Viton Araújo e Gustavo Nardini sugerem «100 Coisas Para Fazer Depois de Morrer»

A Arteplural lança a 4 de Outubro o livro de sátira 100 coisas para fazer depois de morrer, dos brasileiros Viton Araújo e Gustavo Nardini, obra que é apresentada como um «guia completo do Além. Uma introdução breve, como a vida».

Sobre o livro: «“Apesar de ter colocado oportunamente o meu nome na capa, não sou o autor deste utilitário indispensável a todos os que planeiam morrer um dia. O conteúdo foi-me inteiramente ditado pelo espírito de Mauro Camargo e é fruto da sua insatisfação com a mesmice da vida após a morte. Se não nos tivéssemos encontrado há dois anos no centro espírita, tais anotações nunca teriam saído do seu Moleskine. Para ser absolutamente sincero, o Gustavo também não ilustrou porra nenhuma, teve apenas a sua mão guiada por este talentosíssimo amigo espiritual. Após inúmeras sessões de psicografia, psicoilustração e psicodiscussões editoriais, as 100 Coisas para Fazer Depois de Morrer (o nome é ideia minha) estão aqui organizadas passo a passo, desde os primeiros segundos sem respirar até aos últimos preparativos para a reencarnação. Esperamos que faça bom uso, transformando o dito descanso eterno numa curtição sem fim.” Viton Araújo»

«A Ilha», de Sándor Márai, chega a 15 de Outubro

A Dom Quixote lança a 15 de Outubro, A Ilha, de Sándor Márai (1900-1989), autor de As Velas Ardem até ao Fim.

Sobre o livro: «Publicado em 1934, A Ilha é um dos romances emblemáticos do autor de As Velas Ardem até ao Fim, um texto curto e vibrante que narra uma viagem às profundezas da alma humana. Márai mantém com firmeza a tensão de uma história sobre a ambiguidade do amor, a angústia da incerteza e o abismo da solidão. A inesquecível personagem central deste romance, Viktor Askenasi, é um homem em busca de respostas, um espírito insatisfeito para quem o que chamamos amor apenas conduz a uma felicidade temporária, prelúdio de uma inevitável destruição.»

Quetzal recupera «Austerlitz», de W. G. Sebald

Austerlitz, obra de W. G. Sebald (1944-2001), será alvo de uma nova edição a 4 de Outubro, por iniciativa da Quetzal.

Sobre o livro: «Austerlitz é uma narrativa notável, um monólogo melancólico e uma poderosa reflexão sobre o ponto em que as memórias pessoais de um homem se cruzam com a História.
Em 1939, o pequeno Jacques Austerlitz é enviado para Inglaterra ao cuidado de uma família adotiva. Austerlitz cresce sem conhecer as suas verdadeiras origens, mas, cinquenta anos depois, esse passado nebuloso e desconhecido regressa ao longo de um passeio pela costa de East Anglia. Desenvolvida na fina costura entre a ficção e a verdade – e abordando questões fundamentais como o tempo, a memória e a identidade –, a obra de Sebald procede à reconstrução do indivíduo que saiu da Segunda Guerra Mundial. A reconstrução física e económica da Europa foi mais rápida; a reconstrução espiritual dos seres isolados que a compunham foi mais lenta, mais contemplativa. Exigiu tempo, tempo passado a caminhar pelos destroços físicos e geográficos, para sarar as feridas gravadas na memória individual.»

«Não é Meia Noite Quem Quer», de António Lobo Antunes, sai a 8 de Outubro

Não é Meia Noite Quem Quer, novo romance de António Lobo Antunes, será posto à venda pela Dom Quixote a 8 de Outubro. O livro será apresentado em Penafiel, no âmbito da 5.ª Edição da Escritaria (26 a 28 de Outubro), dedicada precisamente a Lobo Antunes.

Sobre o livro: «O enredo do livro desenvolve-se em três dias, sexta-feira, sábado e domingo.
Uma mulher com perto de cinquenta anos vai passar um fim-de-semana na casa de férias da família, numa praia não identificada. A casa, modesta, foi vendida e ela quer despedir-se dela, mas também relembrar tudo o que ali se passou – a sua infância com os pais e os irmãos, o suicídio do irmão mais velho, o irmão surdo-mudo, o complexo e dramático relacionamento dos pais, a menina da casa em frente, sua amiga do tempo de férias.»

Cavalo de Ferro edita «O Sino da Islândia», do Nobel Halldór Laxness

A Cavalo de Ferro acaba de lançar mais uma obra de Halldór Laxness, O Sino da Islândia. A mesma editora já antes editara duas obras deste islandês – Gente Independente e Os Peixes Também Sabem Cantar – que ganhou Nobel da Literatura em 1955.

