Era Uma Vez o Cinema Americano na Rentrée do Cineclube do Porto

touchevilA rentrée do Cineclube do Porto é feita em outubro através da primeira parte de um ciclo intitulado Era Uma Vez o Cinema Americano, destinado a cineasta e obras que «qualificam o cinema americano como um dos mais transversais e ecléticos de sempre, influenciando cinematografias à volta do mundo das formas mais diversas».
Serão projetadas obras de Orson Welles, Alfred Hitchcock, John Ford e John L. Mankiewicz e Charles Laughton, lado a lado com autores contemporâneos como Quentin Tarantino e os irmãos Coen.

Programação

Quinta-feira, 6 de Outubro | 21h30
A SEDE DO MAL
TOUCH OF EVIL
Orson Welles
EUA | 1958 | FIC | 105′ | M/12

Sábado, 8 de Outubro | 18h00
OS PÁSSAROS
THE BIRDS
Alfred Hitchcock
EUA | 1963 | FIC | 119′

Quinta-feira, 13 de Outubro | 21h30
OS OITO ODIADOS
THE HATEFUL EIGHT
Quentin Tarantino
EUA | 2015 | FIC |187′

Sábado, 15 de Outubro | 18h00
A PAIXÃO DOS FORTES
MY DARLING CLEMENTINE
John Ford
EUA |1946 | FIC | 97′

Quinta-feira, 20 de Outubro | 21h30
A SOMBRA DO CAÇADOR
THE NIGHT OF THE HUNTER
Charles Laughton
EUA | 1955 | FIC | 97′

Sábado, 22 de Outubro | 18h00

TOURO ENRAIVECIDO
RAGING BULL
Martin Scorsese
EUA | 1980 | FIC | 129’

Quinta-feira, 27 de Outubro | 21h30
EVA
ALL ABOUT EVE
Joseph L. Mankiewicz
EUA | 1950 | FIC | 135′

Sábado, 29 Outubro | 18h00
SALVE, CESAR!
HAIL, CESAR!
Ethan e Joel Coen
EUA | 2016 | FIC | 106′

Advertisement

«Inferno», de Dan Brown, ganha nova capa inspirada no filme de Ron Howard

inferno-_-capaInferno, o novo filme de Ron Howard, interpretado por Tom Hanks, é a adaptação cinematográfica do último romance de Dan Brown e tem estreia marcada para 13 de outubro. Segue-se assim a outros casos semelhantes, como, por exemplo, Snowden, Milagre no Rio Hudson, A Casa da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares e, para a semana, A Rapariga no Comboio.
Como é da praxe, o livro aproveita a boleia do filme e ganha nova capa, e a Bertrand acaba de apresentar a sua versão, que substitui a original de julho de 2013. Entretanto, recorde aqui a minha opinião sobre o livro.

Publicado «Batalha Incerta», um dos primeiros romances de Steinbeck

incertaBatalha Incerta, um dos primeiros romances do norte-americano John Steinbeck, foi lançado esta semana pela Livros do Brasil. Steinbeck, autor de clássicos como As Vinhas da Ira, A Pérola e A Leste do Paraíso, lança nesta sua obra de 1936 uma olhar sobre a agitação social e política da época através de história de um jovem em busca da sua identidade.

Sinopse: «Nos campos de Torgas Valley, na Califórnia, os apanhadores de maçãs estão decididos a pôr fim às práticas gananciosas impostas pelo pequeno grupo de proprietários rurais e a greve é declarada. No meio da insurreição, Jim Nolan, rapaz solitário desesperado por dar um sentido à sua existência, rapidamente se vê à frente das operações. Mas à medida que a luta cresce, a violência impõe-se de um modo implacável e a defesa pelo reconhecimento dos direitos fundamentais dos trabalhadores transforma-se num fanatismo cego, que ameaça esmagar a vida daqueles que se entregaram ao seu serviço.»

«Miss Peregrine» passa com distinção do papel ao grande écrã

mppEstreia esta quinta-feira, 29 de setembro, o novo filme de Tim Burton, O Lar da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares, uma obra que adapta ao grande ecrã um romance juvenil que, curiosamente (ou talvez não), tem muito que ver com o mundo do excêntrico e inovador realizador norte-americano.
O romance em causa, da autoria de Ransom Riggs, já foi lançado há uns anos, há cerca de quatro, na altura na Contraponto e mais recentemente numa nova edição na Bertrand, e então escrevi a minha (boa) opinião sobre o mesmo, que poderá ser recordada aqui. Mais tarde seguiu-se Cidade sem Alma e ainda se aguarda pela edição portuguesa do terceiro volume, Library of Souls.
Enquanto não chega este último, os fãs da série podem entreter-se, então, com o filme, uma bela adaptação que tem tudo para agradar a gregos e troianos, ou seja, a fãs de Riggs e de Burton. Mesmo não atingindo o nível das melhores obras de Burton (mas a verdade é que não podemos esperar inovação a cada filme), é um belo filme que respeita a alma do livro de Riggs, que já por si parecia ter sido escrito à medida de Burton. Basicamente… estava a pedi-las. Ou seja, «sorte» de quem nunca viu um filme de Tim Burton, pois ao ver este poderá ter o baque que outros tiveram com Eduardo Mãos de Tesoura.
Inegável é o papel preponderante dos bons atores presentes, com natural destaque, num filme com muitos jovens, para os «veteranos» Samuel L. Jackson e Eva Green. Só por estes dois valeria a pena, mas a verdade é que se trata de uma boa história, com as suas alterações (algumas significativas) em relação ao livro, para o tornar mais adequado ao modo cinematográfico. O que é bom para quem leu o romance, pois afinal há novidades em perspetiva, o que, aliado ao espetáculo visual de qualquer filme de Tim Burton, à história consistente e imaginativa e ao bom desempenho dos atores, garante um belo momento cinematográfico.
Falta, como já referi, um pouco de inovação, mas o que haveria de fazer Tim Burton com um livro que até parece escrito «para ele»?

