Stefan Grabinski é um escritor polaco do início do século XX que só recentemente começou a ver reconhecido o seu inegável talento. Em “O Demónio do Movimento” (Cavalo de Ferro), editado pela primeira vez em 1919, temos uma série de contos nos quais os protagonistas são sempre os mesmos: o comboio e o movimento.
Mas estes não são apenas contos sobre grandes locomotivas, pois em todos está presente o elemento fantástico, que valeu a Grabinski a alcunha de “Poe polaco”.
Ao todo são treze contos, onde há um pouco de tudo: um passageiro eterno que afinal não viaja pois limita-se ao ritual de esperar, entrar no comboio e sair antes da partida; um comboio do futuro que percorre toda a linha do Mediterrâneo, mas que pára numa estação desconhecida; um homem que se transforma em valente quando está dentro da carruagem e volta a ser covarde ao sair; acidentes terríveis, etc., tudo em ambientes fantasmagóricos.
Nota-se um claro domínio da máquina sobre o Homem, que se vê subjugado e a adorar a sua criação.
O autor faz uma descrição precisa de todo o ambiente que envolve os comboios, desde as estações aos funcionários, desde as próprias linhas aos instrumentos dos ferroviários. Os passageiros, os revisores, os maquinistas, quem quer que seja, sofrem alterações notáveis sob a influência destas máquinas que faziam parte do imaginário do início do século XIX.
A escrita de Grabinski, apesar de já se ter passado quase um século, é extremamente actual e não seria difícil imaginar estas histórias transpostas para os nossos dias. Talvez por isso a escrita do autor fosse considerada estranha na sua época.
Stefan Grabinski nasceu em 1887 e aos 23 anos graduou-se em Literatura Polaca e Filologia Clássica, apesar de sempre ter sido um jovem doente e débil.
Grabinski foi professor em escolas públicas e privadas, mas com a actividade regularmente interrompida para ser tratado a uma tuberculose. A sua obra, antes de cair no esquecimento, causou sensação na Polónia no início do século XX por se afastar da tradição realista e tender para o sobrenatural, como se pode verificar em “O Demónio do Movimento”.
Escreveu contos para revistas e livros e publicou seis romances, mas acabou por morrer em 1936 esquecido e ignorado pela crítica.
Mês: Janeiro 2009
Novidades Temas & Debates (Janeiro)
A Temas & Deabates lançou em Janeiro uma série de novidades, nomeadamente “O Contrato Social”, de Rousseau, e “A Bíblia e os Seus Segredos”, de Juan Árias. A mais célebre frase de Rousseau – “O Homem nasce livre, porém, em todos os lados está acorrentado” – que surge em “O Contrato Social”, expressa a herança deste pensador radical e revolucionário. As suas ideias políticas exerceram uma enorme influência na Revolução Francesa em que as concepções liberais se difundiram e após a qual se assistiu ao crescimento do nacionalismo. Em “A Bíblia e os Seus Segredos”, Juan Arias aborda, com simplicidade e rigor, a tarefa de projectar alguma luz sobre os mistérios de um dos mais importantes livros do mundo, tentando resolver as principais questões suscitadas pelo livro sagrado do Judaísmo e do Cristianismo. A Temas & Debates lançou ainda “A Cama, o Poder e a Morte”, de Bartolomé Benassar, historiador que nos mostra como as monarquias da Europa sacrificavam as suas filhas às exigências do Estado, e “Aprender com o Mundo”, de Reinhard Mohn, empresário que analisou com olhar crítico as transformações políticas e culturais da última década. Já na colecção Enciclopédia Visual saiu o volume “Rochas e Fósseis”.
Novidade Sextante (Janeiro)
A Sextante editou “A canção antes de ser cantada”, de Justin Cartwright, romance baseado numa história real, a mesma que deu origem ao novo filme protagonizado por Tom Cruise, “Operação Valquíria”.
O romance é inspirado nas vidas de Adam von Trott e Isaiah Berlin. Nesta obra de Cartwright acompanhamos o alemão Axel von Gottberg e o seu amigo Elya Mendel, um judeu britânico, ambos professores na idílica Oxford dos anos ‘30. Von Gottberg regressa à Alemanha em 1934, para se juntar à oposição a Hitler, mas Mendel denuncia-o publicamente como nazi. Von Gottberg era um activista antinazi que foi assassinado na sequência do atentado contra Hitler em 1944.
