Até Setembro!

O Porta-Livros vai gozar um merecido período de férias, mas promete voltar lá pelos primeiros dias de Setembro. Como não vos quero deixar «desamparados», apresento-vos aqui uma pequena lista de sugestões de livros que podem aproveitar para ler, estejam ou não de férias. Todos os pretextos são bons, desde o simples prazer da leitura até à necessidade de viajar através das letras, passando pela ocupação dos tempos livres, em casa, na esplanada, na praia, nos transportes públicos, a caminhar ou na prisão, como o nosso amigo já aí em cima 🙂
Entre novidades e livros mais «antigos», aqui ficam algumas propostas que vos levarão a Inglaterra, Turquia, Berlim, Lisboa, Paris, Nova Iorque, etc., num verdadeiro cruzeiro por mares de letras e frases.
Até Setembro! Boas férias e boas leituras!

Rui Azeredo

A Leitora Real – Alan Bennet (ASA)
Este pequeno livro é uma verdadeira surpresa e preciosidade. Lê-se em duas horas (facto por mim comprovado), mas serão duas horas de puro entretenimento e diversão, suportadas, saliente-se, num inteligente humor britânico. Aliás, só pelo ponto de partida da ficção dá para o adivinhar: Um dia a rainha de Inglaterra descobre a biblioteca itinerante estacionada no Palácio de Buckingham. Ali conhece Norman, o jovem ajudante de cozinha que se torna seu conselheiro literário, no mesmo dia em que fez o impensável: levou (e leu) um livro.
E tudo mudou no reino, ou pelo menos no modo como Isabel II o passou a encarar. A literatura ajuda a tornar o mundo melhor, será a mensagem deste divertido romance que se pode ler de um assentada, entre uma bebida e outra, à borda da piscina, ou entre um banho e outro.
Puro prazer de descontracção.

O Fogo de Istambul – Jason Goodwin (Porto Editora)
Este romance histórico transporta-nos à Istambul do século XIX, onde somos levados a acompanhar uma investigação «policial» protagonizada por um protagonista bem peculiar, um eunuco chamado Yashim Togalu que vai tentar descobrir quem está por detrás de uma vaga de crimes que ocorre precisamente quando o Império Otomano se prepara para seguir os passos de modernização da Europa.
Trata-se de um livro que, além de ter uma história envolvente, é profundamente detalhado (sem ser chato, antes pelo contrário) na descrição de ambientes e costumes da época, numa linguagem cuidada, colorida e viva.

A Mente Louca dos Grandes Líderes Mundiais – Nassir Ghaemi (Matéria-Prima)
Esta não é definitivamente a típica leitura leve de Verão, mas a verdade é que é também nestas alturas que se dispõe de mais tempo para leituras mais profundas.
Segunda a editora, a Matéria-Prima, o psiquiatra Nassir Ghaemi «apresenta-nos uma visão inovadora e polémica sobre as poderosas ligações entre doença mental e liderança e avança com uma tese controversa: as principais características dos que sofrem de perturbações de humor – realismo, empatia, resiliência e criatividade – são também as que fazem deles os melhores líderes em tempos de crise.»
Assim, ao longo da obra são apresentados os exemplos de Churchill, Bush, Kennedy, General Sherman, Luther King e Ghandi, e em contraponto alega-se que a «normalidade» de George W. Bush o terá impedido de estar à altura de uma crise mundial.
Nem todos concordarão com as teses apresentadas (e bem embrulhadas/justificadas), mas não deixará de ser interessante ver (ler) como se defende Nassir Ghaemi neste seu livro polémico e provocador.

Equador – Miguel Sousa Tavares (Oficina do Livro)
Já muito se disse sobre este romance que, inegavelmente, cativou os portugueses. A Oficina do Livro, apesar das largas dezenas (centenas) de milhares de exemplares vendidos, apostou em cativar ainda mais público e relançou Equador (e também Rio das Flores) com novas capas. Na minha opinião é uma boa aposta, pois as capas são belíssimas.
Confesso que a mim me «apanharam» finalmente e este será, por certo, um dos meus livros deste Verão. Mais tarde direi o que achei da obra.

