Bertrand lançou romance «Ninguém Me Há De Ver Chorar», da mexicana Cristina Rivera Garza

A Bertrand lançou recentemente o romance Ninguém Me Há De Ver Chorar, da mexicana Cristina Rivera Garza, obra que, segundo o escritor Carlos Fuentes, é «uma das obras de ficção mais notáveis da literatura, não apenas mexicana, mas em língua castelhana deste virar de século.» O romance tem por base factos reais.

Sinopse: «Estamos no ano de 1920 e Joaquín Buitrago, cuja atormentada vida o levou a tornar-se fotógrafo de pacientes do manicómio mexicano La Castañeda, encontra entre as mulheres que retrata Matilda Burgos. Obcecado com a identidade desta doente, uma vez que está convencido de que a conheceu anos antes no célebre bordel La Modernidad, trata de reunir informações sobre ela. Tal como Joaquín vai descobrindo a pouco e pouco, Matilda, que nasceu nos campos onde se cultivava a perfumada baunilha, chegou de pequena à capital para cair nas mãos de um familiar que a usou para pôr em prática uma singular teoria médico-social. A maré de recordações, a partir da qual vai surgindo a turbulenta existência de Matilda, provoca também no fotógrafo uma reflexão acerca da sua própria vida e da sua dependência dos narcóticos.»

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Babar nas livrarias na companhia do Badou

O elefante Babar, que já vai nos 80 anos, está prestes a chegar às livrarias, graças à Booksmile, que desde já nos apresenta quatro aventuras para todas as pessoas com mais de três anos: Caça ao EspiãoO GrandeHeróiO Rugido da Zebra e Todos ao Banho!
A colecção Babar e as Aventuras de Badou, além do famoso elefante, apresenta também o seu neto brincalhão de 8 anos, e mais uma serie de amigos.
Segundo a Booksmile, a colecção é composta por livros que assumem «um papel pedagógico ao transmitirem, nas suas coloridas e divertidas histórias valores como a amizade, solidariedade, sabedoria, confiança, partilha e, também, a importância da relação entre avós e netos».
Babar e Badou vão estar na Feira do Livro nos dias 5, 6 12 e 13 de maio (das 15h00 às 18h30).

David Grossman, Chimamanda Ngozi Adichie e Jo Nesbø num Maio em grande na Dom Quixote

A Dom Quixote preparou um mês de Maio em grande, pois além dos já aqui referidos novos livros de José Eduardo Agualusa e Philip Roth, podemos também contar com um romance de David Grossman, contos de Chimamanda Ngozi Adichie e mais um thriller de Jo Nesbø. Já agora referencia também para Pornografia, de Witold Gombrowicz.

Até ao Fim da Terra – David Grossman
«Quando Ora se prepara para festejar a desmobilização do filho Ofer, ele volta a juntar-se voluntariamente ao exército. Num ímpeto supersticioso, temendo a pior notícia que um pai ou uma mãe podem receber, Ora parte numa caminhada para a Galileia, sem deixar qualquer rasto para os “notificadores”. Recentemente separada do marido, arrasta consigo um companheiro inesperado: Avram, o melhor amigo de outrora de ambos, o antigo amante, que tinha estado prisioneiro durante a Guerra do Yom Kipur e fora torturado, e que, destruído, recusara sempre conhecer o rapaz ou ter contacto com eles. Durante a caminhada, Ora vai desenrolando a história da sua maternidade e inicia Avram no drama da família humana – uma narrativa que mantém Ofer vivo, tanto para a mãe como para o leitor.»
Nas livrarias a 14 de Maio

A Coisa à Volta do Teu Pescoço – Chimamanda Ngozi Adichie
«Depois de Meio Sol Amarelo (Orange Prize 2007) e A Cor do Hibisco (Commonwealth Writers’ Prize 2005), Chimamanda Ngozi Adichie regressa com doze histórias protagonizadas por heroínas memoráveis. Divididas entre dois continentes – África e América –, estas mulheres lutam por um lugar e uma identidade no mundo moderno mas também pela preservação dos valores da sua cultura de origem. Quer vivam no inferno de um país como a Nigéria ou num subúrbio aparentemente calmo dos Estados Unidos, elas não têm uma vida fácil. As ameaças que enfrentam podem ter origem na guerrilha ou no funcionamento de um forno micro-ondas mas os seus dilemas contêm toda a história de um continente.
Nas livrarias a 28 de Maio

