Bertrand lançou “O Assassino Cego”, de Margaret Atwood

A Bertrand acabou de lançar O Assassino Cego, de Margaret Atwood, eleito recentemente um dos livros da década pelo «The Telegraph» e que valeu a Margaret Atwood o Booker Prize. 

Sobre o livro: «Qual boneca russa, a obra que agora se publica apresenta uma complexa estrutura narrativa em que se interligam as recordações de Iris Chase – uma anciã que conta a história da sua família ao longo do século XX, detendo-se em especial na relação desta com a sua irmã Laura (já morta) – com episódios escritos em registos tão distintos como romance ou a ficção científica.
No livro, chegada ao fim da vida, Iris Griffen começa a escrever a história secreta da sua família, evocando um mundo de prosperidade e miséria que se estende pelo período que separa as duas guerras mundiais. Mas o enigma central da história de Iris é a morte de Laura Chase, a sua irmã, também ela uma contadora de histórias. O único livro de Laura, um best-seller intitulado O Assassino Cego, narra o amor clandestino entre uma jovem de sociedade e um radical a monte. Mas como terá morrido Laura? Acidente ou suicídio? Quem é esse anarquista que habita as páginas de O Assassino Cego? E qual é a relação entre a história de ficção científica, que ele conta à amante em troca de sexo, e a realidade?
O Assassino Cego é na verdade dois livros (pelo menos) e um labirinto de histórias que recorrem a uma multiplicidade de géneros literários, do romance à ficção científica, passando pelo jornalismo. Todos juntos, estes retalhos de narrativas vão dando contornos a uma história única: uma saga familiar que é também a História do mundo ocidental entre as duas Grandes Guerras e uma das histórias de amor mais complexas e inesquecíveis da literatura.»

Passatempo Planeta – “O Destino do Capitão Blanc”

O Porta-Livros tem hoje para oferecer (em parceria com a Planeta) três exemplares de O Destino do Capitão Blanc, romance histórico da autoria do escritor português Sérgio Luís de Carvalho.
O primeiro leitor que desde já ultrapasse o seguinte desafio (baseado na entrevista dada por Sérgio Luís de Carvalho ao Porta-Livros) será presenteado com um livro. Os outros dois vencedores serão encontrados por sorteio a realizar entre todos os restantes participantes que até às 23h59 de 4 de Dezembro (sexta-feira) respondam acertadamente às três questões.
A lista de vencedores será publicada neste blog e os mesmos serão avisados por e-mail.
Para encontrar as respostas certas basta ler a entrevista feita a Sérgio Luís de Carvalho publicada há dias neste blog. 

1 Para que dia e horas ficou estipulado o início do cessar-fogo da Primeira Guerra Mundial?

2 – Indique dois autores de estudos onde Sérgio Luís de Carvalho procurou informações para a elaboração de O Destino do Capitão Blanc?

3 – Onde e quando decorre a acção do romance que Sérgio Luís de Carvalho está neste momento a escrever?

As respostas devem ser enviadas por e-mail para blogportalivros@gmail.com
Juntamente com as respostas, os participantes devem enviar os seus dados, nomeadamente: NOME, MORADA e E-MAIL.
Cada vencedor receberá oportunamente, por correio, enviado directamente pela Planeta, o livro com que foi premiado.
Só podem participar residentes em Portugal.

