Matthew Vaughn, realizador de Kingsman – Serviços Secretos, X-Men: O Início e Kick Ass – O Novo Super-Herói, vai ser o responsável pela adaptação ao grande ecrã de Peregrino, o thriller de espionagem de Terry Hayes que a Topseller vai lançar a 26 de outubro em Portugal.
O início das filmagens está previsto para 2016 e o filme poderá ser apenas o arranque de uma saga ao estilo 007, conforme adiantou a editora – Terry Hayes está já a trabalhar numa sequela com o mesmo protagonista.
Mês: Setembro 2015
Paula Rego preparou «Sopa de Pedra» para todas as idades
A Porto Editora lança a 8 de outubro Sopa de Pedra, livro da prestigiada pintora Paula Rego, que contou com a colaboração da filha, Cas Willing, para concretizar esta adaptação da conhecida lenda, presente em várias culturas ocidentais.
O livro, que pode ser lido por crianças a partir dos 6 anos, é ilustrado por 14 ilustrações de Paula Rego, contando com texto de Cas Willing, que já escreveu argumentos televisivos para os mais novos.
Segundo a Porto Editora, nesta versão de Sopa de Pedra, «o frade da conhecida lenda é substituído por uma jovem rapariga que é forçada a usar de grande persistência e perspicácia para prosperar em tempos difíceis».
Saga Millennium regressa pela mão de David Lagercrantz com «A Rapariga Apanhada na Teia de Aranha»
A Rapariga Apanhada na Teia de Aranha, quarto volume da popular saga Millennium, criada pelo malogrado Stieg Larsson, chega a Portugal no próximo dia 29, desta feita assinada por David Lagercrantz. Este último, igualmente sueco, iniciou a carreira como jornalista e é autor de um enorme sucesso de vendas no seu país, a biografia do futebolistas Zlatan Ibrahimovic, além de outras biografias e obras de ficção.
A edição portuguesa deste thriller é da responsabilidade da Dom Quixote. Assim, a partir do final deste mês de setembro, os leitores portugueses podem continuar a acompanhar os casos complicados da improvável dupla Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander.
Sinopse: «A revista Millennium mudou de proprietários, os críticos de Mikael Blomkvist insistem que ele está ultrapassado e ele próprio considera mudar de actividade. Lisbeth Salander continua imparável e, sem razão aparente, participa num ataque informático, correndo riscos que normalmente teria evitado. Não parece dela. Uma noite, já tarde, Blomkvist recebe uma chamada do Professor Frans Balder, uma autoridade em Inteligência Artificial, que afirma ter informações importantes sobre os serviços de espionagem dos Estados Unidos para além de ter estado em contacto com uma jovem hacker que faz lembrar alguém que Blomkvist conhece bem de mais.
Mikael Blomkvist anseia pelo furo jornalístico de que tanto ele como a revista Millennium precisam desesperadamente. Lisbeth Salander, como sempre, tem a sua agenda própria. Em A Rapariga Apanhada na Teia de Aranha a história continua. Chegou o momento de os seus caminhos se voltarem a cruzar.»
Primeiras breves impressões sobre “Peregrino”, de Terry Hayes (Topseller)
Falta pouco mais de um mês (26 de outubro) para chegar às livrarias, numa edição Topseller, um dos livros que até hoje mais gozo, e luta, me deu traduzir: Peregrino (I am Pilgrim no original), um volumoso thriller de espionagem com um enredo bem montado e inúmeros saltos no tempo e geográficos que acabam por justificar em pleno todas as muitas páginas da obra. Curiosamente, o núcleo da ação centra-se essencialmente em Bodrum, na Turquia, terra muito em voga na atualidade pelos piores motivos.
O autor, Terry Hayes, que veio do cinema, como se nota nesta obra “cinematográfica”, sai-se bem nesta empreitada, socorrendo-se de duas excelentes personagens, o Peregrino (o bom) e o Sarraceno (o mau), que ao longo da obra vão percorrendo os seus caminhos, cada um o seu, mas sempre interligados. Pelo meio, várias outras histórias se vão cruzando, direta ou indiretamente, acrescentando vivacidade, marcando o ritmo.
Voltarei, daqui a uns dias, a escrever sobre Peregrino, e de forma mais detalhada, para analisar o romance e até, em parte, o processo de tradução.