João Tordo na Almedina/Arrábida Shopping a 31 de Janeiro
A livraria Almedina do Arrábida Shopping, em Gaia, organiza no sábado, dia 31 de Janeiro, mais uma sessão da Comunidade de Leitores, desta vez com a presença de João Tordo, autor de “As Três Vidas”.
O encontro tem lugar às 17h00 e permite ao público participar numa conversa com o autor da obra “As Três Vidas”, editada em 2008 pela QuidNovi.
A inscrição na Comunidade de Leitores é aberta ao público em geral e realizada no balcão da livraria Almedina do Arrábida Shopping.
“O Atlas Furtivo” – Alfred Bosch
Judafá, um rapaz judeu nascido na Maiorca de 1370, é o protagonista/herói de “O Atlas Furtivo”, romance histórico e de aventuras escrito pelo catalão Alfred Bosch e editado pela Livros do Brasil.
O seu pai, o cartógrafo Cresques de Abrãao, recebeu uma importante encomenda do Rei de Aragão: desenhar o mais completo mapa-mundo de todos.
Cresques, um homem culto e ávido de novos conhecimentos, aceita a tarefa, mas vai mais longe e lança-se num desafio tremendo. Paralelamente ao mapa-mundo para o rei elabora um outro, onde coloca dados não comprovados, ou seja, desenha terras das quais só se ouviu falar e sorve esses dados em marinheiros, viajantes, comerciantes, ajudado pelos dois filhos, entre eles Judafá, e um órfão que acolheu em sua casa, o dúbio Samuel.
O maior contributo para o mapa veio de um velho e cego escravo resgatado pelo mestre Cresques. O cego tinha viajado por todo o mundo, por terras desconhecidas, e mesmo sem ver conseguiu reter a essência dos locais por onde passou.
Quando os mapas ficaram prontos, Judafá, acompanhado por Samuel (para seu desgosto), embarca rumo a Barcelona para entregar a encomenda ao rei. Só que, ao chegar a Barcelona, enquanto dormia no barco, Samuel roubou-lhe o mapa, deixando Judafá numa situação bastante incómoda. Através da sua demanda pela recuperação do atlas fantástico idealizado pelo pai, acompanhamos o crescimento, enquanto homem, de Judafá, ao mesmo tempo que o autor nos apresenta um mundo onde os judeus, conforme os sabores das marés da fortuna, eram encarados como os amigos ideais ou os inimigos a abater, lançando indefinições internas no próprio protagonista do livro.
“O Atlas Furtivo” acaba por se transformar, ele próprio, num atlas como o que Cresques idealizou, já que nos faz, através de algumas personagens muito ricas, detalhadas descrições de lugares com tanto de longínquo, à época, como de sedutores.
A obra de Bosch é um verdadeiro três em um: conta-nos a história de um rapaz que se faz homem, de um povo (judeu) que sofre e tem de se sujeitar aos caprichos da Igreja dominante e faz um retrato do mundo desconhecido e fascinante, não só para Judafá e seus contemporâneos, como para nós, leitores, que nos sentimos transportados para outra época, onde havia ainda lugar para o belo desconhecido.
Esta obra ganhou em 1997 o Prémio Sant Jordi, um dos mais importantes galardões literários de Espanha.
Stephenie Meyer domina tops de vendas e “Nómada” chega em Março
A escritora norte-americana Stephenie Meyer domina esta semana por completo os pódios dos tops de vendas da Fnac e da Bertrand, ocupando, portanto, nas duas tabelas, os três primeiros lugares. O feito é conseguido com os três volumes já publicados da saga de vampiros e lobisomens “Luz e Escuridão”, dedicada ao público juvenil e que chegou a Portugal por iniciativa da Gailivro.
Na Fnac “Eclipse”, “Lua Nova” e “Crepúsculo” lideram por esta ordem, enquanto na Bertrand é “Lua Nova” que segue na frente, seguido de “Eclipse” e “Crepúsculo”. O facto é tanto mais relevante tendo em conta que nenhum dos livros é uma novidade do mercado. Mesmo a versão cinematográfica de “Crepúsculo” já estreou em Portugal há mais de um mês.
