«O Rio Triste», de Fernando Namora, regressa às livrarias

o_rio_tristeO Rio Triste é mais uma obra de Fernando Namora que será reeditada pela Caminho, devendo chegar às livrarias já no próximo dia 31. O livro tem prefácio de David Mourão-Ferreira e posfácio de Fernando Batista. No prefácio pode ler-se: «Talvez O Rio Triste seja o mais polifonicamente ambicioso e o mais arrebatadoramente conseguido de quantos romances Fernando Namora escreveu.»
O Rio Triste segue-se ao sucesso da reedição de Retalhos da Vida de um Médico, que esgotou e está a ser reimpresso, e até ao final do ano a Caminho conta ainda lançar Domingo à Tarde, neste seu plano de reedições de obras de Fernando Namora.

«Terrarium», de Luís Filipe Silva e João Barreiros, regressa em edição «Redux»

terrariumA Saída de Emergência lança esta sexta-feira a reedição ampliada e revista de Terrarium, um clássico da ficção científica portuguesa da autoria de Luís Filipe Silva e João Barreiros. A obra, que já teve uma pré-apresentação na Comic Con Portugal em dezembro passado, é a edição comemorativa dos seus vinte anos.

Sinopse: «Estamos a meio do novo milénio e a Fortaleza Europa acabou de vez. Bruxelas não é mais do que uma cratera radioactiva, as zonas costeiras foram alagadas pela subida das águas e a temperatura ambiente aqueceu até o clima ser quase tropical. Quem olhar para o alto, nos raros dias onde ainda se podem ver as estrelas, vai descobrir um anel gigantesco composto pelas carcaças das naves de exóticos migrantes. Mas isso não é o pior. A verdade é que entre esses exóticos que nos vieram pedir guarida, existem criaturas ainda mais monstruosas que resolveram transformar o planeta num lugar de consumo: num TERRARIUM, a bem dizer…
Preparem-se para viver num mundo prestes a ser assimilado, para o bem ou para o mal, numa nova e efémera Utopia… Agora só nos resta resistir.»

«Gravar as Marcas» é o pós-Divergente de Veronica Roth

gravar-as-marcas_capa-livroGravar as Marcas, novo romance de Veronica Roth, autora do grande sucesso Divergente, chegou há dias às livrarias de todo o mundo, inclusive em Portugal, onde foi editado pela HarperCollins. A própria autora descreve este novo livro como um romance de «aventuras espaciais, flores venenosas e… luta (muita luta.)»
Segundo a editora, trata-se de «um retrato deslumbrante do poder da amizade e do amor, numa galáxia repleta de dons inusitados». Gravar as Marcas cria assim um novo «universo», depois da bem-sucedida coleção de romances que foram Divergente, Insurgente e Convergente, que chegaram aos cinemas.      Num press-release distribuído à Imprensa, a autora explica que a ideia para Gravar as Marcas lhe ocorreu ainda em criança: «Quando eu era muito nova, talvez tivesse uns onze ou doze anos, tive uma ideia: uma história sobre um rapaz raptado por pessoas de um país inimigo. Quando, anos mais tarde, ele regressa, tem de descobrir como se relacionar com a própria família após terem passado por semelhante trauma.» Acrescenta que desde então procura a forma ideal de contar tal história, e Gravar as Marcas «foi a primeira versão dela que eu senti que encaixava naquilo que se pretendia».

Veronica Roth, US-amerikanische Autorin
Veronica Roth

Veronica Roth: «Foi assustador trabalhar em algo que não fosse Divergente»
Saída de um enorme sucesso de vendas, confessa que «foi um pouco assustador pensar em trabalhar em algo que não fosse o Divergente», mas limitou-se «a fingir que não existia pressão, que eu estava sozinha com a história».
A autora explica ainda que partilha semelhanças com todas as suas personagens e desta feita centrou-se no seu antagonista, Ryzek, o irmão da Cyra: «Quis assegurar-me de que me poderia relacionar com ele de forma a poder construí-lo do modo mais complexo possível.» Nesse sentido, decidiu que Ryzek e ela partilhariam uma «profunda ansiedade». Como vinca, «consigo relacionar-me com qualquer um que conviva com ela. É imperdoável o que o Ryzek faz com o seu medo, mas pelo menos ele parte de um ponto que não é descabido para mim».

