Há novas obras de Alan Hollinghurst e Philip Roth para ler em Outubro

A Dom Quixote lança a 30 de Outubro o novo romance de Alan Hollinghurst, O Filho do Desconhecido, obra que foi nomeada para o Man Booker Prize 2011. Ainda em Outubro (no dia 10) chega mais um romance de Philip Roth, Némesis. Destaque também para o terceiro volume da saga de Mons Kallentoft, Segredo Oculto em Águas Turvas – Outono (à venda a 24 de Outubro), e para O Peregrino Secreto, de John le Carré (17 Outubro).

O Filho do Desconhecido – Alan Hollinghurst
«No final do Verão de 1913, nas vésperas da Grande Guerra, o jovem poeta aristocrata Cecil Valance passa um fim-de-semana em “Dois Acres”, a casa da família do seu amigo e colega de Cambridge, George Sawle. São dias intensos para todos, mas é em Daphne, irmã de George, que o seu impacto será mais duradouro, pois Cecil escreve-lhe um poema que virá a tornar-se num marco para toda uma geração.
Tendo como pano de fundo um século da vida britânica, O Filho do Desconhecido é um retrato envolvente de uma Inglaterra em constante mutação, um romance sobre o poder duradouro do desejo e a forma como o coração cria as suas próprias lendas.
Alan Hollinghurst estará em Lisboa, de14 a16 de Novembro, para promover este seu mais recente romance, que, recorde-se, foi nomeado.

Némesis – Philip Roth
«No “calor demolidor da Newark equatorial” grassa uma epidemia aterradora que ameaça de mutilação, paralisia, incapacidade irreversível e mesmo de morte as crianças de Nova Jérsia. É este o tema surpreendente e lancinante do novo livro de Philip Roth: uma epidemia de poliomielite em tempo de guerra, no Verão de 1944, e o efeito que tem sobre uma comunidade de Newark, coesa e assente nos valores da família, e nomeadamente sobre as suas crianças.»

Segredo Oculto em Águas Turvas – Outono – Mons Kallentoft
«Chove torrencialmente sobre Skogsa, a relíquia medieval nos arredores de Linköping, e as grandes gotas caem sobre o corpo que flutua nas águas do fosso que rodeia o castelo. O advogado Jerry Petersson, o novo e rico proprietário, conhecido pelo seu espírito impulsivo e irascível, nunca mais resolverá novos casos. Chamada a investigar o crime, Malin Fors suspeita dos Fagelsjö, uma família aristocrática que, por problemas financeiros, foi forçada a vender a Jerry Petersson a propriedade há séculos na família. Mas seria isso motivo suficiente para o homicídio? Ou será que por detrás dos muitos milhões, das obras de arte valiosas, dos fatos caros e do sucesso nos negócios, Jerry Petersson não era quem parecia?»

O Peregrino Secreto – John le Carré
«Derrubado o Muro de Berlim, está aberta a Cortina de Ferro. O Peregrino Secreto é Ned, um agente leal e honesto do período da Guerra Fria, que fez parte dos Serviços Secretos britânicos durante toda a vida. Agora, no final da sua carreira, tem por tarefa formar uma nova geração de espiões. No jantar de fim de curso, é arrastado para uma viagem sentimental através da sua própria vida, desde o recrutamento à iminente aposentação. O resultado é uma deslumbrante série de episódios – em parte cómicos, em parte líricos, em parte trágicos –, cada um deles constituindo um marco ao longo do percurso deste “peregrino secreto”.»

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Sagas familiares, emigração e Camilo Castelo Branco nas novidades de Outubro da Babel

A Babel anunciou para 3 de Outubro três lançamentos, divididos entre as chancelas Ulisseia e verbo. Assim, na primeira vão sair os romances Uma Parte do Todo, de Steve Toltz, e Uma Espécie de Sono, de Henry Roth, e na segunda 15 Dias de Febre – Maria do Carmo Castelo Branco, uma obra sobre Camilo Castelo Branco.