Os Demónios de Berlim – Ignacio del Valle (Porto Editora)
Este romance tem tudo: uma boa história, está bem escrito, é um livro de guerra e um policial, sem se esquecer de nos presentear com um leque de personagens de excepção, a começar, claro, pelo protagonista, Arturo Andrade, um espanhol que no meio do caos que é a Berlim de 1945 tem de localizar o alemão Ewald von Kleist. Encontra-o, mas morto, na chancelaria do Reich com um misterioso bilhete no bolso. Está aqui o ponto de partida para um excelente thriller, um dos melhores livros que li nos últimos anos, que decorre numa cidade em derrocada onde a todo o momento entrarão os Soviéticos.
As histórias pessoais de quem vive este drama do fim da guerra, em ambos os lados da barricada (alguns nem sabem bem de que lado estão), é um dos pontos fortes desta preciosidade confeccionada pelo espanhol Ignacio del Valle.

Némesis – Philip Roth (Dom Quixote)
O que dizer, em termos de qualidade, de um livro de Philip Roth? Embora tenha achado este Némesis algo previsível numa das suas vertentes (a dada altura torna-se demasiado óbvio o que vai suceder ao protagonista), não deixa de ser uma excelente obra que, ainda por cima, decorre inteiramente no Verão. A estação do ano é uma das personagens principais do romance, cuja acção decorre em 1944, em Newark, sob um calor demolidor, mas onde a preocupação maior é uma epidemia aterradora poliomielite.
As questões sociais lançadas pelo grassar da doença, os mais desfavorecidos são como sempre os mais afectados, são muito bem abordados por Roth, que com a sua escrita de génio nos faz sentir toda aquela opressão efectivamente vivida na época.
A descrição de ambientes é mesmo uma das melhores «armas» deste romance.

Nossa Senhora de Paris – Vítor Hugo (Europa-América)
E que tal recuperar um clássico neste Verão? E se aceitar o repto, porque não Nossa Senhora de Paris, obra de Victor Hugo, de quem quase só se fala de Os Miseráveis?
Com um pouco de esforço é possível encontrar a edição de bolso (em dois volumes) desta obra que, para os mais distraídos, conta a história do Corcunda de Notre-Dame – não, o Corcunda de Notre-Dame não é uma criação da Disney J. Trata-se de um romance dirigido ao público adulto, que tem como núcleo a Catedral da Notre-Dame de Paris, numa conhecida história cuja acção decorre no século XV. Tem aqui a oportunidade conhecer os verdadeiros Quasímodo e Esmeralda.

Casino Royale – Ian Fleming (Contraponto)
Férias sem um livro de espiões não são propriamente férias. Por isso, e que tal apostar tão só no espião mais famoso do mundo? James Bond, ou 007, nasceu dos livros, criado por Ian Fleming, e um dos mais conhecidos, principalmente por causa da recente versão cinematográfica, é este Casino Royale. A base da história é a mesma, mas naturalmente há muitas diferenças entre a tela e o papel, quanto mais não seja porque se passaram mais de 50 anos até que o livro fosse adaptado ao cinema.
Mas a essência 007 está cá toda: casinos, as bebidas requintadas, as belas mulheres que se intrometem sempre no caminho do agente secreto, o inevitável vilão, os paraísos turísticos, os carros, etc. Mas o principal é que se trata de uma boa história de espionagem. Um verdadeiro clássico do género. E a capa é tão bonita, não acham?