Caçadores de Cabeças – Jo Nesbø
«Roger Brown é um vilão sedutor, um homem que parece ter tudo: é o caçador de cabeças mais bem-sucedido da Noruega – procura e seleciona altos quadros para as maiores empresas –, casado com uma elegante galerista e proprietário de uma casa luxuosa. Mas, por detrás desta fachada de sucesso, Roger Brown gasta mais do que pode e dedica-se ao perigoso jogo do roubo de obras de arte.
Em Caçadores de Cabeças, Jo Nesbø envolve-nos numa conspiração explosiva nos meandros da elite industrial e financeira, que culmina no submundo de assassinos contratados e vigaristas.»
Nas livrarias a 31 de Maio

Pornografia – Witold Gombrowicz
«De passagem pela província, dois cavalheiros de Varsóvia, um escritor e um encenador no outono da vida, dotados de fértil imaginação, convencem-se de que dois amigos de infância, Henia e Karol, com dezasseis anos de idade, foram feitos um para o outro. Apesar de Henia estar noiva de um advogado bem estabelecido na vida e de os dois jovens não sentirem atração um pelo outro, os dois artistas não desistem de concretizar o seu desejo de ver consumada a união dos adolescentes.»
Nas livrarias a 7 de Maio

Novo romance de Tânia Ganho, «A Mulher-Casa», sai a 3 de Maio

Tânia Ganho lança a 3 de Maio o seu novo romance, A Mulher-Casa, uma edição Porto Editora, que assim sucede a A Vida sem Ti, Cuba Libre e A Lucidez do Amor.
Tânia Ganho vai estar na Feira do Livro de Lisboa a 6 de Maio, a partir das 15h00, para uma sessão de autógrafos e para participar, juntamente com outras autoras, no Porto de Encontro.

Sinopse: «Ela é uma modista de chapéus pouco conhecida; ele, um ghostwriter de políticos menores e personalidades duvidosas. Quando trocam a pacata Aix-en-Provence pela imponente Paris, levam consigo toda uma bagagem de sonhos e promessas de glamour. Porém, o crescente sucesso profissional do marido depressa reduz Mara ao papel de mãe e dona de casa, arrastando-a para um abismo de solidão e desencanto.
É então que se envolve com Matthéo, um jovem chef mais novo do que ela, e de súbito se vê enredada numa espiral de sentimentos contraditórios onde a lealdade, a luxúria e o dever encerram as agonizantes perguntas: poderá uma adúltera ser uma boa mãe? Poderá ela esperar que este amor proibido a salve de si mesma e da sua falta de fé?»

Dom Quixote lança a 21 de Maio «Goodbye, Columbus», a estreia de Philip Roth

A Dom Quixote edita a 21 de Maio o primeiro livro do escritor norte-americano Philip Roth, Goodbye, Columbus, que além da novela que lhe dá o título inclui também cinco contos cujo registo, segundo a editora, «vai da iconoclastia à ternura sem reservas».

Sinopse: «Goodbye, Columbus, o primeiro livro de Philip Roth, é a história de Neil Klugman e da bonita e ousada Brenda Patimkin, ele da pobre Newark, ela do bairro suburbano de Short Hills, que se conhecem numas férias de verão e mergulham numa relação que diz tanto das classes sociais e da suspeita como do amor.»

Entrevista a Wladimir Kaminer, autor de «Militarmusik»

Wladimir Kaminer, nascido na ex-URSS mas a viver em Berlim, é um escritor, mas é também DJ e apresentador de rádio. Os portugueses vão começar a conhecê-lo pela faceta de escritor, agora que foi lançada entre nós pela Cavalo de Ferro a divertida obra Militarmusik, onde traça um retrato impiedoso da ex-União Soviética. Kaminer esteve em Portugal a promover o romance e deu uma entrevista ao COMÉRCIO DO PORTO onde fala de si, da sua obra e, principalmente, de liberdade.
Foto de Marianne Fleitmann

Dadas as diversas actividades que exerce considera-se um escritor? O que responde quando lhe perguntam a profissão?
Em primeiro lugar, sou um leitor. Porque há cinco anos que todas as semanas leio as minhas novas histórias no meu bar habitual. Estas são publicadas em forma de livro uma vez por ano. Para além disso, trabalho semana sim semana não como DJ na «discoteca russa» (ver www.russendisko.de) – uma distracção agradável.