Sinopse: «Pela primeira vez traduzido para português, este livro foi aclamado como uma das obras maiores de Hálldór Laxness. A história de Arnas Arnæus, um bibliotecário islandês que percorre o seu país para encontrar os fragmentos desaparecidos da Edda em verso – os poemas épicos fixados no século XIII, cruza-se com a história de Jón Hreggviðsson, um agricultor pobre e rude, acusado do homicídio do carrasco do rei da Dinamarca, e com a de Snæfríður, a filha do magistrado que viria a condenar Jón.
Uma impressionante saga e uma homenagem de Laxness à tradição heróica islandesa, usando como cenário conflitos reais ocorridos de 1650 a 1790 entre a potência dinamarquesa e a oprimida colónia islandesa.»

Tom Perrotta «explica» como é «O Mundo Depois do Fim»

A Contraponto acabou de lançar O Mundo Depois do Fim, do norte-americano Tom Perrota, autor, por exemplo, de Joe College e Abstinência.

Sobre o livro: «O que se faz quando se sobrevive ao fim do mundo?
E se o apocalipse não fosse como pensamos mas algo mais estranho, mais inexplicável, com o desaparecimento de milhões de pessoas em todo o mundo? Velhos, jovens, homens, mulheres, santos, pecadores, todo o tipo de pessoas… simplesmente desaparecidas, de um momento para o outro. Como poderão aqueles que ficaram reconstruir as suas vidas?
Esta é a questão que têm de enfrentar os cidadãos de Mapleton, uma comunidade suburbana outrora tranquila que perdeu mais de uma centena de pessoas no dia que ficou conhecido como a Partida Súbita.
Kevin Garvey, o presidente da câmara, tenta renovar a esperança e dar algum alento aos habitantes da cidade, mas a sua família está a desintegrar-se. A mulher, Laurie, deixou o marido e os filhos para se juntar a uma seita chamada Os Remanescentes Culpados, cujos membros fazem um voto de silêncio mas deixam pelas ruas mensagens sobre o juízo divino. O filho, Tom, desistiu da universidade para se juntar a uma outra seita, liderada pelo “Santo Wayne”, um suposto profeta que afirma ser capaz de curar a dor dos que perderam aqueles que amavam. Jill, a filha adolescente, é a única família que resta a Kevin, mas o peso da tragédia comunitária fez com que ela se afastasse cada vez mais.
Perrotta oferece em O Mundo Depois do Fim uma alegoria da sociedade contemporânea, marcada pela perda sem sentido e pelo medo de um futuro cada vez mais imprevisível. Uma distopia inteligente, perspicaz e memorável.»

Ken Follet prossegue trilogia O Século com «O Inverno do Mundo»

A Editorial Presença lançou O Inverno do Mundo, segundo livro da trilogia O Século, do prolífico Ken Follet.

Sinopse: «Este volume vem dar continuação à extraordinária trilogia de Ken Follet, O Século, depois do êxito internacional alcançado pelo volume inaugural, A Queda dos Gigantes. A história recente do conturbado século XX continua a desenrolar-se como se diante dos nossos olhos, as figuras históricas e os acontecimentos reais evoluindo e decorrendo em simultâneo com as vidas da segunda geração das cinco famílias que já protagonizaram o primeiro volume, misturando-se num grandioso e colorido fresco em amplas pinceladas que, graças a uma rigorosa fundamentação e a um talento narrativo raro, se encaixam numa totalidade cheia de vida realismo. O Inverno do Mundo decorre entre a ascensão do nazismo e as suas dramáticas consequências até ao início da Guerra Fria.»