As Ideias que Mudaram o Mundo – Steve Johnson (Clube do Autor)
Se neste Verão pretende dedicar algum do seu tempo a compreender melhor o mundo que o rodeia, porque não conhecer algumas das ideias que o mudaram?
O autor recupera a história de quase duzentas invenções e, além de as apresentar, mostra como e em que ambiente elas foram geradas.
Johnson junta as ideias em sete padrões:
As descobertas que surgem a partir de outras descobertas;
As redes em que há troca constante de informações;
As intuições construídas lentamente;
As intuições acidentais;
A aprendizagem a partir dos erros;
As sinergias entre diferentes áreas do conhecimento;
Os processos generalizados de sedimentação do saber.

Duarte e Marta – Mistério no Pavilhão de Portugal – Maria Inês Almeida e Joaquim Vieira (Porto Editora)
Para o público juvenil, sugiro aqui a nova série Marte e Duarte (da qual já saíram dois volumes, este Mistério no Pavilhão de Portugal e ainda Ameaça no Vale do Douro), assinada por Maria Inês Almeida e Joaquim Vieira. Os protagonistas são dos adolescentes (o Duarte e a Marta) que vivem uma série de peripécias, dando vida a histórias cheias de dinamismo, como pude comprovar pelo que já li deste primeiro volume. Tudo começa à saída de um concerto rock, junto ao Pavilhão de Portugal, quando a dupla de heróis repara num vulto em movimento sobre a cobertura do edifício. Sem o saberem envolvem-se numa aventura cheia de mistérios que têm de resolver em menos de 24 horas.

Gato das Botas – Stella Gurney (adaptação) e Gerald Kelley (ilustrações) (Arteplural)
O Gato das Botas que conhecemos hoje em dia é o do cinema, «nascido» em Shrek e já com direito a filme próprio. Mas convém não esquecer que o verdadeiro nasceu da pena de Charles Perraut. Este que aqui propomos, em termos de imagem até pode ser parecido com o do grande ecrã, mas o essencial da história respeita o genuíno. Sendo uma versão mais infantil, não faltam os apelativos cenários pop-up, janelas para abrir e tiras para puxar.

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Quetzal lança a 3 de Agosto «Gosto Disto Aqui», de Kingsley Amis, e «A Porta do Sol», de Elias Khoury

A Quetzal lança a 3 de Agosto duas novidades, Gosto Disto Aqui, de Kingsley Amis (cuja acção passa por Portugal), e A Porta do Sol, de Elias Khoury, um escritor nascido em Beirute que assim se estreia entre nós.

Gosto Disto Aqui – Kingsley Amis
«Garnet Bowen, antigo jornalista e autor de um único livro, vive agora de alguns trabalhos avulsos e sustenta com dificuldade os seus três filhos. A mulher e a sogra convencem-no a aceitar um trabalho que implica passar uma temporada num país do Sul da Europa, investigando a verdadeira identidade de um escritor misterioso.
Bowen odeia sair de Londres e sempre desprezou a ideia de viajar pelo continente, mas não vai conseguir evitar a ida. E aí vai ele para um país em que o álcool é barato; o sol, opressivo; a comida estranha; e as raparigas, ilegíveis, nos sinais que dão de recetividade e repúdio – esse país é Portugal.
Neste fabuloso entretenimento que é Gosto Disto Aqui – o mais autobiográfico dos romances de Kingsley Amis –, o nosso perplexo herói vai passar por consecutivos apuros e desastres cómicos, que culminam numa situação amorosa com uma jovem mulher e um hostil representante da fauna de insetos locais.»

A Porta do Sol – Elias Khoury
«Há histórias que salvam vidas. Usando o método de Xerazade, o narrador de A Porta do Sol tece um longo e contínuo fio de histórias com que pretende resgatar a vida de um homem. Esse homem, em coma profundo na cama do hospital, é o seu pai espiritual e um herói da resistência palestiniana.
No furor de o reanimar através da memória, é todo um povo e a sua epopeia que o narrador faz reviver diante dos olhos do leitor: os acontecimentos da guerra civil no Líbano, os episódios mais marcantes da sua vida e os dolorosos itinerários de um punhado de homens e mulheres apanhados pela história, após a sua expulsão da Galileia em 1948.
Inspirado na estrutura narrativa de As Mil e Uma Noites, A Porta do Sol é um romance amplo, pungente, e considerado de forma unânime o grande relato do êxodo palestiniano.»