Uma Parte do Todo – Steve Toltz
«Uma Parte do Todo é uma aventura inesquecível que vai desde a vertigem do primeiro amor até às amarguras de uma ambição falhada por gerações sucessivas de anti-heróis.
Aclamado pela crítica internacional, foi a primeira vez que uma obra de estreia de um autor não britânico se tornou finalista do Booker Prize. Steve Toltz foi também finalista do Guardian First Fiction e tem a sua obra traduzida em mais de vinte países, tendo alcançado o estatuto de bestseller em todos eles.
Um romance delicioso que acompanha a saga de uma família australiana muito pouco normal: Jasper é o filho idealista que vai crescendo ao longo do livro; Martin é o pai que quer ser o homem mais odiado da Austrália e deixar a sua marca no mundo;  e Terry é o tio, um infame criminoso.
A obra leva-nos a uma viagem pelos sabores do mundo; atravessa as florestas australianas, percorre a boémia Paris, explora as selvas da Tailândia e penetra entre entre labirintos, asilos e albergues de criminosos.»

Uma Espécie de Sono – Henry Roth
«Considerado pela crítica como o grande romance da experiência emigrante, Uma Espécie de Sono é um dos mais importantes romances do modernismo.
David Schearl é uma criança perigosa. Vive com os seus pais num gueto judaico de Nova Iorque, no Lower East side da grande metrópole do começo do século XX, uma zona de miséria e confusão de línguas e culturas onde a miséria e fome a que os emigrantes fugiam no velho continente, aparece por vezes com mais força ainda.
Neste local onde a esperança morre com tudo o mais, nesta babel onde o desentendimento e a incapacidade de comunicar são o pão de cada dia à falta daquele que é feito com farinha; neste buraco onde as culturas se diluem num esforço de integração com algo incompreensível, David vive num mundo repleto de imaginação.
O livro foi escrito em 1934, mas foi redescoberto pela crítica nos anos 60  e foi considerado  uma das obras-primas do século XX.»

15 Dias de Febre – Maria do Carmo Castelo Branco
«Um livro de grande interesse para os Camilianos mas também para todos os que se interessam pelo género biográfico e queiram conhecer mais a fundo a vida de um dos maiores vultos da Literatura portuguesa.
Neste livro pode encontrar  um Camilo Castelo Branco psicanalisado por si próprio de forma única.
A verdade por trás do seu suicídio é explorada ao mesmo tempo  que a verdade por trás da sua obra e da sua vida.
Este Camilo que na sua febre avança e recua no tempo sabendo o que os críticos estudiosos da sua vida e obra disseram sobre si mesmo muitos anos após a sua morte. Um Camilo fora do tempo e senhor de todos os tempos – como muitas vezes fazia enquanto narrador das suas obras. Um personagem inesquecível num percurso invulgar.»

«V.», romance de estreia de Thomas Pynchon, já nas livrarias

A Bertrand lançou recentemente o romance de estreia de Thomas Pynchon, V., uma obra originalmente publicada em 1963 e que ganhou o prémio da Fundação William Faulkner.

Sobre o livro: «Tendo acabado de obter dispensa da Marinha, Benny Profane contenta-se com uma existência ociosa passada entre os amigos, onde a única ambição é a de ser perfeito na arte do engano, e onde a palavra “responsabilidade” é considerada obscena. Entre os seus amigos – chamados Whole Six Crew – está Slab, um artista que parece ser incapaz de pintar outra coisa que não seja queijo dinamarquês. Mas a vida de Profane muda dramaticamente quando ele se torna amigo de Stencil, um jovem ambicioso e ativo com uma missão intrigante – a de descobrir a identidade de uma mulher chamada V., que conheceu o seu pai durante a guerra, mas que desapareceu repentina e misteriosamente.»

Clube do Autor lança «De Olhos Pousados em Deus», de Zora Neale Hurston

A editora Clube do Autor lançou De Olhos Pousados em Deus, de Zora Neale Hurston (1891-1960), obra editada originalmente em 1937 que é considerada uma das mais importantes da literatura americana do século XX. Trata-se, explica a editora, de “uma tocante história de amor passada no Sul dos Estados Unidos que brilha pela sua inteligência, beleza e uma sensatez sentida”.

