
A Esfera dos Livros lança em Abril Histórias Rocambolescas, um livro do jornalista João Ferreira sobre o outro lado da História de Portugal, ou seja, onde são relatados episódios que não constam dos manuais. Ainda em Abril sai Cativa na Arábia, de Cristina Morató, onde é contada a vida da aventureira condessa d’Andurain
Histórias Rocambolescas – João Ferreira
«Milagres que nunca existiram, um filho que bate na mãe, um irmão que bate noutro irmão, execuções e assassinatos num país de brandos costumes, heróis que afinal não foram assim tão bonzinhos, reis loucos num país de loucuras, aliados piores que o pior dos inimigos, batalhas vitoriosas com uma mãozinha divina ou grandes desastres militares, traições e conspirações de vão de escada, um rei com gosto por freiras, outro impotente que não conseguia satisfazer a mulher, um governo que nem cinco minutos durou, um atentado onde tudo correu mal e o visado saiu ileso, um ditador temível que resistiu 40 anos no poder até cair de uma cadeira de lona…
Sabia por exemplo que nunca existiu uma escola náutica em Sagres, que frei Miguel Contreiras nunca existiu? Que D. Pedro, além de D. Inês, amou também o seu escudeiro? Que a morte dos Távora envolve sexo, mentiras e política? Sabia que Vasco da Gama, herói das Descobertas, era temido por ser um homem cruel? Que Palma Inácio foi o primeiro pirata do ar?»
Cativa na Arábia – Cristina Morató
«A vida da condessa Marga d’Andurain é um autêntico livro de aventuras. Drama, aventura, intriga, acção, exotismo são alguns dos ingredientes de Cativa na Arábia.
Nascida no seio de uma família da burguesia basca francesa, foi uma mulher à frente do seu tempo. Rebelde, transgressora e apaixonada, viajou da sua Baiona natal até cidades lendárias como o Cairo, Beirute, Damasco ou Tânger, onde protagonizou façanhas incríveis que lhe valeram títulos como “A Mata Hari do deserto”, “A condessa dos vinte crimes” ou “A amante de Lawrence da Arábia”.
Marga d’Andurain espiou para os britânicos, dirigiu juntamente com o marido um hotel no deserto sírio e propôs-se ser a primeira ocidental a entrar em Meca. Para isso, já divorciada, casou-se com um beduíno e converteu-se ao Islão. A sua viagem ao coração da Arábia foi um autêntico pesadelo, ao ser fechada num harém e mais tarde encarcerada na terrível prisão de Yidda. Ao abandonar o Próximo Oriente, dedicou-se ao tráfico de ópio em Paris, ocupada pelos nazis, acabando por ser assassinada em Tânger.
Mas quem era na realidade esta mulher? Uma perigosa espia, uma assassina ou apenas uma audaciosa viajante? Cristina Morató conseguiu responder a estas perguntas ao localizar o seu filho mais novo, Jacques d’Andurain, herói da Resistência francesa e testemunha directa das aventuras da sua mãe. Graças à sua colaboração, a autora pôde reconstruir a vida de uma mulher marcada pelo escândalo e esquecida pela História, que encontrou na aventura a sua razão de existir.»
História dos Papas – Juan María Laboa Gallego
«Uma narrativa de grandeza, de religiosidade e de pecado. Em História dos Papas, Juan María Laboa Gallego, especialista em História da Igreja, traça o retrato de 265 papas que ocuparam a cadeira de São Pedro, discípulos directos que herdaram os poderes de Jesus Cristo e mantêm, há vinte séculos, a autoridade sobre a Igreja Católica.
Pela cidade de Roma passaram homens santos como Leão I, o Magno, que enfrentou Átila, e reformadores como Gregório VII, grande defensor da Igreja face ao poder laico, guerreiros como Urbano II, que convocou a primeira cruzada, mecenas de arte como Júlio II, a quem se deve a decoração da Capela Sistina. Mas também se sentaram na cadeira do poder papas considerados hereges como João XXII, Alexandre VI, que favorecia de forma escandalosa a sua família, Pio VII, prisioneiro de Napoleão, ou João Paulo I, que apareceu morto na sua cama depois de trinta e três dias de pontificado. Uma crónica completa que conta a história de João XXI, o único papa português que morreu esmagado por um tecto, para uns castigo divino pela sua falta de apreço pelos religiosos dominicanos. E ainda, a história dos dois últimos papas: o carismático e universal João Paulo II, um dos artesãos da queda do comunismo, e o seu sucessor, Bento XVI.»
