«Khan al-Khalili», de Naguib Mahfouz, sai em Abril

A Civilização lança em Abril mais uma obra do escritor egípcio Naguib Mahfouz, Khan al-Khalili, que tem , como é costume na obra do Nobel de 1988, o Cairo como cenário.

Sinopse: «Estamos em 1942, a II Guerra Mundial está no auge e a Campanha na África assola a costa norte do Egipto até al-Alamein. Tendo por pano de fundo este conflito internacional, o romance acompanha a história dos Akif, uma família da classe média que se refugia em Khan al-Khalili, o histórico e fervilhante bairro do Cairo. Acreditando que as forças alemãs nunca bombardearão uma parte religiosa tão famosa da cidade, esperam ficar em segurança entre as vielas apinhadas, os cafés animados e as mesquitas antigas. Pelos olhos de Ahmad, o filho mais velho da família Akif, Naguib Mahfouz dá-nos uma visão complexa de Khan al-Khalili. […].»

ASA traz Os Smurfs de volta a Portugal

A ASA iniciou em Março a publicação das aventuras dos Smurfs, pequeno personagens azuis criados pelo belga Peyo (1928-1992) que há quem também conheça por Schtroumpfs (o nome original).
Até ao final de 2012 serão lançados mais de 50 títulos em diferentes formatos e tipos de livros, aproveitando assim o balanço dado pela estreia prevista para 11 de Agosto da longa-metragem Os Smurfs em 3D. Pode ver aqui o trailer do filme.

«Lisboa. Um Melodrama», de Leopoldo Brizuela, chega a 16 de Maio

A 16 de Maio chega às livrarias Lisboa. Um Melodrama, de Leopoldo Brizuela, uma edição da Dom Quixote, editora que ainda em Abril (dia 11) lançou Menos por Menos – Poemas Escolhidos, de Pedro Mexia, e Quarto Livro de Crónicas, de António Lobo Antunes.

Lisboa. Um Melodrama – Leopoldo Brizuela
«17 de Novembro de 1942. Lisboa. Portugal. Numa única e interminável noite, enquanto refugiados de toda a Europa esperam a partida do navio Boa Esperança para se porem a salvo dos nazis, a gesta do Cônsul argentino é o crivo em que se entrecuzam, como num folhetim, as “histórias mais secretas” de um período sem par na História.
Pode uma longa e intensa noite marcar e mudar irreversivelmente a história de um conflito? Podem a fadista Amália, o casal Tânia e Enrique Santos Discépolo, o Cônsul argentino, o misterioso Ricardo De Sanctis que assegura ser banqueiro e “refugiado pessoal” do Patriarca de Lisboa, ser personagens principais do momento em que tudo parece mudar?»

Menos por Menos – Poemas Escolhidos – Pedro Mexia
«Nesta antologia pessoal, Pedro Mexia oferece-nos uma selecção de poemas retirados dos seus seis livros de poesia escritos entre 1999 e 2007. Cem poemas que reúnem o que de melhor existe na obra de um dos mais conceituados autores da nova geração da poesia portuguesa contemporânea.»

Quarto Livro de Crónicas – António Lobo Antunes
«Neste quarto volume estão reunidas 79 das crónicas que o autor regularmente publica na revista Visão. Ao longo destes textos, António Lobo Antunes evoca lugares, personagens, relatos do quotidiano e memórias de infância.»

Porto Editora publicou «Inverno em Madrid», de C. J. Sansom

A Porto Editora publicou recentemente Inverno em Madrid, romance de C. J. Sansom, autor de obras como Dissolução, Fogo Negro, Soberano e Revelação, todas da série Shardlake. Inverno em Madrid, contudo, não pertence a esta série, pois trata-se de um thriller que tem por cenário a Guerra Civil espanhola

