Sextante editou “A Cidade do Homem”, de Amadeu Lopes Sabino

A Sextante lançou o novo romance de Amadeu Lopes Sabino, intitulado A Cidade do Homem, uma obra que nos transporta ao século XVIII, em Portugal e no Brasil através da biografia de António Dinis da Cruz e Silva, autor de O Hissope, uma sátira à querela protocolar entre o bispo e o deão da Sé de Elvas. O livro, escrito segundo o novo acordo ortográfico, inclui um conjunto de ilustrações que complementam a narrativa.

O enredo: «Romance, ficção documentada, relato das errâncias de um narrador europeu do século XXI através do universo mental do iluminismo, A Cidade do Homem é a biografia imaginada de António Dinis da Cruz e Silva (1731-1799), magistrado e poeta árcade que viveu, trabalhou e poetou em Portugal e no Brasil. Participante ativo nas polémicas que, durante o consulado de Pombal, agitaram o Reino e a Europa, foi juiz militar em Elvas e autor de O Hissope, sátira à querela protocolar entre o bispo e o deão da Sé da cidade alentejana. Presente desde o início no imaginário do protagonista, o Brasil torna-se o cenário da narrativa com a transferência de Cruz e Silva para a Relação do Rio de Janeiro em 1776. A partir desse ano, servidor da Justiça e de Apolo, julgou e poetou nas capitanias do Sul, sobretudo em comarcas do Rio e de Minas, privando com os juristas e árcades locais. Em 1792, seria membro do tribunal que julgou e condenou na capital do Brasil os inconfidentes mineiros, entre eles os seus companheiros mais próximos nas lides judiciais e na poesia.
Numa digressão através da História e das ideias em busca da polis racional, A Cidade do Homem centra-se na condenação dos conspiradores à morte ou ao degredo, evocando uma época que, na Europa, em Portugal e no Brasil nas vésperas da independência, prenunciou os antagonismos e as hecatombes do nosso tempo.»

Booksmile apresenta o estranho mundo de Ripley

A Booksmile editou em Portugal o álbum Ripley’s Acredite Se Quiser! Ver para Crer, de Robert Ripley, cartoonista, repórter, aventureiro e incansável explorador bastante conhecido na primeira metade do século XX. Ripley percorreu mais de 200 países à procura de factos bizarros e insólitos e das mais incríveis histórias e pessoas.
Ripley morreu aos 58 anos no decorrer da filmagem do 13.º episódio da sua série de televisão, que abordava precisamente a morte e os seus diferentes rituais.

Sobre o livro: «O trabalho de uma vida, as histórias que viveu e os objectos que coleccionou são a base daquele que é hoje o mundo Ripley’s. Os seus famosos cartoons, traduzidos em 17 idiomas e publicados em 42 países, ainda são publicados e lidos por mais de 80 milhões de pessoas.
Muitas das descobertas documentadas pela vasta equipa Ripley’s, fiel ainda hoje à sua filosofia, podem ser vistas e admiradas nos 85 museus e aquários espalhados por 11 países, mas também nas páginas deste livro.
(…)
Neste álbum, 256 páginas com fotografias a cores retratam milhares de factos bizarros e histórias inacreditáveis que vão levar a imaginação e a credulidade das pessoas ao limite!

“Um Percurso”, de Tony Blair, a partir de 1 de Outubro

Um Percurso, a autobiografia de Tony Blair (ex-primeiro-ministro britânico entre 1997 e 2007), vai estar à venda a 1 de Outubro, apenas cerca de um mês depois do seu lançamento internacional. Trata-se da uma edição Bertrand que retrata ao longo de 750 páginas o percurso de um dos políticos mais influentes da actualidade.

Sobre o livro: «Um Percurso é a narrativa em primeira mão dos anos que Tony Blair passou no Governo, e não só. Descreve aqui, pela primeira vez, o papel que teve na história recente, desde o rescaldo da morte da princesa Diana até à guerra contra o terrorismo. Revela as decisões de liderança que foram necessárias para reinventar o seu partido, as relações com colegas como Gordon Brown e Peter Mandelson, as difíceis negociações para a paz na Irlanda do Norte, as batalhas relativamente à educação e à saúde, a implementação das maiores reformas nos serviços públicos desde 1945 e as suas relações com líderes mundiais, de Mandela a Clinton, de Putin a Bush. Analisa a sua convicção na intervenção ética, que levou à decisão de ir para a guerra no Kosovo, na Serra Leoa, no Afeganistão e, a mais controversa de todas, no Iraque.
Poucos primeiros-ministros britânicos influenciaram tão profundamente o rumo da nação quanto Tony Blair, e os seus feitos e legado serão debatidos durante anos.
Entre os milhões de palavras escritas sobre ele, este livro é único: trata-se do seu próprio percurso, nas suas próprias palavras.»