Entretanto, a Gailivro tem já praticamente pronto para lançar a 10 de Março um novo romance de Stephenie Meyer, intitulado “Nómada”, uma história de ficção científica que tem tudo para agradar aos (muitos) seguidores da autora, assim como para cativar novos leitores. Recomenda-se uma espreitadela em http://videos.sapo.pt/YW9UZrunluISOvHhmTdR.
“A Rainha do Sul” – Arturo Pérez-Reverte
O espanhol Arturo Pérez-Reverte é, sem dúvida, um especialista em literatura de aventuras, e se depois de “O Cemitério dos Barcos Sem Nome” a fasquia estava colocada a uma altura considerável, o que se pode dizer após a leitura de “A Rainha do Sul” é que não há que ter medo de pôr as mãos e a vista nesta obra editada pela Asa.
Trata-se de um livro notável a todos os títulos, um dos indicados para desmentir quem acha que a literatura de aventuras é um género menor.
O que Steven Spielberg fez pelo cinema de aventuras com “Os Salteadores da Arca Perdida” pode ser equiparado, dentro das devidas condicionantes, ao que este autor espanhol tem feito em termos de literatura de aventuras.
Desta vez, Arturo Pérez-Reverte conta-nos a história de Tereza Mendoza, uma jovem e, até certo ponto, ingénua mexicana que faz uma travessia incrível pelo mundo do tráfico de droga.
Apesar da história se basear no mundo do narcotráfico – e ninguém fica de fora (mexicanos, colombianos, galegos, marroquinos, russos, etc.) – o curioso é que quase parece não haver más pessoas, pelo menos entre os protagonistas.
É notório como um livro de aventuras sobrevive sem um herói puro, um daqueles que contra ventos e marés tudo faz para que o Bem triunfe sobre o Mal.
Aliás, em “A Rainha do Sul” essa fronteira é muito, muito ténue. Teresa Mendoza, a protagonista, chega a rainha do narcotráfico não por escolher um rumo fácil para vencer na vida, mas sim porque sempre lhe saem os piores caminhos, sem hipótese de optar. É uma questão de fugir para a frente, usar a cabeça e, basicamente, sobreviver.
Esta é, principalmente, a história de uma sobrevivente, que aprende a mexer-se num complexo, nebuloso e pouco firme mundo dominado por homens.
Da sua ignorância, recorre à sua energia e aproveita cada revés para daí tirar uma nova força para então dar um passo seguro.
Arturo Pérez-Reverte, antigo jornalista, escreve um romance como se escrevesse uma reportagem, proporcionando mais de 400 páginas sem momentos mortos, misturando bem as partes em que é o jornalista que investiga a vida de Teresa quem nos conta a história, com as outras em que é a própria protagonista a expor-nos a sua existência.
Investigação e realismo
O livro está muito bem escrito, dentro de um estilo clássico e despretensioso, seguindo uma linha cronológica natural, o que dá outro realismo a uma obra que resulta de um grande trabalho de investigação do autor, a que não faltou contacto com traficantes de droga.
O livro, efectivamente, foi trabalhado como se de uma reportagem se tratasse. Não sendo uma biografia de ninguém em particular, é de certeza um mosaico de retratos de muita gente com quem Pérez-Reverte contactou.
Só assim poderá ter “construído” tal rede de tráfico de droga e de negócios paralelos como a que aparece no livro. Complexa, mas lógica, a um ponto que chega a ser assustador por nos abrir as portas de um mundo que está aqui tão próximo mas do qual não conseguimos discernir a verdadeira dimensão.
Arturo Pérez-Reverte – Entrevista a propósito de “A Rainha do Sul”
O escritor espanhol Arturo Pérez-Reverte em “A Rainha do Sul” (Edições Asa) conta a vida de uma mulher – Teresa Mendoza – que luta, sobrevive e vence no masculino mundo do tráfico de droga. Reverte falou desta obra mas também de si, de literatura, do prazer de ler e, principalmente, de aventuras.
“A Rainha do Sul” é uma aventura, mas com a particularidade de não ter um herói puro, aquele que pratica o Bem.