Sinopse: «1940. Madrid encontra-se em ruínas, a fome e a miséria imperam, e uma turba de espiões das grandes potências mundiais invade a cidade, enquanto Franco pondera juntar-se a Hitler na Segunda Guerra Mundial. É nesse mundo de incertezas que desembarca Harry Brett, um ex-soldado recrutado pelos serviços secretos britânicos. A sua missão é descobrir se os negócios obscuros de um antigo companheiro de escola, Sandy Forsyth, envolvem uma reserva de ouro que fortalecerá o governo de Franco. Entretanto, Barbara Clare, antiga enfermeira da Cruz Vermelha e namorada de Sandy, também se propõe a uma missão secreta: encontrar o ex-amante, Bernier Piper, amigo de Harry e comunista voluntário das Brigadas Internacionais desaparecido nos campos sangrentos da Batalha do Jarama.
Quatro vidas cruzadas num jogo perigoso de amor e morte, os segredos e subterfúgios da Espanha de Franco, um romance que nos fala sobre a dificuldade de fazer escolhas num mundo marcado pela guerra.»

«Diário Secreto do Pequeno Polegar», com ilustrações de Rébecca Dautremer, lançado pela Educação Nacional

A Educação Nacional acaba de lançar mais uma obra da conceituada ilustradora francesa Rébecca Dautremer. Diário Secreto do Pequeno Polegar é a obra recentemente editada, que conta com texto de Philippe Lechermeier.

Sobre o livro: «“Chamo-me Pequeno Polegar. Gosto de escrever e desenhar sobre as coisas que me acontecem. Esta é a minha história. Nunca a esquecerão…”
Mistério, humor, arte, imaginação, originalidade… num livro mágico, onde as palavras de Philippe Lechermeier se unem ao traço singular e poético de Rébecca Dautremer, uma das ilustradoras mais reconhecidas da actualidade.»

Ahab apresenta os «Contos Carnívoros» do belga Bernard Quiriny

A editora portuense Ahab lançou a 24 de Março Contos Carnívoros, do escritor belga Bernard Quiriny. Professor de filosofia e de direito e crítico literário e musical, estreou-se na literatura em 2005 com um volume de contos intitulado L’Angoisse de la Première Phrase, com o qual ganhou o prémio Vocation para primeiras obras. Já com este Contos Carnívoros recebeu o prémio Rossel que, explica a Ahab, é o equivalente belga do Goncourt.

Sinopse: «Um botânico enamorado da sua planta carnívora. Um padre argentino que tem a faculdade de se desdobrar em corpos diferentes. Onze escritores mortos que o leitor nunca leu. Uma mulher-laranja que se deixa literalmente beber pelos seus amantes. Uma sociedade de estetas fascinados pelas marés negras. Uma tribo de índios da Amazónia que nenhum linguista compreende. E o extraordinário Pierre Gould, que ressurge incessantemente em diferentes trajes e disfarces…
Catorze narrativas de uma imaginação desenfreada e de um estilo aprimorado, na grande tradição de Jorge Luis Borges ou Edgar Allan Poe. O leitor cruzar-se-á também com a sombra de Enrique Vila-Matas, que se convida a si próprio num conto à maneira de posfácio.»

«Contagem Decrescente», de Ken Follett, chega em Abril

Ken Follett é a “mina de ouro” do momento”. Parece ter um fundo interminável de obras e desta vez quem o aproveita é a Casa das Letras. Este editora do grupo Leya vai lançar em Abril Contagem Decrescente, um romance cuja acção decorre em plena Guerra Fria. Mas nas novidades de Abril da Casa das Letras deve também destacar-se Raposas de Fogo, de Joyce Carol Oates

Contagem Decrescente – Ken Follett
«1958: a Guerra Fria está no auge, os Soviéticos ultrapassam os Americanos nos primeiros passos da corrida para a conquista do espaço. Claude Lucas acorda, uma manhã, na Union State de Washington. Vestido com roupas de vagabundo, está afectado por uma amnésia que o impede de se recordar, entre outras coisas, do seu estatuto profissional. Acontece que ele é uma personagem central do próximo lançamento do Explorer I, um foguetão do exército dos EUA. Anthony Carroll, agente da CIA e velho amigo de Lucas, anda a seguir o caso. E convém-lhe que a amnésia não passe tão depressa…»