Chegou a tão badalada autobiografia de Bruce Springsteen, «Born to Run»

capa-born-to-runCríticos ou não críticos, fãs ou não fãs, anda tudo louco com a autobiografia de Bruce Springsteen, Born to Run, editada entre nós pela Elsinore. Até eu, que não sou grande apreciador de cantor tão unânime (já tentei, mas inexplicavelmente não consigo), começo a ficar curioso. E, além disso, e não menos importante, pelo que tenho lido está bem escrito, algo que não se pode dizer de todas as autobiografias.
Vamos ler então o que nos diz a Elsinore sobre este livro de quase seiscentas páginas (21,98 euros) que acabou de lançar no mercado.
«Foram poucas as vezes em que um artista contou a sua própria história com tanta força e coragem, equilibrando o lirismo de um músico singular e a sabedoria de um homem que refletiu profundamente acerca das suas experiências de vida. Durante os últimos sete anos, desde uma atuação marcante no Super Bowl com a E Street Band, Bruce Springsteen tem-se dedicado a escrever a história da sua vida, recordando vividamente, com a honestidade, humor e originalidade que se encontram nas suas canções, a sua busca incessante em tornar-se músico.
Com uma sinceridade desarmante, Bruce Springsteen conta, pela primeira vez, a história das batalhas pessoais que inspiraram os seus melhores trabalhos. Em Born to Run, ele descreve o seu crescimento e a educação católica em Freehold, Nova Jérsia, rodeado de poesia, perigo e escuridão, que alimentavam a sua criatividade, num crescendo até ao momento fulcral do início da sua carreira, a que ele se refere como o seu “Big Bang”: ver a estreia de Elvis Presley na televisão norte-americana, no Ed Sullivan Show.
Recorda vivamente a sua motivação inabalável para se tornar músico, os primeiros tempos enquanto rei das bandas de bar em Asbury Park, e a formação da E Street Band. Com uma candura desarmante, conta, pela primeira vez, a história das batalhas pessoais que inspiraram os seus melhores trabalhos, e mostra-nos por que motivo a canção Born to Run revela mais do que as ideias que percebemos quando a ouvimos.
Born to Run será inspirador para todos quanto gostam de Bruce Springsteen; no entanto, esta obra é muito mais do que as memórias de uma lendária estrela do rock. Este é um livro para os trabalhadores e os sonhadores, para os pais e os filhos, para os amantes e os solitários, para artistas, freaks ou para quem sempre quis ser batizado no rio sagrado do rock and roll. Como muitas das suas canções (Thunder Road, Badlands, Darkness on the Edge of Town, The River, Born in the USA, The Rising e The Ghost of Tom Joad, para nomear apenas algumas), este livro entrará instantaneamente para a lista dos clássicos intemporais.»

O Porta-Livros está de volta

ttOlá a todos!
Ao fim de uns meses de paragem, tanto por falta de tempo como por alguma saturação face ao modelo do blogue, o Porta-Livros está de volta. Mas, como hão de vir a reparar com a passagem dos dias (e dos posts), regressou diferente. O nome continua o mesmo, mas agora os livros já não são os únicos donos deste espaço. Não que eu goste menos de livros, nem por sombras, mas também me apetece escrever sobre outros temas e alertar-vos para outras coisas.
É claro que vou continuar a divulgar alguns livros que vão saindo, ou recuperando outros já saídos e que eu possa achar que merecem a pena ser lembrados, assim como darei a opinião sobre o que vou lendo, tanto por prazer como em trabalho (que também é um prazer!) – Para quem não sabe, ou não se lembra, sou tradutor e revisor, com formação e experiência profissional de jornalista. Mas, como explicava, vou aqui abordar outras coisas de que gosto, como filmes, museus, espaços, séries, enfim, basicamente o que me apetecer. Até conto ir publicando algumas fotos que vou tirando que ache que possam valer a pena ser vistas (daí a foto acima, que não tem nada que ver com nada, simplesmente gosto dela).
E, claro, sempre que se justifique, hei de publicar links – ou ligações, como preferirem – para artigos que me pareçam interessantes.
Será, portanto, um espaço mais pessoal, mas não mais íntimo, descansem:
Estejam sempre à vontade para comentar ou dar sugestões. Mas identifiquem-se, por favor, detesto anónimos.
É bom estar de volta!

Rui Azeredo