Bertrand editou «Regras da Traição», de Christopher Reich

A Bertrand lançou no final de Julho Regras da Traição, de Christopher Reich, o terceiro e último volume da trilogia sobre as aventuras do médico Jonathan Ransom e da enigmática espia Emma, após As Regras da Vingança e As Regras do Fingimento.

Sobre o livro: «O melhor livro de Christopher Reich até à data, protagonizado pelo Dr. Jonathan Ransom e a agente secreta, e sua mulher, Emma, uma personagem perigosa com um passado misterioso, que se tornou criminosa no mundo dos espiões internacionais.
Na década de 80, um B-52 norte-americano despenha-se nas montanhas da fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão. Quase trinta anos mais tarde, uma verdade terrível será revelada.
Jonathan Ransom regressa na qualidade de médico engenhoso que se vê lançado num mundo obscuro de agentes duplos e triplos, onde não se pode confiar em absolutamente ninguém. Para se manter vivo, Ransom tem de desvendar o mistério que envolve a sua mulher – uma espia enigmática e letal que segue as suas próprias regras – e descobrir a quem ela é realmente leal.»

Herta Müller vem em Setembro a Portugal apresentar «Já Então a Raposa Era o Caçador»

A escritora romena Herta Müller, vencedora do Nobel da Literatura em 2009, vai estar em Lisboa, de 10 a 14 de Setembro, a convite da Dom Quixote e do Goethe-Institut, para apresentar o romance Já Então a Raposa Era o Caçador, que sai a 10 desses mês.
A sessão de apresentação será a 13 de Setembro, às18h30, no Goethe-Institut, à qual se seguirá uma conversa com a escritora Lídia Jorge, moderada por João Barrento.
Mas já a partir de 6 de Setembro (e até 28 do mesmo mês) estará patente, na Biblioteca Camões, a exposição O Círculo Vicioso das Palavras, que documenta o percurso da autora. Segundo a Dom Quixote, a mostra «reúne documentos e fotografias pertencentes ao património da família de Herta Müller e contempla ainda entrevistas onde a escritora fala sobre a sua vida na Roménia e na Alemanha, sobre a sua emigração e a sua escrita». A exposição integra ainda documentos dos serviços secretos da Securitate e colagens de Herta Müller.
Em Portugal forma editados, de Herta Müller, O Homem é um Grande Faisão Sobre a TerraA Terra das Ameixas Verdes e, já na Dom Quixote, Tudo o Que Eu Tenho Trago Comigo e Hoje Preferia Não Me Ter Encontrado.

Sobre Já Então a Raposa Era o Caçador
«No romance Já Então a Raposa era o Caçador, a Nobel da Literatura recria o ambiente opressivo e angustiante, durante os últimos dias do regime totalitário de Nicolae Ceaucescu. A acção decorre num subúrbio na Roménia e a história gira em torno da professora Adina e a sua amiga Clara, uma operária fabril que se apaixona por um agente da polícia secreta. Quando o agente manda vigiar o grupo de músicos do qual Adina faz parte, a amizade entre as duas mulheres desfaz-se. É então que, em casa de Adina, aparece uma pele de raposa que progressivamente vai sendo mutilada e a professora sabe que está a ser ameaçada pela polícia secreta romena.»

Sebastian Barry regressa com «Do Lado de Canãa»

Do Lado de Canaã, romance finalista do Man Booker Prize e vencedor do Walter Scott 2012, na categoria de romance histórico, é mais uma obra do irlandês Sebastian Barry editado pela Bertrand. Antes já haviam sido lançados Escritos Secretos e A História de Eneas.