Sobre o livro: «Contada pela voz cativante de uma mulher que se recusa a viver na dor, na amargura ou no medo, De Olhos Pousados em Deus apresenta-nos Janie Crawford, uma mulher negra de pensamentos e sentimentos profundos, que embarca numa demanda em busca do seu verdadeiro eu.
A viagem de Janie inicia-se aos dezasseis anos, quando a avó moribunda a obriga a casar com Logan Killicks, um homem mais velho que Janie despreza. Revoltando-se contra as tentativas de Logan em transformá-la numa moura de trabalho, Janie decide fugir com Joe Starks, um homem da cidade com grandes sonhos. Os dois seguem para Eatonville, onde, passado pouco tempo, Joe se transforma no seu presidente de Câmara, chefe dos correios e proprietário de terras.
Depois da morte de Joe, Janie apaixona-se por um trabalhador de espírito livre muito mais novo do que ela. Tea Cake é o verdadeiro amor de Janie e na sua companhia ela tem finalmente liberdade para se transformar nela mesma.»

Asa relança três álbuns de Tintin em finais de Setembro

 A ASA lança a 28 de Setembro três novas edições de álbuns de Tintin, de Hergé (Tintin – Carvão no Porão, Tintin no Tibete e Tintin – As Jóias de Castafiore), dando assim seguimento ao projecto de reedição das aventuras do jornalista belga, que está prestes a regressar aos cinemas pela mão de Steven Spielberg – a data de estreia é 27 de Outubro e pode ver aqui o trailer de As Aventuras de Tintin – O Segredo do Licorne.

Tintin – Carvão no Porão
«Tintin encontra-se por acaso com o general Alcazar, e descobre que ele está envolvido com um traficante de armas. Mais tarde, fica a saber que o emir do Khemed foi deposto graças aos aviões vendidos por Alcazar. Tintin decide então partir com Milu e o capitão Haddock para o Médio  Oriente com o intuito de investigar toda essa história. Mas o barco em que viajam é atacado por uma esquadrilha de aviões.

Tintin no Tibete
«Em férias numa estação alpina, Tintin lê num jornal que um avião caiu no Nepal. Nessa noite, Tintin sonha com Tchang, um grande amigo, que pedia socorro. Logo depois, descobre que naquele avião que se dirigia à Europa se encontrava o jovem chinês Tchang.
Tintin, convencido pelo seu sonho que o amigo sobreviveu ao acidente aéreo, parte à sua procura, acompanhado pelo Capitão Haddock.»

Tintin – As Jóias de Castafiore
«No começo de As Jóias de Castafiore, o capitão Haddock vai fazer uma caminhada e quando regressa ao castelo, recebe uma notícia calamitosa: a célebre Castafiore vem passar uma temporada ao castelo. Como se essa catástrofe não bastasse, o capitão tropeça na escada e torce o pé. Resultado: quinze dias de cadeira de rodas, tendo de aguentar os dotes vocais da diva, as escalas do seu pianista e a agitação permanente que a cantora traz a Moulinsart. Com ela vieram também as suas valiosíssimas jóias, que teme serem alvo dos ladrões. Porque será que coisas estranhas começam a acontecer no castelo?»

De Hitler a Auschwitz

Quase em simultâneo saem em duas editoras diferentes dois livros profundamente interligados entre si: Hitler – Uma Vida em Imagens e A Última Testemunha de Auschwitz.
Hitler – Uma Vida em Imagens, de María J. Martínez, é a biografia ilustrada de uma das figuras mais relevantes e controversas da história mundial. Trata-se de uma edição da Bertrand, com data de lançamento marcada para 16 de Setembro. A Última Testemunha de Auschwitz, como o título indica claramente, é um relato do pesadelo vivido no campo de concentração de Auschwitz III, feito neste caso pelo antigo soldado britânico Denis Avey com a ajuda do jornalista da BBC Rob Broomby. O livro, editado pelo Clube do Autor, sai a 15 de Setembro.