Sendo uma mulher não poderia ser um herói puro. A mulher é muito mais complexa. Eu sou um escritor muito limitado, conto sempre a mesma história. Sempre me fascinou a história dos mercenários gregos que em território inimigo tentam regressar a casa. Como jornalista, sempre presente em países em guerra, este conceito cresceu. Creio que o ser humano é um soldado perdido em território inimigo e eu conto sempre esse romance. Mas a mulher é particularmente perdida num território particularmente inimigo e desta vez quis contar uma história como uma mulher, mas isso é mais complexo. Um homem pode ser derrotado em território inimigo e sobrevive, mas a mulher se é derrotada não sobrevive. Por isso, o combate da mulher é muito mais cruel, mais duro, mais violento e muito difícil. Ela luta pela sobrevivência num mundo de homens. Isto não é um romance sobre tráfico droga, é sobre uma mulher. O tráfico de droga é apenas o cenário… O mundo do narcotráfico é muito masculino e dá muitos recursos narrativos.
Como é que fez a investigação para conseguir descrever de uma forma tão completa um mundo tão complexo como o do tráfico de droga?
Quando era repórter passei muitos anos destacado em guerras, onde havia muitos narcotraficantes. Certos amigos dessa época eram traficantes e mercenários, alguns portugueses. E para escrever este livro voltei a contactar os meus antigos amigos. Foi um romance “escrito” em bares, bordéis, tascos, mas desta vez sem a inocência do repórter. Agora fui para utilizar um material que ia manipular como narrador. Foi uma experiência muito agradável por ir a esses lugares sem necessitar de respeitar o rigor.
Mas a obra está escrita como se fosse uma espécie de reportagem.
É uma aparência falsa. Um romance pode adoptar diferentes formas de estrutura. Escrevê-la como se fosse uma reportagem é um recurso narrativo, mas é um romance. Ia mover-me num mundo, o do tráfico de droga, no qual não ia fazer juízos morais, ia falar de uma mulher tentando decifrar alguns enigmas da mulher.
A impressão com que se fica ao ler “A Rainha do Sul” é que no fundo os traficantes são pessoas normais, como quaisquer outras.
Não queria fazer um ensaio sobre a droga. Movo é as minhas personagens por um mundo que é o do narcotráfico. Um traficante não diz quando trafica: “Que mau que sou”; quando mata: “Sou um assassino”. Para ele é um trabalho como para mim é escrever romances. A normalidade profissional, tinha de a manter no romance para dar credibilidade. Os traficantes têm filhos, mulher, amigos, os seus próprios códigos de comportamento, as suas regras de jogo. Não os aprovo nem condeno, conto como é esse mundo passeando por lá a minha personagem. Este romance é sobre o coração de uma mulher. É uma viagem ao coração de uma mulher.
Em “O Cemitério dos Barcos em Nome” também tem uma personagem feminina forte.
Mas vista de fora, pelo marinheiro Coy, como um enigma. Agora quis dizer o tinha na cabeça essa mulher e foi um desafio muito difícil porque sou um homem.
Como se conseguiu “meter” na pele de uma mulher?
Não sei. Com senso comum, com raciocínio, com juízos.
Ouviu comentários de mulheres sobre a personalidade de Teresa?
Recebo muitas cartas de mulheres (espanholas, mexicanas, francesas, italianas…) que dizem: “Sou uma mulher respeitável, mãe de família, feliz, mas sou ‘Teresa’. Identifiquei-me com ela. A luta dela com os homens é a minha luta”.
Considera “A Rainha do Sul” um livro de aventuras?
Não é só. Todos os meus livros são de aventuras. Todos os livros em que o ser humano sai de um território conhecido e entra num desconhecido, arriscando a vida, o intelecto e o espírito.
O livro de aventuras é um género menor na literatura?
Pertenço à Real Academia da Língua, em Espanha, mas fui o primeiro autor desse tipo de livros a entrar. A aventura é um termo muito amplo. Há alguns académicos e críticos estúpidos que pensam que existem linhas que delimitam os géneros. Hoje em dia as linhas são muito confusas. É muito perigoso atribuir géneros. Acho que há romances bons ou maus. Um exemplo: Saramago é um autor respeitado de romances sérios. É mais importante “A Jangada de Pedra” do que “Os Três Mosqueteiros”? “Os Três Mosqueteiros” impõe comportamentos e éticas e há gente que é como é porque leu a obra. Só os muito estúpidos e arrogantes são capazes de traçar linhas e categorias na literatura. O principal pecado da literatura é ser aborrecida. Sempre tentei ser ao mesmo tempo profundo e divertido.
O seu tipo de escrita é influenciado pelo facto de ter sido jornalista?