Sinopse: «Numa galáxia dominada pela corrente, todos têm um dom
«Cyra é a irmã do tirano cruel que governa o povo de Shotet. O dom-corrente de Cyra confere-lhe dor e poder, que o irmão explora, usando-a para torturar os seus inimigos. Mas Cyra é muito mais do que uma arma nas mãos do irmão; é resistente, veloz e mais inteligente do que ele pensa.
Akos é filho de um agricultor e do oráculo de Thuvhe, a nação-planeta mais gelada. Protegido por um dom-corrente invulgar, Akos possui um espírito generoso e a lealdade que dedica à família é infinita. Após a captura de Akos e do irmão, por soldados Shotet inimigos, Akos tenta desesperadamente libertar o irmão, com vida, custe o que custar.
Então, Akos é empurrado para o mundo de Cyra, onde a inimizade entre ambas as nações e famílias aparenta ser incontornável. Ajudar-se-ão mutuamente a sobreviver ou optarão por se destruir um ao outro?»

«Viver na Noite» e «Silêncio» em papel e no grande ecrã

Viver na Noite, do norte-americano Dennis Lehane (Sextante), e Silêncio, do japonês Shusako Endo (Dom Quixote), são duas obras literárias (a primeira sai amanhã e a segunda já está editada) cujas adaptações cinematográficas estreiam este mês em Portugal. O filme Viver na Noite chega também amanhã e é realizado por Ben Affleck e o segundo, Silêncio, estreia uma semana depois (19 de janeiro), sendo dirigido por Martin Scorsese.

sex-vivernanoiteViver na Noite – Dennis Lehane
«Boston, 1926. A bebida abunda, em cada esquina há troca de tiros, e um homem decide deixar a sua marca no mundo. A Lei Seca levou à criação de uma complexa rede de destilarias e bares clandestinos, gangsters e polícias corruptos. Joe Coughlin, o filho mais novo de um respeitável capitão da Polícia de Boston, há muito que voltou costas à sua educação severa e se rendeu ao lucro, à adrenalina e à notoriedade de ser um fora-da-lei. Mas uma vida de crime cobra um alto preço. Numa época em que homens implacáveis e ambiciosos se digladiam pelo poder, dispondo de armas, bebidas ilegais e muito dinheiro, o mote é: nunca confiar em ninguém – nem na família nem nos amigos, nem nas amantes nem nos inimigos.
Uma história de amor arrebatadora e uma saga épica de vingança, Viver na noite cruza traição e redenção, música e morte, e traz de novo à vida uma era passada em que o pecado era motivo de celebração e o vício uma virtude nacional.»

silencioSilêncio – Shusako Endo
«Silêncio, cuja acção decorre no século XVII, conta-nos a história de um missionário português envolvido na aventura espiritual da conversão dos povos orientais, o qual acaba por apostatar, após ter sido sujeito às mais abomináveis pressões das autoridades japonesas, para evitar que um grupo de fiéis seja por ordem delas torturado até à morte.
Antes de chegar ao Japão, a sua viagem leva-o a Goa, depois a Macau e, finalmente, a Nagasáqui e Edo, em etapas que pouco a pouco o transportam a esse Oriente hostil, onde no entanto já se contam alguns milhares de convertidos à fé católica. Aí descobre, na luta contra as pessoas e o ambiente adversos, a verdadeira fé, liberta de todo o aparato externo, eclesiástico ou mundano.
E aí acaba por experimentar a derradeira solidão, que é o destino daqueles que quebram a comunhão com o que mais profundamente marca a sua identidade.»

Trailers dos filmes
Viver-na-noite
Silêncio

«As Afinidades Electivas», de Goethe, à venda a 13 de janeiro

9789722533201_as-afinidades-electivasJá no dia 13 de janeiro chega às livrarias, numa edição Bertrand, As Afinidades Electivas, de Johann Wolfgang Goethe, um romance de 1809 do escritor alemão onde este destaca os conflitos morais da época, as questões associadas ao matrimónio e apresentas as paixões enquanto determinantes dos nossos atos. Tudo, isto, segundo a editora, «tendo como ponto de partida as leis da química que afetam – de acordo com a visão de mundo de Goethe – as pessoas como se fossem elementos». Trata-se, indica ainda a Bertrand na sinopse, de um romance que nos remete «para a história de um casal cujos membros se apaixonam em simultâneo por convidados da sua casa. Um conflito entre paixão e razão que acaba por desembocar numa situação caótica».
A obra tem prefácio de João Barrento, do qual se pode ler aqui um excerto: «A minha proposta para uma leitura actual d’As Afinidades Electivas, que parte de Walter Benjamin e o continua, é a de um olhar que terá de ser “pós-clássico” e que vê o romance como uma obra na qual, para além de compromissos pontuais, se explora e valoriza uma nova forma de sensibilidade, já romântica, e uma nova postura perante o mundo, que é obviamente de natureza saturnina e melancólica. O campo de acção é, como já o inteligente texto de Solger salientava no século XIX, o do amor, da paixão subjectiva, como “destino” incontornável do indivíduo moderno (Solger: “O Homem não tem hoje outro destino que não seja o amor”, cit. na Edição de Hamburgo, vol.6, p.653). Para Goethe, o amor é de facto a força (real, não metafórica, e isto é importante para entender As Afinidades Electivas!) que faz mover o universo.»