Guerra é Guerra – Miguel Costa Barreto
«…este não é um livro de instrução, ou de doutrina militar, nem um relatório final de missão. Este relato biográfico conta-nos a experiência pessoal de um homem, mostra-nos a dureza da separação da família, a camaradagem entre irmãos de armas, a preocupação de um oficial com os homens sob o seu comando, a austeridade das condições num teatro de guerra, a história das terras e das populações encontradas.» Paulo Portas, in Prefácio
«Na verdade, só quem em campanha sentiu ter nas suas decisões o domínio da vida dos seus homens, sabe o que isso significa…». O major Miguel Costa Barreto, segundo comandante do contingente português no Iraque, teve nas suas mãos a vida dos 128 militares do sub-agrupamento Alfa da GNR destacado em 2003 para um dos mais violentos cenários de guerra da actualidade.
Quando viu os escombros do quartel-general das forças italianas em Nassíria, alvo de um ataque terrorista que vitimou 17 militares italianos de entre 28 mortos e 109 feridos, deparou-se com um cenário de horror e de total destruição. Um prenúncio do que seriam os seus quatro meses no Iraque.
Numa obra original, escrita na primeira pessoa, o major Miguel Costa Barreto relata o seu dia-a-dia naquele teatro de guerra. Descreve-nos as condições em que viviam, os momentos de tensão quando saiam em patrulha, o receio perante um presumível carro-bomba, a ansiedade sentida segundos antes de se dar a ordem para disparar, as saudades sentidas. Episódios caricatos, como o do médico português que dormiu com o colete à prova de bala vestido, ou uma refeição no Burger King montado em pleno deserto pelos norte-americanos. Momentos dramáticos como o de um militar que recebeu a notícia de ter sido traído a milhares de quilómetros pela mulher ou os vividos aquando do ataque a jornalistas portugueses, no qual a repórter Maria João Ruela foi baleada.
Guerra é Guerra. 24 sobre 24 horas Miguel Costa Barreto esteve alerta para lidar com todas estas situações. Coragem, perseverança, espírito de camaradagem, união, foram alguns dos ingredientes que tornaram a missão portuguesa no Iraque um sucesso.
Dormir Tranquilo – Mário Cordeiro
«O seu filho não quer dormir sozinho? O seu bebé só adormece ao colo e mal o deita ele acorda e exige mais colo? Não consegue tirar os seus filhos da sua cama? Não percebe porque é que ele chora horas a fio? A sua filha acorda de madrugada e volta a adormecer? O seu filho tem sonhos maus, acorda a chorar e a chamar por si?
Estes são alguns dos problemas com que se confrontam os pais, cansados de noites e noites mal dormidas. Mário Cordeiro, o pediatra mais lido em Portugal, traz-nos um livro indispensável com conselhos e dicas práticas que pretendem ajudar os pais a resolver os problemas de sono dos seus filhos.
– O seu bebé precisa de se sentir seguro para dormir.
– Estabeleça rotinas para que a hora de dormir seja mais calma e tenha uma maior probabilidade de sucesso.
– Se a criança chorar, deve ir ter com ela com o mínimo de rebuliço, de luz e de estímulos tácteis.
– Se a criança quiser colo, experimente sentar-se ao lado da cama dela e numa voz baixa e monocórdica repita frases como «bebé ó-ó».
– Crie um ambiente seguro e tranquilo para a criança se sentir bem no seu quarto.
Não há soluções mágicas, nem normas rígidas, até porque os bebés não são todos iguais e os pais não devem cair em desespero ou em alarmismos. Mas se não é possível obrigar um bebé a dormir, muito se pode fazer para o ajudar a dormir tranquilo… ele e os pais!»