Hitler – Uma Vida em Imagens – María J. Martínez
«Adolf Hitler, uma das figuras mais controversas do século XX, autoproclamou-se o salvador da Alemanha depois da triste situação em que esta se viu mergulhada, após a sua derrota na Primeira Guerra Mundial. Os seus excelentes dotes oratórios permitiram-lhe ascender ao poder dentro do Partido Nazi e, a partir daí, a sua megalomania agarrou não só as massas mas também a sua própria pessoa, o que levou a julgar-se capaz de conquistar o mundo. A existência de uma raça ariana superior e a perseguição aos judeus, causa de todos os males do povo alemão, foram as bases da sua ideologia. As restantes nações europeias viram-se obrigadas a declarar guerra à Alemanha, face às suas pretensões expansionistas, e as consequências políticas, sociais e económicas da Segunda Guerra Mundial ainda hoje palpitam no seio da nossa sociedade.
“A sociedade alemã da época via-se cada vez mais afundada numa crise, tanto política como económica, e Hitler apresentava-se como ‘o salvador’. Em 1932, obteve mais de 13 milhões de votos nas eleições presidenciais e, um ano depois, foi nomeado chanceler. Em março de 1933, foram-lhe conferidos plenos poderes e as suas decisões radicais e extremistas começaram a ser postas em prática. A 30 de junho de 1934, ordenou o massacre dos dirigentes da divisão de assalto do NSDAP (Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães) naquela que ficou conhecida como a ‘Noite das Facas Longas’. Dois meses mais tarde, morria Hindenburg e Hitler tornou-se Führer e Chanceler do Reich.”

A Última Testemunha de Auschwit – Denis Avey
«Eu, soldado britânico e prisioneiro de guerra, protegido até agora pela Convenção de Genebra, olhei para a minha nova farda, umas roupas largas, disformes, com umas riscas azuis sujas e uma estrela amarela. Sob os olhares dos guardas das SS, cruzei os portões. Ao início de uma tarde de meados de 1944, entrei em Auschwitz III de livre vontade e por minha própria iniciativa.»
A Última Testemunha de Auschwitz é a história verdadeira e impressionante de um soldado britânico que entrou de livre vontade em Buna-Monowitz, o campo de concentração conhecido como Auschwitz III, para testemunhar na própria pele os horrores sofridos pelos judeus. A sua atitude acabaria ainda por ajudar a salvar um prisioneiro judeu…
No Verão de 1944, Denis Avey era um dos prisioneiros de guerra do campo de trabalho E715, próximo de Auschwitz III. Muito se ouvia falar da brutalidade aplicada aos prisioneiros judeus que aí estavam presos, mas Denis Avey queria certificar-se de que os boatos eram de facto verdadeiros. Tomou então a decisão de ir pessoalmente testemunhar tudo o que lhe fosse possível, colocando em risco a sua própria vida.
Denis Avey arquitectou um plano para trocar de lugar com um prisioneiro judeu e conseguiu infiltrar-se num dos sectores do campo. Passou lá a noite por duas vezes e viveu em primeira mão a crueldade de um lugar onde os trabalhadores escravos eram condenados à morte através do trabalho forçado.
Surpreendentemente, sobreviveu para testemunhar o período posterior à “marcha da morte”, em que milhares de prisioneiros foram assassinados pelos nazis fugindo ao avanço do exército soviético. Após a sua própria caminhada através da Europa Central, foi repatriado para a Grã-Bretanha.
Durante décadas, não conseguiu revisitar o passado que lhe assombrava os sonhos, mas agora Denis Avey foi finalmente capaz de contar toda a história – tão apaixonante como comovente – oferecendo-nos uma visão única do íntimo de um homem comum cuja coragem é quase inacreditável.»

Cristina Rodríguez e Artur Guerra ganham prémio de tradução Casa da América Latina com «2666», de Bolaño

O prémio de tradução literária Casa da América Latina/Banif 2011 foi atribuído a Cristina Rodríguez e Artur Guerra, tradutores de 2666, do chileno Roberto Bolaño, obra editada pela Quetzal em 2010.
O júri do prémio, constituído por Vasco Graça Moura, Annabela Rita e Francisco Belard, destacou ainda a tradução de Salvato Telles de Menezes do romance Balas de Prata, do mexicano Élmer Mendoza, publicado também pela Quetzal, mas em 2009.
A entrega do prémio 2011 está agendada para 13 de Setembro, às 12h00, na Casa da América Latina, em Lisboa.

«Apocalypse Baby», que deu o prémio Renaudot a Virginie Despentes, sai a 15 de Setembro

Apocalypse Baby, da francesa Virginie Despentes, romance vencedor do Prémio Renaudot 2010 e finalista dos Prémio Femina e Goncourt, será editado a 15 de Setembro pela Sextante. Segundo a editora, trata-se de uma “história viva, com muita acção e cheia de surpresas, sobre a busca, entre Paris e Barcelona, de uma adolescente problemática que se encontra desaparecida”. A autora, que já escreveu sete livros, já foi mulher-a-dias, prostituta em casas de massagens e peep shows, redactora em jornais de rock, crítica de filmes pornográficos e cineasta

 

Sinopse: «Inspirada pela leitura de Bolaño, Despentes escreve um policial em forma de road book entre Paris e Barcelona, em busca de Valentine, uma adolescente enigmática e difícil que está desaparecida. O retrato de diferentes estratos sociais – da burguesia do botox, culta e temerosa, aos radicais de esquerda e de direita, ao underground lésbico – cristaliza-se numa sátira social corrosiva, que no entanto não esconde a sua benevolência para com as personagens mais feridas e vulneráveis.»