Sobre o livro: «Do Lado de Canaã conta a história da inesquecível Lilly Bere, que no início do livro está de luto pela morte de Bill, o seu neto. Mas depois somos levados ao passado, ao tempo em que Lilly foi obrigada a fugir de Dublin, em finais da Primeira Guerra Mundial, e seguimos a sua vida no mundo novo que é a América, um mundo cheio de esperança, mas também de perigo. Ao mesmo tempo épica e intimista, a narração de Lilly vai-se desenrolando numa vida trágica e rica e ela tenta dar um sentido aos seus desgostos e perdas.
Ao longo de quase sete décadas, concentradas num período de dezassete dias no presente, Lilly passou por duas guerras mundiais e viveu intensamente, através do filho e do neto, as guerras do Vietname e do Iraque. Conheceu a crueldade e a ternura dos homens, foi perseguida por uns e acolhida por outros e viveu duas grandes histórias de amor.»

ASA dá a conhecer Barbara Taylor-Bradford com «Uma Carta Inesperada»

A ASA iniciou com o romance Uma Carta Inesperada a publicação das obras de Barbara Taylor-Bradford, autora inglesa de mais de vinte romances que em 2007 foi agraciada pela rainha Isabel II com a Ordem do Império Britânico pelos seus serviços à literatura.

Sobre o Livro: «Justine Nolan é uma mulher de sucesso com uma carreira artística fulgurante. Mas as memórias que guarda com mais carinho remontam à sua infância, um tempo que recorda como mágico. De visita a casa da mãe, Justine abre inadvertidamente uma carta que vai mudar tudo o que ela julgava saber sobre a sua família e até sobre si própria.
As revelações são tão chocantes que a jovem pede a ajuda e o conforto de Richard, o seu irmão gémeo. Juntos, resolvem descobrir a verdade custe o que custar. Mas para o fazer, ela terá de viajar até Istambul – a vibrante e sedutora cidade onde se cruzam Ocidente e Oriente. É um lugar com os seus próprios segredos e cujo magnetismo aproxima Justine de um homem fascinante que parece saber mais do que aquilo que está disposto a revelar.
E quando os enigmas ocultos durante décadas pareciam finalmente deslindados, Justine recebe um revelador livro de memórias. No coração deste diário reside a sua verdadeira identidade. Esta é a sua grande oportunidade de sarar as feridas de traições do passado e de abraçar um novo amor e uma nova vida.»

Yrsa Sigurdardóttir regressa com «Lembro-me de Ti»

A islandesa Yrsa Sigurdardóttir já cá andava (no mercado português) antes do boom dos policiais nórdicos e regressa a 3 de Agosto por mão da Quetzal, que lança Lembro-me de Ti, depois de já ter editado Cinza e Poeira. Antes saíra na Gótica O Último Ritual e Ladrão de Almas.
Lembro-me de Ti foi galardoado com o Prémio de Ficção Policial Nórdica de 2011

Sinopse: «Três jovens propõem-se recuperar uma velha casa de uma aldeia abandonada, algures nos Fiordes Ocidentais islandeses. Mas não imaginam o cataclismo que este inofensivo trabalho vai desencadear. Na outra margem do fiorde, um psiquiatra investiga o suicídio misterioso de uma mulher mais velha que poderá estar ligado ao desaparecimento do seu próprio filho.
Estas duas intrigas vão convergir para uma história de um enorme suspense que os críticos têm considerado tratar-se da melhor que até agora saiu da pena de Yrsa Sigurdardóttir.»

«Terroristas Apaixonados» e «1493 – A Descoberta do Novo Mundo que Colombo Criou» nas livrarias a 31 de Agosto

A Casa das Letras lança a 31 de Agosto duas obras de história, Terroristas Apaixonados, de Ken Ballen, e 1493 – A Descoberta do Novo Mundo que Colombo Criou, de Charles C. Mann.