«Equador» – Miguel Sousa Tavares

Demorei uns tempos (uns anos) a chegar ao Equador, um tempo que, agora, me parece demasiado longo, mas se calhar a viagem até este tremendo romance de Miguel Sousa Tavares foi encetada na altura ideal.
Muito badalado desde há anos, este romance tornou-se demasiado exposto, uma daquelas coisas de que tanto se fala que até acaba por perder o interesse, para não dizer «enjoar». Estava, portanto, a precisar de um período de descanso antes de lhe pegar e, a pretexto da nova e bela edição da Oficina do Livro, finalmente tive a oportunidade (e a vontade) de o fazer.
Revelou-se uma leitura compulsiva, motivada não só por estar bem escrito mas por se tratar de uma bela história e de uma aventura bem documentada onde todas as páginas, palavras e letras são úteis, justificando-se assim a dimensão, em termos de páginas, da obra.
Equador tem tudo: aventura, cenários exóticos, emoção, denúncia, contextualização histórica, tudo assente, e movido, inevitavelmente numa complexa história de amor.
Com a acção a decorrer no início do século XX – trata-se de um clássico romance histórico – tem por protagonista Luís Bernardo, um homem com preocupações sociais que defende uma nova política colonial e que é incumbido pelo rei D. Carlos de se mudar para São Tomé e Príncipe (como governador-geral) para averiguar das condições de trabalho dos negros nas plantações de cacau, de modo a assegurar-se de que não havia escravatura. A preocupação da realeza tinha mais que ver com a pretensão de agradar aos ingleses, que ameaçavam com um boicote comercial, do que efectivamente com as condições de trabalho desumanas. Em tempos de transição como aquele, a noção de escravatura era algo vaga e Luís Bernardo encontra dificuldades para levar o seu trabalho avante, dada a reticência dos poderosos produtores de São Tomé e Príncipe. Tudo se complica quando se começa a desenvolver a tal complexa história de amor que envolve, além de Luís, o casal Ann e David, sendo este último precisamente o cônsul inglês encarregue de verificar se efectivamente a escravatura era uma coisa do passado.
A história e os ambientes são narrados com muita cor e vida e o enquadramento histórico escapa ao cinzentismo por vezes presente neste tipo de romance, provando que é possível descrever uma época de outra forma, que não seja tipo manual ou livro de história. A mistura entre a descrição dos ambientes, a vida quotidiana em São Tome, as amizades, os amores, as tensões e a política resulta numa história sabiamente equilibrada e bem construída que se lê como se assistindo a uma grande produção cinematográfica – isto é um elogio, caso tenham dúvidas.
Em suma, um grande romance, a ler.

«O Tempo dos Milagres», a estreia de Karen T. Walker, este Setembro na Civilização

Civilização publica em Setembro O Tempo dos Milagres, romance de estreia da norte-americana Karen T. Walker, que, segundo a editora, questiona «E se o nosso dia de 24 horas se tornasse mais longo, primeiro em minutos, depois em horas, até o dia se tornar noite e a noite se tornar dia? Que efeito teria este abrandamento no mundo?»
Sinopse: «Nunca é aquilo que receamos que acaba por acontecer. As verdadeiras catástrofes são sempre diferentes – inimagináveis, inesperadas, desconhecidas… E se o nosso dia de 24 horas se tornasse mais longo, primeiro em minutos, depois em horas, até o dia se tornar noite e a noite se tornar dia? Que efeito teria este abrandamento no mundo? Nas aves do céu, nas baleias do mar, nos astronautas do espaço e numa rapariga de onze anos, a braços com as mudanças emocionais da sua própria vida? Uma manhã, Julia e os pais acordam na sua casa nos subúrbios da Califórnia e descobrem, juntamente com o resto do mundo, que o movimento de rotação da Terra está a abrandar visivelmente. A enormidade deste facto está quase para além da compreensão. E, no entanto, ainda que o mundo esteja, na realidade, a aproximar-se do fim, como afirmam alguns, a vida do dia a dia tem de continuar. Julia, que enfrenta a solidão e o desespero de uma adolescência difícil, testemunha o impacto deste fenómeno no mundo, na comunidade, em si própria e na sua família.»

«O Anjo Esmeralda» reúne contos de Don DeLillo

O Anjo Esmeralda, novo livro do escritor norte-americano Don DeLillo (autor de Submundo) , é editado pela Sextante a 27 de Setembro, tratando-se da sua única colectânea de contos. São nove contos escritos entre 1979 e 2011 que oferecem, segundo a editora, «uma visão panorâmica e, por vezes, premonitória, das últimas décadas da América e dos americanos, das suas vidas e rotinas, classes sociais, hábitos e peculiaridades».

Sobre o livro: «De um dos maiores escritores do nosso tempo, a sua primeira coletânea de contos, escritos entre os anos 1979 e 2011, histórias de três décadas da vida norte-americana. Situadas na Grécia, nas Caraíbas, em Manhattan, numa prisão para criminosos de colarinho branco ou no espaço sideral, estas nove histórias são uma inolvidável introdução à voz icónica de Don DeLillo, desde os ricos e marcados ritmos jazzísticos dos seus primeiros escritos até à linguagem frugal, depurada e monástica das suas histórias mais recentes. Freiras, astronautas, atletas, terroristas e viajantes, as personagens d’O anjo Esmeralda entram de moto próprio no mundo e definem-no. Estas nove histórias descrevem a extraordinária viagem de um grande escritor cuja premonição dos acontecimentos do mundo marcou a nossa paisagem literária.»