Pergaminho lança “Doze”, de William Goldstein, um romance sobre a profecia Maia para 2012

A Pergaminho vai lançar Doze, um romance de William Gladstone que, segundo a editora, combina “elementos de esoterismo, aventura e mistério”, em redor da antiga profecia Maia que aponta o 21 de Dezembro de 2012 como o final dos tempos.

Sobre o livro: «Este romance extraordinário e inesquecível conta a história de Max, um herói invulgar que é lançado pelo destino numa viagem de descoberta do segredo por trás da antiga profecia Maia sobre o final dos tempos – previsto para 21 de Dezembro de 2012.
Em criança, Max vivia isolado num mundo feito de padrões numéricos e cromáticos, e só começou a falar aos seis anos de idade. Aos 15 sofre uma experiência de quase-morte durante a qual tem uma visão que lhe revela os nomes de doze pessoas. Embora não consiga compreender o sentido desta revelação, Max sente que tem um significado profundo: todos Os Doze parecem estar ligados entre si e todos eles têm um papel a desempenhar no momento em que o mundo chegar ao fim.
Através de várias aventuras espectaculares em Jerusalém, Atenas, Londres, Índia, Istanbul, China, Japão e México, vai sendo revelado aos leitores como Max e Os Doze cumprem a missão que o destino lhes reserva: descobrir o verdadeiro sentido da misteriosa data de 21 de Dezembro de 2012.
Estará a antiga profecia Maia correcta? Estará de facto próximo o fim do mundo tal como o conhecemos? Ou haverá um sentido oculto, mais profundo e misterioso, para esta profecia arcana?»

“O Desertor”, de Daniel Silva, chega a 8 de Outubro

O Desertor – que sai a 8 de Outubro – marca o regresso de Daniel Silva, que com este thriller dá continuidade a As Regras de Moscovo. Mas há outras novidades da Bertrand para Outubro, nomeadamente Vício Intrínseco, de Thomas Pynchon.

O Desertor – Daniel Silva
«Seis meses após o dramático final de As Regras de Moscovo, Gabriel Allon regressa à lua-de-mel com Chiara e ao restauro de uma peça setecentista do Vaticano. Mas a sua paz é efémera.
De Londres chega a notícia de que Grigori Bulganov, espião e desertor russo que lhe salvou a vida em Moscovo, desapareceu sem deixar rasto. Nos dias que se seguem, Gabriel e a sua equipa travarão um duelo mortal com Ivan Kharkov, um dos homens mais perigosos do mundo.
Confrontado com a possibilidade de perder a coisa mais importante da sua vida, Gabriel será posto à prova de maneiras inconcebíveis até então. E nunca mais será o mesmo.»

Vício Intrínseco – Thomas Pynchon
«Em parte noir, em parte farsa psicadélica, protagonizado por Doc Sportello, detective privado, que de vez em quando se ergue de uma névoa de marijuana para assistir ao fim de uma era.
Há já algum tempo que Doc Sportello não vê a ex-namorada. Mas um dia ela aparece com uma história acerca de um plano para raptar o milionário por quem por acaso se apaixonou. Esta ponta solta dos anos sessenta em Los Angeles é o mote para o livro, mas Doc sabe que o “amor” não passa de mais uma palavra que anda na moda, como trip ou “curte”.
Quando o milionário e a ex-namorada desaparecem de repente, Doc vai à procura de respostas e, embora lhe escapem imensas pistas (a marijuana não ajuda), lá consegue fazer algumas descobertas importantes, sobretudo a existência de uma estrutura mafiosa chamada Golden Fang.»

Bipolar – Terry Cheney
«Terri Cheney era uma mulher atraente e advogada de sucesso na área do entretenimento em Beverly Hills. Contudo, por detrás dessa fachada perfeita, residia um segredo perigoso: durante grande parte da sua vida lutou contra um distúrbio bipolar debilitante e escondeu a enorme quantidade de estabilizadores de humor que a tornavam “normal”. Em explosões de prosa que espelhavam os altos e baixos devastadores da sua doença, Cheney descreve a sua vida com uma honestidade chocante: desde as festas glamorosas até à noite na prisão; desde a electroconvulsoterapia até à tentativa de suicídio entre tequilla e comprimidos.
Em Bipolar, Cheney dá voz à loucura incoerente que sofreu. Aqui, os acontecimentos desenrolam-se episodicamente, de humor em humor, da forma que viveu e de como se lembra da vida. O leitor consegue, assim, experienciar visceralmente as incríveis acelerações e altos da mania e os baixos esmagadores da depressão, tal como a autora os viveu. Bipolar não se limita a explicar o distúrbio bipolar; conduz-nos na história da luta constante pela sobrevivência e, simplesmente, não conseguimos parar para respirar. Este livro angustiante e, contudo, esperançoso é muito mais do que apenas uma confissão cauterizadora do que é, efectivamente, viver com a bipolaridade – é um testamento da incrível beleza de uma vida vivida nos extremos.»