Terroristas Apaixonados – Ken Ballen
«
Imagine um mundo onde os sonhos de um rapaz ditam o comportamento de guerreiros e militares em batalha, onde a morte é a única liberdade possível para o amor proibido de um jovem casal, onde o extremismo religioso, o ódio cego e a corrupção endémica se combinam para formar uma ideologia letal que pode manietar para sempre a vida de um ser humano.
Com a ajuda das autoridades da Arábia Saudita e de vários jornalistas bem posicionados, Ballen entrevistou, durante cinco anos, mais de 100 antigos jihadistas. Esta pesquisa serviu de base a este livro, no qual o autor se concentrou no perfil de seis terroristas com vidas complexas e completamente diferentes, que expressaram os seus sonhos, as suas frustrações pessoais e o porquê da lealdade para com os líderes religiosos.
A consciência de que estas seis vidas não se enquadram no conceito ocidental estereotipado de terrorismo, impeliram-no a narrá-las e a revelá-las ao mundo.»

1493 – A Descoberta do Novo Mundo que Colombo Criou – Charles C. Mann
«Quando Cristóvão Colombo descobriu a América, abrindo aos impérios espanhol e português a conquista do novo mundo, seguidos por outros colonizadores europeus, começava uma nova era não só na história da humanidade, mas na própria vida do planeta. A globalização não foi só económica e política, mas também biológica. O desencadear de uma troca mundial de plantas, animais, insectos, produtos e doenças criou novos hábitos alimentares e culturais, destruiu culturas agrícolas e criou outras novas em sítios onde nunca haviam sido vistas, e revolucionou todo o planeta. Para dar conta dessa transformação profunda, ainda não revelada nos livros de História, o jornalista americano Charles C. Mann reúne o trabalho pioneiro de biólogos, antropólogos, arqueólogos e historiadores que nos trouxeram à luz do dia o passado esquecido dos nossos continentes.»

«Os Filhos de Alexandria», de Françoise Chandernagor, conta a história de Selena, a filha de Cleópatra

Os Filhos de Alexandria, da francesa Françoise Chandernagor, recentemente editado pela Sextante, apresenta segundo a própria editora «a história singular da filha de Cleópatra». No romance cruzam-se personagens históricas como Cleópatra, Marco António e seus filhos, como Selena, a narradora deste romance.

Sobre o livro: «Alexandria: a joia de um império que António e Cleópatra vão arrastar na sua queda. Dos amores do Imperator e da rainha do Egito tinham nascido três crianças. Príncipes efémeros, que cresciam entre o ouro e a púrpura do bairro real juntamente com o seu meio-irmão mais velho, o menino faraó nascido da relação de César e Cleópatra. Quatro crianças com um destino trágico.
Com dez anos no momento da tomada da cidade e do suicídio dos pais, a pequena Selena, única sobrevivente desta ilustre família, não esquecerá nunca a aniquilação do seu reino, da sua dinastia, dos seus deuses.
Com sensibilidade e força romanesca, Françoise Chandernagor inicia a narração da vida desconhecida da última dos Ptolomeus neste primeiro volume do tríptico A Rainha Esquecida.»

«Não Nos Roubarão a Esperança» é o novo romance de Júlio Magalhães

Júlio Magalhães não pára. Embalado pelo sucesso, eis que apresenta mais um romance, que desta vez tem por cenário a Guerra Civil Espanhola. Não Nos Roubarão a Esperança, editado pela Esfera dos Livros, narra, segundo a editora, «o nascimento de um grande amor que terá de provar ser mais forte do que o ódio».
Júlio Magalhães é o autor dos best-sellers Os Retornados – Um Amor Nunca se Esquece, Um Amor em Tempos de Guerra, Longe do Meu Coração e Por Ti, Resistirei.

Sobre o livro: «Júlio Magalhães leva-nos até ao cenário da Guerra Civil Espanhola para nos contar a história de dois portugueses, dois irmãos, sangue do mesmo sangue, separados por convicções diferentes. Duarte e Pedro, que partem para o país vizinho, para combater em diferentes lados da barricada. Um ao lado dos nacionalistas e o outro dos republicanos. Contudo, para além da violência e do drama do conflito, estes dois irmãos irão encontrar o amor.»