A obra é assumidamente autobiográfica? É que sendo o protagonista um fantástico inventor de histórias torna-se difícil discernir entre a ficção e a realidade.
Eu estava consciente de que a União Soviética dos anos 80 não seria propriamente um tema que iria interessar os leitores na Europa. Mas as minhas experiências na União Soviética, de quão rapidamente um mundo inteiro se pode afundar, tinham de ser eternizadas. Diverti-me muito a escrever este livro e, quer se acredite ou não, a realidade era ainda mais inacreditável do que nesta obra.

Em Portugal era até agora desconhecido. Isso poderá prejudicar o entendimento do livro ou este é acessível a todos?
As pessoas, em todas as partes do mundo, têm os mesmos medos e as mesmas esperanças. Elas procuram e não encontram nada. Riem e choram por causa disso. Porque é que haveria de ser diferente em Portugal?

Como caracteriza esta obra?
Uma pessoa não se deve limitar ao necessário, mas sim tentar guardar tudo na memória, todos os símbolos são importantes, também os do passado.

A ideia que fica é que apesar de todas as restrições os jovens da União Soviética tinham imaginação suficiente para levar uma vida divertida. Era assim?
Como em todo o lado! Como no Brasil, na China ou em África. Isso admira-o?

Qual é o seu sentimento em relação à actual Rússia e à antiga União Soviética?
A Rússia actual é um país completamente diferente, é muito mais aborrecida do que na altura da União Soviética, porque se sabe praticamente tudo que vai acontecer. Hoje em dia, acho a União Europeia muito mais interessante. Ninguém sabe como esta Europa se vai realizar no futuro.

Retrata a história do seu país com ironia e crítica. É uma forma de mostrar a sua superioridade intelectual em relação ao regime da ex-URSS?
Não a minha, mas a de um indivíduo que é sempre mais esperto do que o Estado, e assim deve ser.

Pretende regressar ao seu país ou está definitivamente estabelecido na Alemanha?
Eu sou uma pessoa livre e posso ir a todo o lado. Mas não se pode falar em voltar, porque não cresci na Rússia de hoje. Seria como se quisesse voltar à própria infância, e isso não é possível. E mesmo se fosse possível, sinceramente, não me apetecia. No fundo, qualquer mudança é melhor do que a estagnação.

Quais as suas ambições como escritor?
Comunicar com pessoas sobre um tema que nos interessa.

O seu «eu» está muito presente na sua obra. Não pensa escrever um romance na terceira pessoa, uma ficção total, sem intenções autobiográficas?
O romance como forma já é uma falsificação, ainda por cima na terceira pessoa… para que é que isso serve?

Quais são as suas referências literárias?
Todos os autores que têm alguma coisa para dizer. Os outros nem por isso.

Tem outras ambições a nível artístico? Quais?
Eu não tenho objectivos artísticos nenhuns, todos os meus objectivos encontram-se no âmbito da realidade.

Como convenceria alguém a ler Militarmusik?
Não ia fazer isso. Vivemos num mundo livre, ou não?

PERFIL
Wladimir Kaminer nasceu em Moscovo, em 1967, portanto na agora extinta União Soviética.
Em 1990, com a abertura vivida a Leste, mudou-se para Berlim, onde hoje vive com a mulher e dois filhos.
Em finais de 2000 publicou o seu primeiro livro Russendisko, preenchido com histórias reais e fictícias relacionadas com a discoteca que possui em Berlim. Actualmente é DJ nessa discoteca (vocacionada para russos e outras pessoas do Leste europeu) e apresenta um programa numa rádio alemã.
Kaminer tornou-se num opinion-maker respeitado no meio cultural e literário alemão, posição sustentada na sua capacidade de comunicar e num humor corrosivo. Militarmusik, a sua estreia em Portugal, foi o segundo livro que escreveu.