Não há problema!… mesmo que o seu filho coma este livro – Lara Zibners
Sobre o livro: «Sempre num tom divertido e muito prático, a doutora Lara Zibners esclarece neste livro todas as questões e problemas que afligem os pais com crianças pequenas. Assim, antes de pegar na lista telefónica para ligar ao pediatra, consulte o índice deste livro e veja como pode resolver os pequenos problemas funcionais do seu bebé.
Sabia que, mesmo que o seu filho comesse as pedrinhas do fundo do aquário, não precisaria de recorrer ao Serviço de Urgência?
Como pediatra do Serviço de Urgência, a doutora Lara Zibners já viu de tudo. Dedicou os seus cuidados a muitas dos vinte e cinco milhões de crianças norte-americanas que dão entrada todos os anos no Serviço de Urgência – mais de 75% sem necessidade.
Esta obra, Não Há Problema!… Mesmo que o Seu Filho Coma Este Livro, explica quando é que os pais têm de passar à acção e quando é que simplesmente devem voltar para a cama e chamar o médico na manhã seguinte. Desde “As Fraldas” até “A Cabeça e o Sistema Nervoso”, a doutora Zibners percorre todas as partes do corpo e oferece conselhos sensatos (sabia, por exemplo, que o azeite das saladas é um remédio que dissolve a Super Cola entre partes do corpo?), mantendo sempre um tom divertido e mesmo hilariante. À pergunta “E se a criança sufocar no seu vómito?”, a doutora Zibners responde que isso não acontece a uma criança saudável, a não ser que esteja “a cair de bêbeda ou pedrada com os comprimidos de dormir da avó”. Nem todas as crianças moram ao lado de um pediatra com experiência do Serviço de Urgência. Mas um livro como este é a segunda melhor coisa que lhes podia acontecer.»

Divulgada capa de “Matteo Perdeu o Emprego”, de Gonçalo M. Tavares

A Porto Editora divulgou a capa de Matteo Perdeu o Emprego, novo romance de Gonçalo M. Tavares, a editar em breve. Será o primeiro livro do autor a publicar neste editora. Gonçalo M. Tavares ganhou em 2005 o Prémio Saramago, com Jerusalém.
Foi também divulgado pela Porto Editora um pequeno excerto da obra:

«O atractivo era este: em redor de uma rotunda ninguém volta atrás, ninguém se engana, ninguém tem de assumir o erro e fazer inversão de marcha.
A vida, apesar de tudo, é fácil. Numa rotunda.»

Arteplural edita livros de “Gru, O Maldisposto”

Gru, O Maldisposto, uma animação da Universal Pictures, chega aos nossos cinemas a 21 de Outubro, mas quem estiver farto de esperar vai poder conhecer antes o candidato a maior vilão do mundo. A Arteplural vai lançar no mercado dois livros inspirados no filme: O Meu Pai, o Supervilão e O Maior Vilão do Mundo.

O Meu Pai, o Supervilão (32 páginas)
«Gru quer ser o maior vilão de sempre, por isso decide roubar a Lua! Para que o seu plano resulte, vê-se obrigado a adoptar três meninas – Margo, Edite e Agnes –, e é então que começam os seus problemas…
Entre parques de diversão, aulas de dança e contar histórias à noite, não tem tempo para dominar o mundo! Será que Gru está prestes a tornar-se um superpai?»

O Maior Vilão do Mundo (24 páginas)
«Qualquer vilão que se preze precisa de um laboratório secreto, muitas engenhocas e um cientista maluco. Gru tem tudo isto, e também uma ideia para se tornar o maior vilão do mundo: roubar a Lua! Mal sabe ele que outro vilão, Vector, tenciona estragar-lhe os planos. O que Vector pretende é roubar o raio de encolher e a Lua, mesmo debaixo do nariz de Gru! No final, qual deles irá merecer o estatuto de maior vilão do mundo?»

“Rio Homem”, de André Gago, sai a 12 de Outubro

A 12 de Outubro vai ser editado pela ASA Rio Homem, primeiro romance do actor português André Gago, que, segundo a editora, “resulta de uma investigação de dez anos” e “cruza de forma admirável a história de um foragido da Guerra Civil de Espanha perdido em Portugal e a da aldeia comunitária que o acolheu”. André Gago publicou em 2001 o conto O Circo da Lua, com o qual ganhou o prémio Revelação da Associação Portuguesa de Escritores.