Obra de Lobo Antunes é o tema de abertura da Temporada do Teatro São Luiz, em Lisboa

A obra de António Lobo Antunes (cujo novo romance, A Comissão das Lágrimas, sai a 30 de Setembro) será o tema de abertura da Temporada do Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, entre 15 e 17 de Setembro, para quando estão agendados espectáculos teatrais, cinema, o lançamento de um livro e uma mesa redonda, onde participam Maria Alzira Seixo, Eduardo Lourenço e João Lobo Antunes. O programa, dedicado ao escritor, terá por titulo “Deste Viver Aqui Neste Palco Escrito”.
15 de Setembro, às 21h00, será levado à cena Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra no Mar?, espectáculo de Maria de Medeiros, baseado no livro homónimo de António Lobo Antunes, editado em 2009 pelas Publicações Dom Quixote. A adaptação, encenação e vídeo é de Maria de Medeiros e conta com a interpretação da própria, de Gonçalo Távora Correia e de Paxá, O Cavalo. O espectáculo volta a ser representado no dia 16 à mesma hora.
Ainda a 16, mas às 18h30, e a 17, às 17h00, no Jardim de Inverno, José Neves fará uma leitura posta em som de Cartas de Guerra, livro que a Dom Quixote publicou em 2005, onde António Lobo Antunes faz um relato quase diário dos cerca de dois anos em que cumpriu serviço militar, em Angola, durante a Guerra Colonial. A concepção deste espectáculo é de José Neves, com interpretação do próprio e de Teresa Sobral.
17, às 15h00, no mesmo local, está marcada a sessão de apresentação do livro Facts and Fictions of António Lobo Antunes, obra que reúne mais de 20 artigos de vários estudiosos da obra do autor, nacionais e estrangeiros. Trata-se de uma edição do Centro de Cultura e Estudos Portugueses da Universidade de Massachusetts.
Ainda a 17, às 18h30, novamente no Jardim de Inverno, Maria Alzira Seixo, Eduardo Lourenço e João Lobo Antunes participam numa mesa redonda para discutirem e analisarem a obra de António Lobo Antunes.
Às 21h30, na Sala Principal, é apresentado o filme de Solveig Nordlund, A Morte de Carlos Gardel, adaptação cinematográfica do livro do autor com o mesmo título. Seguir-se-á uma conversa com a realizadora do filme, Solveig Nordlund, e com o produtor, Luís Galvão Teles.
(A foto de Lobo Antunes é da autoria de Pedro Loureiro)

Bertrand editou a estreia de Philipp Meyer, «Ferrugem Americana»

A Bertrand lançou recentemente a estreia na escrita do norte-americano Philipp Meyer, Ferrugem Americana, romance contemporâneo com ecos de Steinbeck sobre o fim do sonho americano. Sobre o livro, diz o The Wall Street Journal que se trata de “um romance de estreia duro que parece particularmente adequado à crise financeira”.

Sobre o livro: «Passado num cenário de grande beleza mas economicamente destruído, Ferrugem Americana é um livro sobre o fim do sonho americano, mas é também uma história de amizade, lealdade e amor. Isaac fica a tomar conta do pai depois do suicídio da mãe e da fuga da irmã para a universidade de Yale. Quando finalmente decide partir, acompanhado pelo seu melhor amigo, o temperamental Billy Poe, antiga estrela de futebol do liceu, são apanhados num terrível ato de violência que muda para sempre as suas vidas. Com ecos dos romances de Steinbeck, Ferrugem Americana leva-nos ao coração da América contemporânea num momento de profunda inquietação e incerteza quanto ao futuro. Um livro negro, lúcido e comovente, onde se trava uma batalha entre o desespero e o desejo de transcendência, entre a destruição e a capacidade redentora do amor e da amizade.»