(Entrevista realizada em 2003)

QuidNovi editou «O Primeiro Amor É Sempre o Último», de Tahar Ben Jelloun

A Editora QuidNovi lançou recentemente O Primeiro Amor É Sempre o Último, obra do marroquino Tahar Ben Jelloun, que entre nos já havia editado livros como Amores Feiticeiros, O Escrivão Publico (ambos na Cavalo de Ferro) ou Uma Ofuscante Ausência de Luz (Asa). Pode recordar aqui uma entrevista feita por mim para «O Comércio do Porto».
Segundo anunciou a QuidNovi. Tahar Ben Jelloun virá a Portugal em Junho.

Sinopse: «O Primeiro Amor é Sempre o Último foi editado em França em 1995.
Inclui vinte e uma curtas narrativas, divertidas, sérias ou maliciosas inspirando-se tanto nas histórias das Mil e uma Noites como na existência quotidiana dos magrebinos. São histórias lendárias ou triviais que nos falam da dificuldade de comunicação entre o homem e a mulher árabes, da incompreensão, da solidão, do amor, da sexualidade, do prazer e da dor.»

Francisco Salgueiro de volta com «O Anjo Que Queria Pecar»

A Oficina do Livro lançou O Anjo Que Queria Pecar, obra de Francisco Salgueiro, autor de O Fim da Inocência, Homens Há Muitos e A Praia da Saudade.

Sobre o Livro: «O “Mistério da Boca do Inferno” assombrou gerações durante décadas. O inexplicável desaparecimento do célebre mestre do oculto e da magia negra Aleister Crowley, com a conivência do escritor Fernando Pessoa, colocou Portugal e a Europa em sobressalto nos anos 30.
Mas, factos só agora revelados demonstram que a conspiração se prolongou muito para lá do seu tempo, chegando aos dias de hoje e envolvendo uma perversa teia de sexo e manipulação orquestrada por uma criatura demoníaca, da qual foi vítima o Anjo que Queria Pecar.
Os títulos de cada capítulo do livro são frases escritas por Fernando Pessoa ou por seus heterónimos.»

«Teoria Geral do Esquecimento», de José Eduardo Agualusa, sai a 7 de Maio

Teoria Geral do Esquecimento é o titulo do novo romance de José Eduardo Agualusa, que será editado pela Dom Quixote a 7 de Maio na colecção Autores de Língua Portuguesa.

Sinopse: «Luanda, 1975, véspera da Independência. Uma mulher portuguesa, aterrorizada com a evolução dos acontecimentos, ergue uma parede separando o seu apartamento do resto do edifício – do resto do mundo. Durante quase trinta anos sobreviverá a custo, como uma náufraga numa ilha deserta, vendo, em redor, Luanda crescer, exultar, sofrer.
Teoria Geral do Esquecimento é um romance sobre o medo do outro, o absurdo do racismo e da xenofobia, sobre o amor e a redenção.»

Giorgio Faletti regressa com «Eu Sou Deus»

A Contraponto lança a 4 de Maio mais um thriller do italiano Giorgio Faletti, intitulado Eu Sou Deus, que assim sucede ao bem interessante Eu Mato. Faletti, que já foi actor, músico e compositor, passou a dedicar-se à escrita em 2002, com o já referido Eu Mato.

Sinopse
«Encontro um botão e pressiono-o com delicadeza. E outro. E mais outro.
Um instante ou mil anos depois, a explosão é um trovão sem tempestade, a terra que acolhe o céu, um momento de libertação.
Depois os gritos e a poeira e o barulho dos carros que chocam uns contra os outros e as sirenes que me avisam que, para muitas das pessoas que estão atrás de mim, chegaram ao fim os oito minutos.
Este é o meu poder.
Este é o meu dever.
Este é o meu querer.
Eu sou Deus.
Um serial killer aterroriza Nova Iorque. As suas ações não seguem os padrões conhecidos pelos criminalistas, escolhendo as vítimas totalmente aleatoriamente. Não lhes olha nos olhos enquanto morrem, mas também não o poderia fazer, pois ataca massivamente. As autoridades procuram desesperadamente um rosto, mas o assassino não tem rosto, nome, nem passado, nem futuro. Vivien Light, uma jovem detetive que esconde os dramas pessoais sob uma sólida imagem profissional, e Russel Wade, um repórter fotográfico com um passado que deseja esquecer, são a única esperança para deter este homicida – um homem que não pode ser responsabilizado pelos seus atos, um homem que acredita ser Deus.»