Raposas de Fogo – Joyce Carol Oates
«América, anos 50. As famílias começam a dissolver-se e surgem gangues de adolescen­tes. Os membros das Raposas de Fogo, um gan­gue feminino liderado pela carismática «Legs» Sadovsky, têm entre treze e dezasseis anos, defendem os fracos e os pobres, e visam con­quistar os direitos que lhes são negados por uma sociedade hipócrita. Possuem armas e, acima de tudo, um segredo que nunca pode­rão contar, porque isso significaria o fim do seu desejo de justiça.
Raposas de Fogo, a história secreta de uma irmandade de sangue marcada por uma fúria libertadora que arde com demasiada força para poder durar, é o ro­mance mais forte e mais impiedoso até agora escrito por Joyce Carol Oates.»

Generosidade – Richard Powers
«Quando Russell Stone, um autor frustrado de não ficção, se encontra a leccionar a cadeira de Escrita Criativa, conhece uma jovem argelina com uma presença perturbadoramente lumino­sa. A exuberância feliz de Thassadit Amzwar atrai e intriga Russell. Como pode irradiar tanta felicidade aquela refugiada do terror perpétuo?
Único, contagiante e mágico, Generosidade cele­bra simultaneamente a ciência e a imaginação libertada. No seu livro mais exuberante até ao momento, Richard Powers pede-nos para con­siderar as grandes questões que a humanidade enfrenta, enquanto começamos a reescrever a nossa própria existência.»

A Pior das Guerras – D.J. Goldhagen
«Da Europa ao sul de África, da Guatemala à Indonésia, do Camboja ao Darfur, o genocídio tem sido mais mortífero que a própria guerra, sendo utilizado pelos seus perpetradores como estratégia política deliberada para acabar com milhões e milhões de vidas humanas.
Daniel Jonah Goldhagen põe em causa aquilo que julgamos saber sobre o genocídio, começando por questionar como o deveríamos definir: como apenas uma parte de um problema maior chamado “eliminacionismo”.»

No Rasto dos Desaparecidos – Susannah Charleson
«Depois do atentado na cidade de Oklahoma, Susannah Charleson recortou uma fotografia do jornal: um tratador de cães exausto, com a cara enterrada no pêlo da sua cadela de busca e salvamento. Susannah, que adorava cães e tinha experiência de buscas enquanto piloto de aviões, ficou tão comovida com esta imagem que decidiu trabalhar como voluntá­ria numa equipa cinotécnica local e depres­sa ficou a conhecer pessoalmente as longas horas de trabalho, o pagamento inexistente e os resultados, muitas vezes angustiantes, que obtinham.
No Rasto dos Desaparecidos é a história das aventuras de Susannah e Puzzle e da rela­ção forte que se estabeleceu entre ambas enquanto procuram os que se perderam — um adolescente desaparecido, uma doente com Alzheimer que vagueia perdida, no frio, vestígios da tripulação entre os destroços do vaivém espacial Columbia.»

Coetzee e Skármeta (e não só!) em formato de bolso BIS-Leya

Nem de propósito. No post anterior a este falei da escolha de melhores capas dos últimos anos pelo site francês L’Internaute, e agora é  hora de anunciar os quatro novos títulos da colecção BIS-Leya que se caracterizam, entre muitas outras coisas, pelo seu excelente design – como se pode ver, aliás, por estas quatro capas, dignas de figurar em qualquer top.
Os autores escolhidos para o mês de Março são J.M. Coetzee (Desgraça), Antonio Skármeta , (O Carteiro de Pablo Neruda), Robert Wilson (O Cego de Sevilha) e o português João Aguiar (A Voz dos Deuses).
Estarão todos à venda por 7,50 euros, excepto O Carteiro de Pablo Neruda, que custra 5,95.

Desgraça – J.M. Coetzee
«Desgraça é muito mais do que um relato social: é um relato de sobrevivência pessoal numa sociedade decadente. Passado na África do Sul pós-apartheid, este romance sincero e despudorado centra-se em David Lurie, professor universitário na Cidade do Cabo, de meia-idade, divorciado, que divide o seu tempo entre o desânimo das aulas e as satisfações momentâneas que encontra numa prostituta. Quando este o deixa de atender, David desvia as atenções para uma jovem aluna, começando uma aventura sexual que, quando tornada pública, o leva ao despedimento e à humilhação.”