«A Biblioteca de Almas» encerra a trilogia das crianças peculiares da Senhora Peregrine, de Ransom Riggs

biblioteca-de-almasCom o lançamento previsto para finais de fevereiro de A Biblioteca de Almas, a Bertrand encerra por fim a trilogia do escritor norte-americano Ransom Riggs iniciada com O-Lar-da-Senhora-Peregrine-para-Criancas-Peculiares, cujo segundo volume foi Cidade sem Alma. Recorde-se que o livro Lar da Senhora Peregrine Para Crianças Peculiares foi recentemente adaptado ao cinema por Tim Burton, tendo interpretações de Eva Green, Asa Butterfield  e Samuel L. Jackson, entre outros.

García Márquez conta-nos o que viu nos anos 50 na Europa de Leste

em-viagem-pela-europa-de-lesteA Dom Quixote anunciou por estes dias que a 24 de janeiro irá publicar Em Viagem pela Europa de Leste, obre onde o escritor e jornalista Gabriel García Márquez narra a viagem que fez por esta zona do globo nos anos cinquenta do século XX.

Sinopse: «Em Viagem pela Europa de Leste é a crónica testemunhal da viagem que o jovem Gabriel García Márquez realiza pelos países socialistas nos anos de 1950. Nas suas páginas o leitor encontrará, a par das observações dos companheiros de viagem, uma análise perspicaz e não isenta de ironia dos acontecimentos sociais e políticos de uma época. A sua viagem pelo enclave comunista inicia-se na Alemanha Oriental e prossegue pela Checoslováquia, pela Polónia, pela Hungria e pela antiga União Soviética. Ali tentará desvendar a verdadeira face do comunismo idealizado por Lenine: um regime kafkiano que quase não é questionado por um povo assustado que parece resignar-se ao seu destino.
Escrito e publicado em fascículos na mesma época que o lendário Relato de Um Náufrago, esta reportagem é outro exemplo inestimável de árduo trabalho de investigação, rigor histórico e fidelidade aos factos narrados, todos eles pilares do jornalismo de qualidade. Com a sua indiscutível mestria literária, Gabriel García Márquez demonstra uma vez mais a sua vocação mais profunda: o prazer de contar uma boa história.»

Eu e os comics e o Rocket Raccoon

m-rr1Estranhamente, sempre tive uma relação complicada com os comics. Sempre gostei de banda desenhada, principalmente franco-belga, mas nunca consegui abraçar em definitivo os comics. E tenho constantemente a perceção de que ando a perder algo de muito bom. A ideia com que fico é que nunca quis apanhar um comboio em andamento e com destinos múltiplos, porque a verdade é que nos comics as histórias são essencialmente em continuação e eu nunca sabia por onde lhes pegar. Depois, são invariavelmente universos complexos, desdobrados em várias latitudes, onde quase era preciso um guia para um leitor se orientar.
Assim, fui deixando os comics de parte, com umas tentativas esporádicas de me lançar nesse mundo que ao mesmo tempo me atraía para logo me rechaçar. Confesso que todos aqueles universos de super-heróis me «assustavam».
Mas resolvi fazer mais uma tentativa e socorri-me de uma muleta: Star Wars. Comecei a ler aqueles livros que têm saído com coleções completas e a experiência está a valer bem a pena.
Assim sendo, resolvi dar um novo passo e iniciar-me numa coleção que estivesse a começar agora. Precisava de um pretexto e encontrei-o. A 28 de dezembro de 2016 começaram a sair na Marvel as novas histórias do Rocket Raccoon (personagem de Os Guardiões da Galáxia) desenhadas pelo português Jorge Coelho. Comprei o primeiro número e fiquei bastante satisfeito. Com a história, com o humor da mesma e o rumo que pode tomar e também (o que para mim é essencial) com os desenhos. São mesmo do tipo que eu aprecio, com cor e vida e traços bem definidos. Assim, fiquei cliente e aguardo a saída do próximo número, na esperança de confirmar se este será o pontapé de saída para começar a lançar-me definitivamente no universo fantástico dos comics.
E já que está na moda dizer que se deve dar prioridade aos produtos portugueses, imitem-me. Apanhem o comboio comigo. O Jorge Coelho é mesmo bom. Também se não fosse não estaria na Marvel, certo?