Não. Nesse aspecto devo muito pouco ao jornalismo. A minha vida como escritor é uma luta contínua contra os vícios e clichés que a linguagem jornalística me deixou. Escrevia melhor antes de ser jornalista.
Nos seus livros, através das personagens, faz sempre um apelo à leitura.
É uma profissão de fé. Surge naturalmente. Sou um leitor militante desde os doze anos e na hora de criar personagens não posso impedir que o meu amor pelos livros se manifeste. E neste caso particular tinha de justificar como uma mulher analfabeta podia progredir. Teresa nunca poderia ter progredido sem livros.
Continua a ser um grande leitor?
Já li tudo o que se pode ler. A literatura contemporânea interessa-me menos. Agora releio muito. A um autor novo prefiro reler “O Primo Basílio” de Eça de Queiroz, que é uma lição de literatura e psicologia e um dos melhores romances da história da Europa.
O que ambiciona como escritor?
Escrevo porque me sinto bem, porque me dá liberdade e independência. Gosto de contar histórias e fazer coisas que não fiz na vida, como matar, seduzir mulheres, ter amigos que não tive, andar à luta com um polícia sem ser preso. Posso fazer qualquer coisa. Escrever dá um poder imenso.
Como é o seu dia de trabalho?
Levanto-me às 7h30, corro pelo monte e trabalho oito horas diárias, como se fosse ao escritório. Faço-o com disciplina. Escrever é 20 % de talento narrativo e 80 % de trabalho.
Tem outras ambições para além da escrita?
Não. A minha vida é ler, escrever e velejar.
(Entrevista realizada em 2004)
Novidades Esfera dos Livros (Janeiro)
A Esfera dos Livros apresenta neste mês de Janeiro, entre as suas novidades, um novo romance da apresentadora Fátima Lopes, intitulado “A Viagem de Luz e Quim”. Depois do sucesso que foi “Amar depois de Amar-te”, Fátima Lopes apresenta agora uma história decorrida nos anos 50 do século XX. Neste romance acompanhamos as vidas de Luz e Quim, duas crianças de 9 e 10 anos, que vivem numa pequena aldeia portuguesa. Enquanto Quim decide seguir as pisadas do pai, que trabalha no campo, Luz decide partir para a cidade, rumo ao desconhecido, mas na ânsia de conquistar um futuro diferente.
“Memórias da Rainha Santa”, um romance biográfico da autoria de Maria Pilar Queralt del Hierro, é outra das novidades da Esfera dos Livros para Janeiro.
Frei Ramón de Alquézar levou um manuscrito ao Papa Urbano VIII através do qual pretendia provar que Isabel de Aragão, rainha de Portugal, merecia subir aos altares e ser considerada santa pela Igreja Católica. Através das páginas deste precioso manuscrito, escrito pela mão da própria rainha, ficamos a conhecer a vida desta mulher. María Pilar Queralt del Hierro traz-nos assim, através de um romance, a história de uma rainha tornada santa que se dedicou a auxiliar os doentes e os mais necessitados, fundando ou patrocinando igrejas, mosteiros, hospitais e asilos.
Queralt del Hierro é a autora de “Eu, Leonor Teles” lançado em 2006 pela Esfera dos Livros.
“O Homem que Procurava o Sentido da Vida”, de Ramiro Calle, é um romance que conta a historia de Rubén, um importante psicanalista, e Augusto, amigo e paciente do primeiro, duas pessoas profundamente insatisfeitas com a falta de valores da sociedade actual que decidem empreender uma viagem à Índia em busca da paz interior.
Ainda entre as novidades de Janeiro da Esfera do Livro, há que contar com “Mexa O Seu Dinheiro E Enriqueça com a Crise”, do especialista em fiscalidade Aitor Zárate, autor de “O Que Os Ricos Sabem E Não Contam”.
“Um Amor Para Sempre”, de Cristina Freire, a lançar na colecção Psicologia, é outra das novidades da editora.
João Lobo Antunes apresenta “O Eco Silencioso” em Leiria
João Lobo Antunes, Prémio Pessoa 2006, apresenta sábado (dia 24), pelas 17 horas, o seu novo livro “O Eco Silencioso”, na livraria Arquivo, em Leiria.
A apresentação da obra, uma edição da Gradiva, estará a cargo de Helena Carvalhão.