 25 de dezembro. Mãe que é mãe sente culpa. Culpa do que fez e do que não fez e podia ter feito. Culpa com fundamento e sem fundamento. Culpa por ter gritado, por ter chegado demasiado tarde a casa, culpa por aquela palmada, culpa por não ter lido a história para o filho adormecer, culpa porque perdeu as estribeiras quando ajudava os miúdos com os trabalhos de casa, culpa porque discutiu com o marido à frente das crianças, culpa por aquela perna partida do mais novo que aconteceu quando nem sequer estava presente (mas devia ter estado presente, claro, se estivesse presente a perna estava inteirinha, logo a culpa é só sua!)
Revê-se nisto? Já o sentiu? Fez um certo em todas as situações referidas ou em quase todas? Então este livro é para si.
Culpa, culpa, culpa. Porque é que somos tão duras connosco? Porque é que achamos que tudo é da nossa responsabilidade? Para quê insistir em sermos perfeitas quando a perfeição não existe?”
Com base em relatos de diversas mães, recorrendo à análise de psicólogos, pediatras, e com a experiência de 12 culposos anos de maternidade, a jornalista Sónia Morais Santos, mãe de três crianças, traz-nos A Culpa não é sempre da Mãe! Um livro bem-humorado da autora do blogue Cocó na Fralda, onde as leitoras se vão comover com algumas histórias, identificar-se com outras tantas situações, gozar consigo próprias, pensar sobre a maternidade e rir-se à gargalhada com situações por que todas nós já passámos. Porque a maternidade não é uma competição. Porque as mães não são super-heroínas, apenas mães e como todas nós sabemos … não há mães perfeitas!»

l-sacrificiosComer Bem Sem Sacrifícios – Andreia Santos e Hélio Loureiro (Leya)
«Como aliar o prazer com saúde à mesa, numa perspectiva essencialmente prática, sem perder o sabor mais íntimo da nossa tradição?
Conselhos, dicas e receitas para comer de forma saudável e emagrecer.
A nutricionista Andreia Santos e o conceituado chef Hélio Loureiro pretendem partilhar os conhecimentos adquiridos ao longo das suas vidas profissionais, mas também transmitir a luz, a força, a energia e a vontade de atingir um objectivo – Comer Bem Sem Sacrifícios – com os sabores da Cozinha Portuguesa e da alimentação mediterrânica.
Numa perspectiva essencialmente prática, sem perder o sabor íntimo da tradição portuguesa, demonstram como conjugar saúde, alimentação e o prazer de estar à mesa. Identificando os principais problemas de saúde derivados de uma alimentação com excessos e aprendendo a preveni-los.
Com estes conselhos e deliciosas receitas culinárias, vai sentir-se melhor física e psicologicamente e vai acreditar que é possível fazer algo bom por si.Conheça os conselhos práticos que pode seguir para comer de forma saudável e emagrecer, em apenas 29 tópicos.
Aprenda, disfrute, confeccione… e bom apetite!»

alb-respondeTudo sobre o amor – Deepak Chopra (Albatroz)
«Apaixonarmo-nos é provavelmente a aventura mais profunda que alguma vez viveremos – sem mapas ou bússolas. E é por isso que, quando as pessoas procuram conselhos, as suas dúvidas incidem, habitualmente, sobre as suas relações amorosas.
Porque será o amor tão doloroso quando nos proporciona, simultaneamente, tamanha felicidade? O que o torna tão capaz de extremos como o ódio e o ciúme, quando nos sentimos traídos?
Neste livro, encontrará um conjunto de perguntas e respostas sobre o amor e as relações humanas, inspiradas em dúvidas reais e analisadas pelas sábias palavras do autor e filósofo Deepak Chopra.»

Topseller lançou «NYPD Red: À Margem da Lei», de James Patterson

nypdred2A Topseller acaba de editar mais um livro de James Patterson, NYPD Red 2: À Margem da Lei, que simultaneamente é a minha (Rui Azeredo) primeira tradução deste autor norte-americano de best-sellers. E se vos der tanto gozo a lê-lo como a mim me deu traduzi-lo, estamos todos bem!
Este é o segundo volume da série NYPD Red e podem ler aqui no site da Topseller as primeiras páginas.

Sinopse: «Existem 35 mil polícias em Nova Iorque. Apenas 75 pertencem à NYPD Red, a unidade especial que protege os mais ricos e poderosos. A NYPD Red enfrenta agora o seu inimigo mais perigoso de sempre.
Há um serial killer à solta em Nova Iorque, perseguindo e assassinando criminosos que conseguiram escapar à Justiça. À medida que o número de vítimas deste justiceiro por conta própria aumenta, cada vez mais nova-iorquinos o apoiam.
O detetive Zach Jordan e a sua parceira Kylie MacDonald são destacados para o caso quando mais uma pessoa, uma mulher ligada à campanha eleitoral de um dos candidatos à Câmara de Nova Iorque, é assassinada. Zach e Kylie têm de descobrir quais são as verdadeiras motivações deste assassino, uma vez que por detrás deste último crime se escondem segredos da ordem da vida pública e privada.
No entanto, Kylie tem agido de forma estranha, e Zach teme que o que quer que se esteja a passar com a sua parceira possa pôr em risco o maior caso das suas carreiras.»

Assim começa… «A Divina Comédia», de Dante Alighieri

«No meio do caminho em nossa vida,
eu me encontrei por uma selva escura
porque a direita via era perdida.
Ah, só dizer o que era é cousa dura,
esta selva selvagem, aspra e forte,
que de temor renova à mente a agrura!
Tão amarga é, que pouco mais é morte;
mas, por tratar do bem que eu nela achei,
direi mais cousas vistas de tal sorte.»
(Quetzal, 2011. Tradução de Vasco Graça Moura)qtz-divina

Assim começa… “Smilla e os Mistérios da Neve”, de Peter Høeg

«Faz um frio extraordinário, 18º negativos, neva, e na língua que já não é a minha a neve chama-se qanik, grandes cristais quase sem peso que caem agrupados e forram a terra com uma capa de gelo branco, pulverizado.
O escuro de Dezembro sobe do túmulo, dá a impressão de não ter limites, é como o céu lá em cima. Nessa escuridão os nossos rostos são apenas pálidos discos luminosos, o que não me impede de me aperceber da desaprovação com que o pastor e o sacristão da igreja consideram as minhas meias de rede prestas e a choradeira de Juliane, que piorou porque esta manhã ela tomou um calmante e agora está quase sóbria diante da dor. Para eles, nós as duas não respeitamos o clima nem as circunstâncias trágicas. Mas a verdade é que tanto as meias de nylon como os comprimidos, cada um a seu modo, são uma homenagem ao frio e a Isaiah.»
(Edições Asa, 2010. Tradução de Heloisa Jahn.)fotografia

Assim começa… «Sangue Sábio», de Flannery O’Connor

«Hazel Motes ia sentado no sentido da marcha do comboio, no assento de riço verde, olhando ora para a janela, como se quisesse saltar dali para fora, ora para a ponta do corredor, no outro extremo da carruagem. O comboio precipitava -se em frente, por entre copas de árvores que desabavam de tempos a tempos, exibindo o sol muito vermelho na orla dos bosques mais longínquos. Mais perto, os campos arados encurvavam-se e desvaneciam-se e os poucos porcos que fuçavam os sulcos pareciam enormes pedras manchadas.»
(Cavalo de Ferro, 2007. Tradução de Nuno Batalha)fotografia

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