Sobre o livro: «Em plena Guerra Civil de Espanha, Rogelio – um jovem galego de ideais republicanos – e alguns dos seus companheiros de guerrilha entram em Portugal clandestinamente com o propósito de apanhar, na cidade do Porto, um navio que os leve aos Estados Unidos e os liberte para sempre da ameaça do fuzilamento e da prisão.
Porém, no momento em que Rogelio se afasta do grupo para testar a segurança da próxima etapa da viagem, desconhece que virou do avesso o próprio destino: doravante completamente só num país que desconhece, o jovem sofrerá uma experiência próxima da morte que, paradoxalmente, o fará renascer como homem no seio de uma comunidade algo visionária, visitada e admirada por grandes intelectuais – a aldeia de Vilarinho da Furna. Aí encontrará o amor, de muitas maneiras.
Exaustivamente investigado, narrado com mestria e beleza e com uma galeria de personagens admiráveis (entre as quais não podemos deixar de reconhecer, por exemplo, Miguel Torga), Rio Homem cruza duas histórias magistrais – a de um refugiado que perdeu todas as suas referências e a da aldeia comunitária que o acolheu e que hoje jaz submersa na albufeira de uma barragem.»

“Escrito nas Estrelas” é o romance de estreia da actriz Bárbara Norton de Matos

A actriz Bárbara Norton de Matos estreia-se no romance com Escrito nas Estrelas, obra editada pela Caminho, do grupo Leya. Segundo informa a editora, trata-se da “história de uma mulher que só quer ser amada, mas tem medo do amor” e o enredo decorre “no mundo fervilhante dos estúdios televisivos, dos flashes e paparazzi (…) entre a quinta em Ponte de Lima e a casa de Cascais”.
O lançamento do livro terá lugar a 21 de Outubro, às 18h30, no restaurante, piso 7, do El Corte Inglês, de Lisboa.

Sinopse: «Carminho não foi uma menina feliz. Era o patinho feio da família, estavam sempre a compará-la com a Piedade, a irmã mais velha, tão deslumbrante como odiosa. E não foi fácil crescer com um pai sempre ausente, que só pensava no ténis e nos torneios, enquanto a mãe, em casa, aos poucos se deixava arrastar pela melancolia….
Mas tudo isso é passado. O patinho feio tornou-se um cisne, é agora uma estrela da televisão, capa de revista, perseguida por flashes e paparazzi. E vai finalmente estrear-se numa série histórica, o seu grande sonho, tem o papel principal. É um mundo quase perfeito.
Quase. Porque a vida está repleta de surpresas e, quando menos esperamos, o amor prega-nos partidas…»

“A Abadia Profanada” – Montserrat Rico Góngora

Depois de ter lido, com gosto, Passageiros da Neblina, de Montserrat Rico Góngora, foi com curiosidade que me lancei na leitura de A Abadia Profanada, que, ainda para mais, envolvia um tema que me cativava bastante: a demanda do Santo Graal por parte dos nazis, mais concretamente por Heinrich Himmler. Este, em Outubro de 1940, visitou a abadia de Montserrat, em Barcelona, para onde, dizem algumas teorias, teria sido levado o Santo Graal pelos últimos templários – os alemães estavam literalmente obcecados com esta poderosa arma não-convemcional .
Contudo, devo dizer que saí algo decepcionado desta experiência. O romance peca por ser algo “lento”. Não, eu não estava à espera de uma aventura à Indiana Jones – a história dele com o Graal já eu conheço –, mas a verdade é que há alturas em que o livro se arrasta, nomeadamente quando a autora apresenta as teorias que sustentam o romance. Muitas são desvendadas aos leitores através dos diálogos, mas são falas demasiado extensas, que acabam por se tornar monótonas e às vezes pouco credíveis (não pelo conteúdo, antes pela forma). Monserrat Rico Góngora deveria ter sido mais sucinta nessa fase, pois não se equilibra bem com o resto da acção. Nota-se que estava muito bem documentada, mas não soube fazer o sumário.
É uma pena, porque se trata de uma boa história, bem enfeitada com as histórias pessoais das personagens: não faltam casos de amor cerceados pelas vicissitudes da guerra, as dúvidas interiores de nazis face ao caminho que o seu país tomou, a forma como a guerra influenciou a vidas das pessoas nas questões do dia-a-dia, etc. A reconstrução da época, diga-se, é bem conseguida, e nos vários cenários em que decorre a acção. Os casos pessoais (mortes, casamentos falhados, amores) enriquecem a Abadia Profanada, compensando um pouco, de certo modo, a falta de “alma” da outra parte do enredo, a relativa ao Santo Graal. No fundo, A Abadia Profanada é mais uma história de pessoas do que outra coisa.