“A Porta dos Infernos” – Laurent Gaudé

A Porta dos Infernos, do francês Laurent Gaudé (editado entre nós pela Porto Editora), é, sem dúvida, um dos livros do ano. O escritor, que já antes nos brindara com O Sol dos Scorta e Eldorado, dá mais um passo em frente na sua carreira com esta descida aos Infernos. O fantástico entra na sua obra, o que nos permite uma verdadeira viagem aos Infernos, um Inferno imaginado por Gaudé mas com um ambiente tão real que não pode deixar de nos impressionar.
Este é um livro que deixa marcas profundas no seu leitor, e não só pelos seus cenários dantescos. O ponto de partida é a morte acidental de um rapaz de seis anos, apanhado no meio de um tiroteio de mafiosos na Nápoles de 1980. Pippo morre nos braços do pai, impotente para o proteger, apanhado de surpresa que foi num dia até então absolutamente vulgar. O efeito da morte do filho é devastador, tanto nele como na mulher, Giuliana, que acaba por não perdoar ao marido que ele tenha sido incapaz de perpetrar uma vingança contra o autor dos disparos.
Atormentado pela morte de Pippo, e rodeado por um grupo de amigos cada qual o mais bizarro, Matteo abre uma das Portas do Inferno, a existente precisamente em Nápoles, e de lá resgata o seu filho, não se importando com o custo desse acto. A descrição da descida de Matteo às profundezas da Terra (e do espírito) é o momento mais poderoso do romance de Gaudé, que, com as palavras certas, descreve um Inferno sombrio, aterrador, opressivo, sufocante.
A acção decorre alternadamente entre 1980 e 2002 e é só neste último ano que tudo tem um desfecho, graças a Pippo (sim, o miúdo morto), desejoso de recuperar a harmonia familiar perdida na infância.
Tal como em outras das suas obras, Gaudé apresenta-nos pessoas levadas ao limite, ao extremo, nas suas vidas, só que desta vez sai do mundo do real. É um livro sobre a morte e a perda, onde os protagonistas tentam contrariar a inevitabilidade das mesmas.
A mensagem de A Porta dos Infernos só pode ser esta: morre quem é esquecido, e os mortos neste romance só desaparecem de vez quando esquecidos de vez. Entretanto, aguentam-se numa espiral de desespero, agarrados a qualquer lembrança que um vivo possa ter que os salve por mais alguns momentos do extermínio irremediável.

Quetzal expõe “30 Anos de Mau Futebol”

A Quetzal lança a 27 de Novembro 30 Anos de Mau Futebol, um livro de João Pombeiro que reúne as grandes frases (e as mais disparatadas) do futebol português. A obra tem ilustrações de Pedro Vieira.
«Vocês os três… façam um quadrado!» e «Gabriel García Márquez? Jogador não é…» são apenas dois exemplos das pequenas pérolas que se podem encontrar neste livro.
Nesta recolha de frases podem ser encontradas preciosidades de presidentes como Pinto da Costa ou Sousa Cintra, treinadores como Artur Jorge, Octávio Machado ou Jaime Pacheco, jogadores como Paulo Futre ou João Pinto, e árbitros como Jorge Coroado ou Veiga Trigo.

Booksmile lança álbum de tributo a Michael Jackson

O álbum Michael Jackson: O Rei da Pop 1958-2009, editado pela Booksmile, está recheado como 150 fotografias a cores, algumas das quais nunca antes reveladas. Trata-se de fotos tiradas nas filmagens do videoclip de Thriller. A Booksmile juntou-se assim à co-edição internacional da biografia ilustrada de Michael Jackson escrita por Chris Roberts, colunista do Daily Telegraph e da BBC.

Sobre o livro: «Em formato de álbum A4, com 144 páginas, capa dura e sobrecapa, o livro conta a história completa do artista, em palavras e imagens. Desde o seu nascimento no seio de uma família de artistas, até aos ensaios para os concertos de Londres que não chegou a realizar, este livro presta homenagem ao génio que deu ao mundo Off the Wall, Thriller e Bad, o único a quem chamaram Rei da Pop.»

“Curta” “O Espelho Lento” projectada em Matosinhos e Porto a 28 e 29 de Novembro

A curta-metragem O Espelho Lento, realizada por Solveig Nordlund com base no conto O Espelho em Vez do Tempo de Richard Zimler (publicado no livro Confundir a Cidade com o Mar), será exibida a 28 de Novembro (sábado) às 18h00, na FNAC MarShopping, Matosinhos, e a 29 de Novembro (domingo) às 17h00, no Clube Literário do Porto, Rua Nova da Alfândega, 22.
Richard Zimler (que desempenha um pequeno papel no filme) estará presente e vai falar da ligação entre a “curta” e o seu mais recente romance, Os Anagramas de Varsóvia.

Passatempo Planeta – “O Destino do Capitão Blanc”, de Sérgio Luís de Carvalho

O Porta-Livros vai realizar a partir de amanhã (27 de Novembro), às 10h00, em parceria com a Planeta, um passatempo em que oferecerá três exemplares de O Destino do Capitão Blanc, romance histórico do escritor português Sérgio Luís de Carvalho, recentemente editado.
Temos para oferecer três exemplares deste romance, que serão entregues pela Planeta ao primeiro leitor que responda acertadamente a três questões relativas à entrevista que o autor deu ao Porta-Livros há dias e a outros dois concorrentes através de sorteio. Participarão no sorteio todos os restantes concorrentes que acertem nas três questões e que respondam até às 23h59 de 4 de Dezembro.
Esteja atento, às 10h00 de amanhã será lançado o passatempo.
Pode ir lendo a entrevista aqui

Porto Editora lança contos de Natal e lendas de Portugal na colecção Oficina dos Sonhos

A Porto Editora lançou mais dois títulos da colecção Oficina dos Sonhos, O Cavalinho de Pau do Menino Jesus e outros contos de Natal, de Manuel António Pina, e Contos e Lendas de Portugal e do Mundo, de selecção, adaptação e reconto de João Pedro Mésseder e Isabel Ramalhete. 