Para já, uma curiosidade: neste verão, numa passagem minha pelo Douro, ao entrar numa quinta turística em Provesende, deparei-me, pousadas na mesa da sala comum, com as edições inglesa e holandesa da obra. Curioso com a coincidência, perguntei ao responsável como foram ali parar. Resposta: ficaram esquecidas, deixadas por hóspedes em semanas sucessivas. Nunca pensei, confesso, que fosse ali reencontrar o Peregrino que me acompanhara, pouco tempo antes, ao longo de largas semanas de trabalho.
A «rentrée» literária já aí está e há coisas boas para ler
Em setembro não podia faltar a rentrée literária e andam por aí boas novidades, além de já ter sido anunciado por algumas editoras aquilo com que poderemos contar até ao final do ano.
E até ver o panorama não parece nada mau. Ora reparem: vai chegar já no dia 8 deste mês o novo romance de Jonathan Franzen (Purity), editado pela Dom Quixote, que também nos traz, mais para o fim do mês (29), David Lagercrantz. Não conhecem? É o mais certo, mas a verdade é que foi o escolhido para dar seguimento à saga Millennium, do falecido de Stieg Larsson, e assim escreveu A
Rapariga Apanhada na Teia de Aranha.
Já à venda está Ehrengard – A Ninfa do Lago, de Karen Blixen, obra editada pelo Clube do Autor que reúne três histórias da autora de África Minha.
Também já nas livrarias encontra-se A Aldeia, de William Faulkner, editado pela Livros do Brasil, que marca o início de uma trilogia em torno da família Snopes.
Em outubro, a Topseller, da editora 20|20, reserva-vos uma boa surpresa, que será Peregrino, de Terry Hayes, um livro muito badalado de espionagem (que eu já tive a oportunidade ler e que posso garantir que é entusiasmante), além de Eu, o Earl e a Tal Miúda, de Jesse Andrews, cuja versão cinematográfica (premiada em Sundance) chega 12 de novembro. Em novembro, a Topseller apresenta-nos ainda Uma Rapariga é uma Coisa Inacabada, de Eimear McBride, considerada a grande revelação de língua inglesa da última década.
A Elsinore, a nova chancela da 20|20, lança em setembro Arranha-Céus, de J. G. Ballard, o autor de O Império do Sol. Para 2016, e deste mesmo autor, a Elsinore conta editar Crash e Kingdom Come.
A Quetzal, ainda em setembro aposta na poesia com uma surpresa, O Pouco que Sobrou de Quase Nada, do editor Manuel Alberto Valente, que reorganizou a sua produção poética.
A mesma Quetzal já anunciou para novembro o novo livro de José Luís Peixoto, uma novela intitulada Em teu ventre.
Já a Porto Editora anunciou que entre setembro e novembro irá lançar obras como um novo livro de contos de Valter Hugo Mãe, O amante japonês, novo romance de Isabel Allende, e A venturosa história do usbeque mudo, conjunto de novelas de Luis Sepúlveda.
Na Sextante vai sair O selvagem da ópera, de Rubem Fonseca, até agora inédito em Portugal.
Os recuperados
Mas além das novidades-novidades, há outras, ou seja, reedições de obras de sucesso que regressam com nova roupagem às livrarias. Um desses casos é Os Anagramas de Varsóvia, de Richard Zimler, que sai com nova capa na Porto Editora a 10 de setembro. Do mesmo grupo editorial, mas com selo Livros do Brasil, temos O Processo, de Franz Kafka, já disponível.
Na Assírio & Alvim será editado no fim de setembro, Hamlet, de William Shakespeare, traduzido por Sophia de Mello Breyner Andresen.
Já a Dom Quixote recupera obras como A Lição de Anatomia, de Philip Roth (22 de setembro), A Ratazana, de Günther Grass (15 de setembro), e O Livro do Riso e do Esquecimento, de Milan Kundera (15 de setembro).
Não-ficção em alta
A nível de não-ficção, aguarda-se com expectativa, ainda em setembro, A História Não Contada dos Estados Unidos, de Oliver Stone e Peter Kuznick, e Portugueses nos Campos de Concentração Nazis, de Patrícia Carvalho, ambos da Vogais.
A 8 de setembro a Dom Quixote edita KL – A História dos Campos de Concentração Nazis, de Nikolaus Wachsmann.
A 29 de setembro sai, também na Dom Quixote, Idade Média IV, obra coordenada por Umberto Eco.
No fim do mês chega às livrarias, numa edição Bertrand, Carta aos Escroques da Islamofobia Que Fazem o Jogo dos Racistas, assinado Charb, falecido diretor do Charlie Hebdo.