O Carteiro de Pablo Neruda – Antonio Skármeta
«Mario Jiménez, jovem pescador, decide abandonar o seu ofício para se converter em carteiro da Ilha Negra, onde a única pessoa que recebe e enviar correspondência é o poeta Pablo Neruda. Mario admira Neruda e espera pacientemente que algum dia o poeta lhe dedique um livro ou aconteça algo mais do que uma brevíssima troca de palavras ou o gesto ritual da gorjeta.
O seu desejo ver-se-á finalmente realizado e entre os dois vai estabelecer-se uma relação muito peculiar. No entanto, a conturbada atmosfera que se vive no Chile daquela época precipitará um dramático desenlace…»

O Cego de Sevilha – Robert Wilson
«É semana santa em Sevilha. Um empresário de renome é encontrado atado, amordaçado e morto em frente do seu televisor. As feridas auto-infligidas deixam perceber a luta que travou para evitar o horror das imagens que foi forçado a ver. Quando confrontado com esta macabra cena, o habitualmente desapaixonado detective de homicídios Javier Fálcon sente um medo inexplicável.»
Pode ler aqui uma entrevista que Robert Wilson me deu para O Comércio do Porto precisamente a propósito de O Cego de Sevilha.

A Voz dos Deuses – João Aguiar
«Em 147 a.C., alguns milhares de guerreiros lusitanos encontram-se cercados pelas tropas do pretor Caio Vetílio. Em princípio, trata-se apenas de mais um episódio da guerra que a República Romana trava há longos anos para se apoderar da Península Ibérica. Mas os Lusitanos, acossados pelo inimigo, elegem um dos seus e entregam-lhe o comando supremo. Esse homem, que durante sete anos vai ser o pesadelo de Roma, chama-se Viriato. Entre 147 e 139, ano em que foi assassinado, Viriato derrotou sucessivos exércitos romanos, levou à revolta grande parte dos povos ibéricos e foi o responsável pelo início da célebre Guerra de Numância.
Viriato foi um verdadeiro génio militar, político e diplomático. Mas, sobretudo, foi o defensor de um mundo que morria asfixiado pelo poderio romano: o mundo em que mergulham as raízes mais profundas de Portugal e de Espanha. É esse mundo, já então em declínio, que este livro tenta evocar.»

«Vento Suão», romance inédito de Rosa Lobato de Faria, publicado a 24 de Março

Vento Suão, romance inédito de Rosa Lobato de Faria, foi publicado pela Porto Editora a 24 de Março, cerca de um ano após a sua morte. O livro tem um posfácio de Eugénio Lisboa intitulado “Um prazer interrompido” que dá a conhecer um pouco da autora e da sua obra.
A apresentação oficial do livro, que será simultaneamente uma homenagem a Rosa Lobato de Faria, é a 7 de Abril, pelas 18:30, no Grémio Literário de Lisboa.

Sobre o livro: «Quando faleceu, a 2 de fevereiro de 2010, Rosa Lobato de Faria deixou inacabado este Vento Suão. Pôs-se então a hipótese de pedir a um(a) autor(a) das suas relações que imaginasse um desenvolvimento para a história que a morte não deixara chegar ao fim e terminasse o livro inacabado. Depressa se concluiu, no entanto, que tal não era a melhor solução – primeiro, porque não se tinha a certeza de que a autora aprovasse essa inclusão de uma voz alheia no interior do seu próprio fluir narrativo; depois, porque, apesar de inacabado, o romance tinha o desenvolvimento suficiente para se deixar ler como um todo com sentido. Aqui fica, pois, este Vento Suão tal e qual como Rosa Lobato de Faria o deixou. E como derradeira homenagem a uma escritora cuja obra teve como eixos fundamentais “a força da vida, o conhecimento profundo da realidade e do meio em que se agitam os seus fantoches ficcionais, o domínio das minúcias, o fôlego narrativo, a irrupção imparável de um vento negro de violência que impõe uma aura de tragédia intemporal ao que parece quase inócuo”. [Eugénio Lisboa]»