O Cavalinho de Pau do Menino Jesus e outros contos de Natal – Manuel António Pina
Sobre o livro: Manuel António Pina – um dos melhores poetas portugueses contemporâneos, cronista e voz da nossa literatura infantil – propõe-nos O Cavalinho de Pau do Menino Jesus e outros contos de Natal, um novo livro para crianças, constituído por três contos de temática natalícia. Como sempre acontece na escrita deste autor, a inventividade narrativa, a ironia e o humor, sem deixarem de recorrer à matriz bíblica, jogam com os mitos, desconstroem-nos e humanizam-nos sem rasurarem a magia que lhes é própria.
E, assim, propõe aos mais novos e ao público adulto histórias que interpelam, fazem pensar e – não menos importante – emocionam. As ilustrações de Inês do Carmo constituem o complemento ideal destas breves ficções.

Contos e Lendas de Portugal e do Mundo –João Pedro Mésseder e Isabel Ramalhete
Sobre o livro: «As histórias tradicionais dão a conhecer, quase sempre, não só a unidade que existe no ser humano mas também a diversidade neste mundo onde vivemos. Contos e Lendas de Portugal e do Mundo pretende levantar um pouco o véu que cobre esta riqueza humana e literária e por isso dá a ler aos mais novos, com surpreendentes ilustrações de Fátima Afonso, uma mão-cheia de contos e lendas tradicionais do nosso país e de outras regiões do Mundo – Angola, Moçambique, Timor, Espanha, França, Alemanha –, a que se juntam histórias do povo cigano e até do mundo árabe. Histórias de encantar e outras para fazer rir, para emocionar e transmitir ensinamentos, seleccionadas e recontadas por João Pedro Mésseder e Isabel Ramalhete.»

“Indignação” – Philip Roth

O último romance de Philip Roth, Indignação” (publicado pela Dom Quixote), parece uma história simples… mas não é! Naquelas pouco mais de 170 páginas está um retrato completo (e complexo) de uma determinada América dos anos 50.
Marcus Messner, um jovem membro de uma família de talhantes judeus de Newark, vê na entrada na universidade o modo de escapar ao pai superprotector que lhe atrofia a vida. Assim, opta por uma universidade (a de Winesburg) a centenas de quilómetros de distância, onde se liberta finalmente do pai e do seu talho, a qual tantas horas dedicou na sua infância e juventude. Sob o pretexto da distância, evita, até, as visitas à casa paterna, afastando-se por completo de um pai cada vez mais louco e irracional, obcecado em controlar tudo aquilo que o filho faz. A universidade serve também a Marcus para evitar/adiar uma ida para a Guerra da Coreia como soldado.
Mas a vivência neste mundo salvador que é a universidade, é tudo menos fácil para Marcus, que sente dificuldade em adaptar-se aos seus colegas, em iniciar a sua vida sexual, em lidar com as autoridades universitárias, etc. A questão religiosa é também outras das questões mal resolvidas em Marcus, um judeu minoritário que, nomeadamente, não entende (e questiona) a necessidade de participar nos serviços religiosos obrigatórios da universidade. Tudo isso lhe causa uma série de problemas que vão afectar seriamente o seu rendimento e o dia-a-dia, pouco preparado que está para lidar com os problemas, fruto da superprotecção paterna.
Sem surpresa (alias tal é revelado logo de início,) Marcus Messner tem um triste e irónico fim, originado pelas atitudes e comportamentos que foi tendo ao longo da sua estadia em Winesburg; entrou, progressivamente, numa espiral de descontrolo que lhe cortou por completo o desejo de uma vida estável.
Tudo isto é o pretexto ideal para Roth nos mostrar um pouco mais da América moralista dos anos 50, pois, como já se verificou, são aqui tratados temas como a religião, a guerra, a sexualidade, a família. Fá-lo de uma forma concisa, sem dúvida, mas acutilante, com uma escrita simples mas profunda, encaixando bem o leitor na mente do protagonista Marcus Messner.
Há quem diga que Indignação é um livro menor de Philip Roth. Apetece dizer: quem dera a muitos uma carreira assente em obras menores como esta.